Orfaos do Amor

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⁠REMEDO

Belo verso, bela poética, bela poesia
belo ritmo, belo canto pro belo atraído
belo compasso tão belamente sentido
sendo belo de delicadeza e harmonia
Aquele que arfa terno a terna sintonia
mitiga a rima sombria do pesar vivido
despegando o gemido que hás doido
para o que é ao poeta singular agonia

Dia virá que a gratulação, então, recite
o seu dom cheio de jeito, e de quimera
que por valioso amor fez o seu enredo
Assim, ó sorte exigente e sem limite...
por que o amoroso verso não nascera
só fazendo do meu versar um remedo?

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 maio de 2024, 14’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RESÍDUOS

Levou-me o pensamento até a saudade
da que tomou conta da minha sensação
do cheiro perdido e mesclado de emoção
deixando o soneto tão cheio de vontade
Uma jornada aflitiva que a alma invade
pondo a inquietação dentro do coração
que diz: sou eu quem te deu tal paixão
então, acalme, pois o amor é divindade

O bem entende a humana compreensão
a ti, este sentimento que amaste tanto
guardando na ilusão e na tua lembrança
Por que o que foi teu, será só sua adição
a estes resíduos, ternura e doce encanto
e para o tempo o desígnio e a esperança...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 maio de 2024, 16’39” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CENÁRIO

Se eu fosse poesia, poetava essa canção
Se fosse um desencantado, desfazê-lo-ia
Se fosse uma doce rima, então, rimá-lo-ia
Com o meu amor, e a dava ao teu coração
Se fosse versos, ó que paixão e sensação
Cantaria o cântico emotivo que te exaltaria
Assim, se eu fosse um bardo, assim o faria:
Deixava a prosa ornada de devota emoção

Se fosse uma roseira, uma rosa eu te dava
Se vida fosse, o ar pra ti, ah! quanta alegria
E da escuta do meu segredo não escapava
Se fosse aguerrido, como a confissão seria?
O romantismo, a bravura, para mim tomava
Então, a sedução em uma toada eu deixaria.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 maio de 2024, 17’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BEIJOS POUCOS

Que treteiro sonetear desafinado
onde, a intenção por distinto jeito
de ternura e amor, me tem sujeito
o pensamento com impulso alado
O coração vive assim apaixonado
o poema no agrado tão satisfeito
põe a pulsar titilante o meu peito
e o suspiro na emoção arruelado

E nesse arfar com fôlego latente
sussurros, ardores, sutis desejos
palavras acridoces e risos loucos
Canto para você, tão docemente
poetizando os versos com beijos
e que no versar são bem poucos.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 maio de 2024, 17’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BUSCA

Ó soneto, ó cântico, sonoro, tão amoroso
Ó toada d’alma que cantarola apaixonada
Encantada, de doce sentido a tanta soada
Sede, num poema tão desejoso e formoso
Socorre a inspiração sem pouso, o penoso
Fado desenfreado do trovador e a vexada
Sensação ao dispor da dor. Sê camarada
Dê asas a ilusão, e o sentimento calmoso

Cadê aquela rosa poetada, agora perdida
Dantes sentida, sonhada, plena de ternura
Quero a textura daquele amor com poesia
Traga alegria, alegoria inteira com fartura
Tangendo no peito uma compassada via
Coberto de emoção e poética com doçura.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 maio de 2024, 15’50” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DA SAUDADE - (soneto II)

Repete, no soneto saudoso, por mim, a versejar
O outrora, as histórias, os sentimentos amados
O vazio de uma solidão, por ti, a me espezinhar
As marcas do penar da dor no âmago gravados
Que possa o poema, do dilema plural, lembrar
Da sensação e da prosa, dos olhares intrigados
Do amor, ser amador e os encantos a acautelar
Todos, na impressão, recordação, enfileirados

Redigidos, tão só, pelo carinho e a docilidade
Cá no cerrado, sentado à beira dessa saudade
Própria de quem viveu a sedução da emoção
Aspiro à singeleza e a constância poder atingir
Ouvir, e narrar, qual sentido, esse meu existir
Poetizando a vós toda poética do meu coração!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro, 2021, 05’48” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠APENAS

Que eu trove, somente, a minha saudade
Como se fosse o suspiro em mais um verso
A rima perdida na recordação, no disperso
Enfim, a sensação de liberdade e de vontade
Que eu liberte uma qualquer imaginação:
Olhares meigos e aquela aprazível alegria
Inspirada pra você, com a ventura luzidia
Inteira, pelos vários sentidos duma emoção

Que me tenhas teu, só teu, a todo momento
E seja o sentimento, a tua boca o meu alento
Ousadia, companhia e tão cheio de fantasia
E que, apenas, sinta, sussurre á minha prosa
Agrados, emoções, aquela ternura carinhosa
Na poética saudosa com porção de nostalgia.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 dezembro, 2021, 21’04” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Qual é o mal da sociedade?

Hoje, me fiz essa pergunta: qual é o mal da sociedade? Se perguntarmos isso por aí, é bem provável que as respostas sejam sempre as mesmas: drogas, alcoolismo, violência, problemas familiares, dificuldades no trabalho, na escola, nas ruas ou até com amigos e vizinhos.

Agora, e se perguntarmos como resolver esses problemas? Certamente ouviríamos respostas como: "culpa do governo", "falta de caráter dos viciados", "safadeza dos chefes", ou até mesmo "a ingratidão dos familiares e amigos".

Mas, e se parássemos um pouco para refletir? E se, ao invés de buscarmos culpados, começássemos a resolver nossos próprios problemas? Isso me lembra aquela ideia simples: como alguém que não sabe nadar pode salvar outra pessoa que está se afogando? No final, os dois se afogariam.

Aqui não estou dizendo para não ajudar ninguém. Estou propondo uma reflexão: como você está se sentindo por dentro?

Muitas vezes, emocionalmente, somos como crianças. Choramos quando o time perde, mas também choramos quando ele ganha. Quando enfrentamos a perda ou a doença de alguém querido, nos sentimos perdidos, sem saber o que é melhor: desejar paz para a pessoa ou continuar sofrendo com ela.

Parece confuso, né? Mas, se pararmos para analisar, isso acontece porque muitas vezes não sabemos o que queremos.

Vejo tantas pessoas buscando soluções externas: coaches vendendo riqueza, líderes religiosos prometendo milagres, e uma infinidade de cursos e fórmulas mágicas na internet. Mas ninguém parece satisfeito com o que tem e custam a entender que até pra querer um milagre de Deus depende dela mesma pois não adianta pedir Deus pra salvar de um acidente e atravessar uma avenida movimentada sem olhar pros lados e fora da faixa de pedestres.

Então, eu pergunto:

O que falta para sermos felizes?

O que precisamos para encontrar a felicidade?

Há músicas que trazem reflexões interessantes sobre isso. Na voz de Arlindo Cruz, ouvimos:

"Felicidade é um dom de viver cantando a vida."

Já Belo canta:

"Você é o resumo da felicidade."

E Caetano Veloso nos lembra:

"Felicidade foi-se embora, e a saudade no meu peito ainda mora."

Será que a resposta para a felicidade está fora de nós?

Para ser sincero, acredito que ela está dentro de cada um de nós. O problema é que, muitas vezes, inventamos desculpas para não enxergar isso. O que falta na sociedade, no fundo, é amor-próprio.

Se não nos amamos, como podemos amar os outros? Como queremos um mundo melhor se não cuidamos nem do nosso próprio interior?

Amar a si mesmo não é egoísmo, é um ato de cuidado. É como um espelho: se você está limpo, reflete o que há de bom; se está sujo, reflete isso também.

E como começar a encontrar esse amor-próprio?

Uma dica que considero essencial é: se resolva com o seu passado.

Peça desculpas, perdoe quem te feriu, pague suas dívidas, seja sincero sobre os erros que cometeu. Aceite que o passado não pode ser mudado, mas o futuro é uma página em branco. O presente é o que Deus te dá todos os dias para que você seja uma pessoa melhor.

Quando nos resolvemos com o passado, conseguimos seguir em frente com mais leveza, abrindo portas para o crescimento e fechando outras que já não nos servem mais. Isso nos torna resilientes e mais capazes de ajudar os outros sem carregar o peso de provar algo o tempo todo.

Queremos um mundo melhor? Então a mudança começa dentro de cada um de nós.

Se cuide. Se ame. Porque só assim seremos capazes de refletir algo positivo para o mundo ao nosso redor.

Inserida por thiagovcnall

Muitos acreditam que o que é dito em ira são verdades guardadas, porém ninguém se recorda de que uma pessoa em raiva buscará ferir o outro, mesmo com mentiras disfarçadas de verdade.⁠

Inserida por Rosario

As vezes num relacionamento é preciso saber não deixar ir, mas fazer o outro feliz em ficar.⁠ Mas claro que apenas quando houver dúvida no outro.

Inserida por Rosario

⁠GULA

Sim, mais! Mais ainda! E ainda mais!
Quando o coração sente o tal desejo
Um olhar que queima, os toques tais
E aquele arfado suspiro, doce ensejo
Nunca as sensações nos são iguais
Porque o olhar do amor tem lampejo
Fazendo do sentimento ali seu cais
Sim, mais! Mais ainda! Ainda o beijo!

Ah! O beijo! ... que nos deixa talante
Querendo muito, ter terna felicidade
Cheio de sede, gosto que consome
Fosse, assim, toda a sorte, amante
Não há emoção que baste à vontade
Nem satisfação que chegue à fome!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/01/2024, 12'33" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DEPOIS QUE TI SENTI

Depois que te senti, só depois, sentimento usual
Notei que o agrado d’alma é bem sem ter preço
A maior felicidade, emoção, singeleza virginal
E, se um dia há igual, eu ainda, não o conheço
Doçura ardente e casta, à Deus, afim, eu peço
Ó sentimental ponto, faz deste poetar divinal
Desejo sem igual, cujo certo e único endereço
É a paixão, que faz da sensação tão especial

Depois que te senti, só depois... vivi a cortesia
O espírito junto da alegria e cheio de ventura
É que a mente me invade uma emotiva poesia
Com versos imersos no prazer, assim, estavas
Cada rima, provando está minha suave ternura
Na entrega do amor rudimentar que me davas!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 janeiro, 2024, 14’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Fragilidade

Se o verso bater de novo à minha inspiração
Inquieto, suspirante, para o meu sentimento
Hei de dizer-lhe tudo quanto for duma razão
O meu afastar, como um vingador momento
O que vir de tal gesto, pouco importa a ação
Não se faz árduo e penoso, tão pouco isento
Quando o versejar compõe para uma solidão
Falham com as duras rimas, sofrem fastiento

E, se for irreverência com uma flor, dor causa
E, se for olhar jogado ao vento, disperso olhar
Ah! borrado verso quando o amor, nele pausa
Tudo se faz tão vazio, ao poema tão aturdido
Sem cor, cheiro, colo, e sem um poético lugar
Onde o canto se põe a chorar num tom traído.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 janeiro, 2024, 04’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Sonatina (soneto II)

Não pode ser sempre inquieta poesia
Está morna poética, cheio de torpeza
Os versos tão enevoados de lerdeza
Há de isentar-se desta sensação fria
Num vendaval de solidão e de agonia
O choro apodera da rima em tristeza
Quando a inspiração só quer alegria
E numa sonata vê-se sons da utopia

Hei de subir ao tope da imaginação
Vencer procelas e alaridos, emoção
Ali, triunfante, cheio de doce louvor
Em poema, aclamante, e com intento
O sol da glória há de ornar o momento
E eu, hei de toar: - em versos de amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 janeiro, 2024, 20’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Um amante

Num soneto feliz e ímpar, a ternura
Rimando o prazer com uma lucidez
Num sentimento com doce ventura
Que envolve a alma, com parvulez
Enquanto o canto alastra formosura
Em uma poética que a emoção fez
No âmago, o amor, figura brandura
Enchendo de agrado e de solidez

Pela primeira vez, a poesia amada
Uma rosa, um toque, apaixonada
Sensação. Versado o beijo galante
E, o soneto saciado, rico e querido
Outrora pícaro, agora com sentido
Rascunha versos para um amante.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 janeiro, 2024, 18’38” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CONSTRUÇÃO

Dentre tudo eleito, põe-se o devaneio:
Ilusão por ilusão, embora tão recatada
No sentimento só sensação é traçada
Criando uma etérea emoção sem freio
Dentre tudo eleito, põe-se o anseio:
Forte, sussurrante, a ventura alada
Da alma, querendo ser apaixonada
Opondo a pluralidade, forte gorjeio!

E a poética é um versejar ondeado
Variado, tão cheio de rima por rima
Loucura, mas que traz a pura razão
Sobranceiro ao acaso, o amor estima
Lima, fazendo do coração enamorado
Numa terna e embaraçosa construção.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 janeiro, 2024, 18’28” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠⁠POLIMENTO DO SER
Na jornada da vida, um ser a nascer, como pedra bruta, sem brilho a se ver.
Mas o tempo e a vida com seu cinzel, vai esculpindo a alma, fiel.
As dores e alegrias a lapidar, com cada experiência, um novo lugar.
Os desafios são como o fogo a arder, forjam a essência a crescer.
E assim, a pedra bruta se transforma, em diamante lapidado, que encanta e ilumina.
A alma polida pela vida em ação, reflete a luz da transformação.
Cada faceta, um aprendizado a brilhar, cada cicatriz, uma história a contar.
O ser humano é uma obra em constante evolução, que busca beleza e perfeição.
Que a vida nos guie, com sabedoria e amor, para sermos um dia, diamantes reluzentes a cintilar, beleza do ser a irradiar.
E mesmo quando a noite esconde o céu, a esperança acende um novo anel, pois dentro de nós, a força se esconde, e em cada amanhecer, um novo elo se expande.
Assim seguimos, com passos firmes e serenos, aprendendo com os erros, colhendo os acenos.
A vida é um palco, onde somos atores, e cada ato, uma lição, um mar de sabores.
No "polimento do ser", a alma se revela, em cada detalhe, a vida se modela, com paciência e fé, a gente se encontra, e no espelho da alma, a beleza se apronta.
Que a jornada seja leve e a alma fique em paz, que a luz do amor nos conduza e jamais se desfaça, pois somos diamantes, em constante lapidação, buscando a beleza, a eterna canção.

Inserida por FabianaBarbosafb

⁠FRAQUEZA (soneto)

Se de novo à minha porta bater a ilusão
sorrateira, repetitiva, para o meu amor
hei de dizer-lhe toda a minha decepção
e o meu furor, como um gládio vingador
Já não instiga o fascínio da imaginação
cândida, pois outrora, sagaz foi a dor
dilacerante, fatiando a minha emoção
agora letarga, tal uma desfalecida flor

Mas, ai! há sussurro leve pela janela
d’alma, suspirando que nunca é tarde
pávido, enfrento-a, isto tudo é balela!
Oscilo... Vacilo... E sôfrego... perdido,
afrouxo ao coração como um covarde.
Pois amor pro amar nunca é esquecido.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 abril, 2025, 17’34” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PARTILHA

Sinto a inspiração que percorre
Por toda a entranha de meu ser
Quando de ti o verso a escrever
Saudades, que de dantes escorre
Sinto a minh’alma em um porre
De carência, roubando o prazer
Do tempo, que mais quer viver
Quando na prosa o vazio ocorre

Sinto não ter o cuidado presente
Se a tua falta, agora, é realidade
E os versos os sussurros da gente
Sinto no peito toda a infelicidade
E na partilha uma dor que se sente
Dum amor que perdeu a vontade!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 setembro, 2022, 21’14” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DURA PARTICULARIDADE

Sinto um suspiro forte que percorre
Por toda entranha da minha poesia
Quando nos versos vejo a analogia
De amor e dor, se fé qualquer acorre
Sinto cada poética quando morre
E rouba do espírito a farta alegria
Se nem da esperança tem tutoria
Se de abandono se tem um porre

Sinto não ter a inspiração valorosa
E sim, a severa, rude e tola escrita
Quando só quer ter prosa amorosa
Sinto aperto, uma sensação ermita
Cá no peito, duma solidão teimosa
Ah! dura particularidade, sem dita!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2022, 12’10” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol