Orador
Primeiramente, boa noite a todos, gostaria de agradecer pelo privilégio de ser o orador de nossa turma nesta noite. Em nome dos formandos, gostaria de agradecer a presença de todos que estão aqui, todos aqueles que se disponibilizaram para participar desta ocasião tão especial.
Hoje concluímos mais uma etapa de nossas vidas e esta, sem dúvidas, é apenas uma das tantas vitórias que estão por vir. Ao longo de todos esses anos na escola convivemos com muitas pessoas. Professores e colegas vieram e se foram e deles levamos apenas as boas lembranças.
Hoje é também um dia de despedidas. Talvez amanhã ainda nos falemos, mas e daqui uma semana? Ou quem sabe daqui um mês? Será que nos reconheceremos daqui a 10 anos? Pois é, a vida nos separa, mas as memórias permanecem, os bons momentos que passamos juntos não nos abandonam. E daqui a alguns anos nós iremos olhar para trás e iremos pensar "onde está a minha turma do ensino médio?" E será neste momento que os corações irão apertar e as únicas coisas que teremos para nos agarrar serão nossas lembranças e a saudade.
Certa vez o filósofo Olavo de Carvalho disse: "Há coisas que são boas por alguns instantes, outras por algum tempo. Só algumas são para sempre" e o que poderia ser a escola se não um conjunto desses momentos que serão eternos em nossas mentes? A escola foi o nosso primeiro desafio, local de nossas primeiras interações sociais, também foi o local onde começamos a ter responsabilidades, mas acima de tudo foi onde nos tornamos quem somos.
Na física existe uma teoria chamada Teoria do Caos, ela fala sobre como acontecimentos aparentemente irrelevantes podem ter consequências gigantescas no futuro. Uma das frases mais célebres sobre a mesma é aquela que diz: “O bater de asas de uma borboleta no Brasil seria capaz de causar um furacão no Texas”. Parece um tanto absurdo, mas foi exatamente o que nos ocorreu, os sussurros do passado que diziam “corra atrás, estude, siga em frente, você é capaz” tornaram-se furacões e mudaram nossas vidas. E todos esses acontecimentos fizeram com que estivéssemos aqui hoje.
É engraçado como durante anos nós contávamos os dias para as férias, mas desta vez foi um pouco diferente, quando íamos pedir por férias, nós tivemos uma epifania, não haverá férias, não haverá rematrícula na escola, não haverá compras de materiais novos. Para serem férias é necessária uma data para voltar, e desta vez não voltaremos. Esperamos concluir a escola durante tanto tempo, que agora, no fim, vemos quanta falta ela nos fará.
Sentiremos saudades das risadas, das brincadeiras, até mesmo dos puxões de orelha, mesmo que esse último nem tanto, sentiremos saudades do local, do cheiro dos livros novos, e sem dúvida alguma, do lanche também.
Passamos muito tempo aprendendo e aprendemos. Aprendemos a ler, a escrever, aprendemos que 1+1 são 11, e que dom Pedro 2° descobriu o Brasil. Ou não? Será que foi isto mesmo? Bem, talvez, mas o aprendizado nunca termina, pois o conhecimento é a única coisa que levaremos sempre conosco.
E, por fim, não gostaríamos de apenas dizer um obrigado, é muito simples, a gratidão que sentimos não poderia ser traduzida em apenas uma palavra. Nós somos gratos a todos aqueles que passaram por nossa vida. Pais, professores, colegas, sem vocês nada disto seria possível. Mas como faltam palavras para expressar este sentimento, encerro com um obrigado, ou não, melhor, muito obrigado, por tudo.
"O caráter pessoal do orador alcança a persuasão quando ele nos leva a crer no discurso proferido. Acreditamos mais nos homens de bem por serem mais preparados e íntegros do que outros. Em geral, isso é verdadeiro, qualquer que seja a questão, e absolutamente verdadeiro onde a certeza exata é impossível e as opiniões são divididas."
Antes de ser um bom orador, o líder deve ser um bom ouvinte, alguém que saiba buscar no outro o que tenha de melhor e que tenha capacidade de fazer com que cada um consiga externar o melhor se si para alcançar o objetivo daquele projeto definido, como se seu fosse, ainda que não tenha participado da ideia, mas que desperte em cada um a paixão pela causa, como se fosse seu próprio projeto de vida.
"Não é a quantidade de palavras corretas e/ou difíceis pronunciadas que te faz um bom orador, mas a simplicidade para comunicar bem e com qualidade as ideias que você transmite ao público."
Não se aplaudem discursos, pelo simples facto de ter sido lido por um bom orador forjado na política, aplaude-se antes, um bom discurso, quando percebemos a essência do seu conteúdo.
"Se estivéssemos na era das cavernas, certamente eu seria um orador que em volta de uma fogueira faria a imaginação do meu grupo ir além das coisas vistas."
Por mais que admiremos as ocasionais explorações de eloquência de um orador, as mais nobres palavras escritas situam-se normalmente tão além ou acima da fugaz língua falada quanto o firmamento com suas estrelas encontra-se além das nuvens. Há estrelas, e aqueles que podem lê-las.
O que seria da poesia
Se não houvesse um pensador
Na criação das palavras
Na plenitude do orador
No mais impetuoso medo
Deixando pra trás o rancor
Lhe fazendo um desejo
Pedindo paz e amor.
O maior erro do discurso moralista é que seu orador esquece, por ingenuidade ou estupidez, que a justiça pode ser falha.
Acredito sempre que um grande orador nos convence não pela força da argumentação, mas porque está visivelmente desfrutando das crenças que quer que aceitemos.
Não ouvi o discurso
do orador em comemoração
a Batalha de Boyacá,
Mas o quê li a respeito
feriu-me gravemente como
punhal o meu coração,
E quero crer que seja
um equívoco ou se trate
mesmo de uma mentira.
Pois quem se encontra
preso por discordar
do poder vigente
mesmo em tempos
de paz e não desertou:
Jamais pode ser chamado
de traidor e dele
não pode ser tirada a vida.
Não se impõe disciplina
sacrificando ou incutindo
medo na tropa,
Um agir desta forma
é o pleno abandono
da herança mirandina.
Disciplina se impõe com amor,
constância e culto a valentia,...
Porque do meu breviário
sempre sairá
poesia insistente
que abra a sua mente,
ilumine os seus olhos
e restaure o seu coração
em nome dos mais
altos valores de Bolívar:
Pela liberdade da tropa
e do General não
vou parar nenhum
segundo de clamar.
A bela amizade de Damon e Pítias
De acordo com o filósofo Cícero, considerado o maior orador romano, a história de Damon e Pítias se passou no século IV a.c., em Siracusa, cidade-estado da Sicília. Ainda segundo Cícero, ambos eram seguidores do filósofo Pitágoras.
Damon e Pítias nutriam um pelo outro uma amizade verdadeiramente inabalável. Era um sentimento fraterno que configurava uma singular irmandade, espécie de união e de vínculo espiritual perpétuo que, com o passar do tempo, ganhava intensidade e se solidificava cada vez mais. Possuía uma ligação tão rara que os tornava, por assim dizer, irmãos de alma, uma característica nem sempre presente nos irmãos de sangue. Sob o signo sagrado desse afeto, Damon e Pítias cresceram juntos e foram, gradativamente, descobrindo as maravilhas e as dificuldades da aventura real da vida. Assim, aprenderam a somar e a compartilhar as alegrias e as tristezas da infância, da adolescência e da idade adulta.
A força e a beleza dessa amizade eram conhecidas e admiradas por todos, até que esse laço que os unia precisou ser posto à prova. Certo dia Dionísio, rei de Siracusa, enfurecido pelos discursos de Pítias – que pregava a liberdade e a igualdade entre os homens em oposição aos regimes tirânicos -, mandou chamá-lo, juntamente com o amigo Damon.
Nesse encontro – mais do que propício ao embate de idéias -, Dionísio questionou Pítias a respeito de seus discursos, alegando que suas palavras só serviam para perturbar a ordem vigente e causar inquietações entre as pessoas. Ao ouvir isso, Pítias retrucou dizendo falar apenas a verdade e não ver mal nenhum em discorrer sobre o que considerava certo. Enfurecido, o rei de Siracusa foi além e perguntou a Pítias, sem meias-palavras, se, dentro da verdade divulgada por ele, os reis teriam poder excessivo e executariam leis contrárias ao bem-estar dos súditos. Pítias admitiu pensar assim, afirmando que, se um rei tomava o poder sem o consentimento do povo, só poderia estar agindo de forma autoritária e avessa aos interesses populares. Por defender seus princípios, Pítias foi, então, acusado de traição e condenado à morte.
Triste, mas corajoso o suficiente para atacar sua sentença, Pítias solicitou ao rei a realização de um último desejo: que lhe permitisse voltar a sua casa para se despedir da família e concluir alguns assuntos domésticos. O rei relutou, mas, depois de argumentações de ambos os lados, foi convencido por Damon, que, demonstrando total confiança no caráter de Pítias, ofereceu-se para morrer no lugar do amigo caso ele fugisse durante a jornada – hipótese levantada pelo rei.
O fato de manter Damon como prisioneiro no lugar de Pítias convenceu o soberano de Siracusa de que poderia descontar no amigo fiel as “insolências” de Pítias caso este traísse a confiança de Damon e desaparecesse de forma irresponsável e covarde.
Dessa forma, conforme o combinado, Damon foi levado à prisão no lugar de Pítias. À medida em que os dias se passavam, a guarda do rei e o próprio soberano começaram a escarnecer do prisioneiro, enfatizando o fato de que o dia e a hora da execução estavam se aproximando e Pítias não havia voltado, como prometera. Damon respondia às provocações reafirmando sua confiança no amigo e alegando que deveria ser apenas um atraso, ter acontecido algum imprevisto durante o caminho, etc.
O tempo foi passando e, finalmente, chegou o dia marcado para a execução. Damon foi levado à presença de Dionísio e de seu algoz. Mais uma vez, o rei fez questão de lembrar a ausência de seu amigo e o modo como ele o abandonara. Uma vez mais, Damon respondeu que continuava acreditando em Pítias.
No mesmo instante, as portas do recinto se abriram e Pítias entrou. Ele estava visivelmente esgotado, pálido, cambaleante, ferido. Ainda assim, o exausto viajante arranjou forças para abraçar Damon e comemorar o fato de tê-lo encontrado com vida, apesar de seu atraso. Emocionado, Pítias explicou que seu navio naufragara durante uma tempestade e que bandidos o haviam atacado na estrada. Apesar de todos esses contratempos e de estar fisicamente debilitado, jamais perdera a esperança de chegar a tempo de salvar o amigo da morte, cumprindo ele próprio, a sentença determinada pelo rei.
Ao presenciar essa cena, Dionísio foi vencido pela beleza daquele sentimento grandioso que se manifestava de forma comovente diante dos olhos dos presentes. Imediatamente, o rei declarou revogada a sentença, admitindo ter cometido um erro. Era a primeira vez que presenciava evidências de tão elevado grau de amizade, lealdade e fé. Assim, o rei de Siracusa concedeu-lhes a liberdade, solicitando em troca que os dois amigos lhe ensinassem como construir tão sólida amizade.
Gabriel Chalita, in Pedagogia do Amor
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