Os Dias Passam

⁠O diabo é o maior psicólogo do mundo: acompanha a humanidade desde o começo, conhece muito bem o homem.

⁠Só acredito no amor de Deus, do cachorro e da família.

A alma é tão profunda, que sem ela o corpo morre.

⁠No amor, não se pode ser banco de reserva, somente titular.

⁠Trabalho: tortura diária, personificação do tédio, escravidão remunerada.

⁠O sofrimento ensina mais sobre a vida do que dez livros de auto-ajuda juntos.

⁠Em geral, a trajetória de um suicida é uma árdua caminhada cheia de dores, desgostos, reveses e desilusões que lentamente conduzem, encaminham pro gesto, culminam no ato final.

⁠Toda a dor é tolerável desde que não exceda, não ultrapasse, não esteja para além dos limites do suportável.

⁠O que sinto não pode ser expressado em palavras. Teria que criar um novo vocabulário para exprimir toda a dor, raiva, tédio e cansaço que carrego.

⁠⁠Não podendo quebrar os recordes positivos, só nos restam os negativos: Nos tornarmos recordistas do fracasso, campeões do insucesso.

⁠-O que te dói?
-Existir.

⁠⁠Eu imagino um mundo onde todos os pobres voluntariamente parassem de ter filhos, pensando no bem dos mesmos, e só restassem os ricos: seria questão de tempo para que os "mauricinhos" e as "patricinhas" tivessem que fazer o serviço tido por desprezível, indigno e humilhante que os filhos dos pobres faziam. Num mundo sem pobres, quem teria que limpar o chão, varrer as ruas, coletar o lixo? Todos os filhos dos que hoje estão confortáveis em suas poltronas, debaixo da sombra e ar-condicionado.

⁠Aniversário: comemoração anual de um erro.

⁠É fácil fingir felicidade, mas só nós sabemos o que sentimos de verdade.

⁠Estudar a vida é mais fácil do que vivê-la, mas vivê-la é melhor do que estudá-la.

⁠Ter filhos é o ato bem intencionado mais cruel do mundo.

⁠É mais fácil chegar ao fundo dos maiores poços do que alcançar os topos mais elevados.

⁠Se as portas do mercado de trabalho estão fechadas para os jovens, as do mundo do crime estão abertas.

⁠Quem têm uma doença rara deve se considerar sortudo ou azarado?

⁠Quando se acabam os nossos estoques de escapismos, já não temos para onde fugir nem como escapar da realidade, só nos resta encará-la.