Ora

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Carta ao Tempo

Meu caro Tempo,

Confesso que não sei se te temo ou te desafio. A morte? Ora, a morte é só um ponto final mal colocado, e eu, como bom desleixado, sempre preferi as reticências... O que me assusta mesmo é a tua ironia: morrer cedo demais, deixando a mesa posta e o vinho por abrir, ou tarde demais, quando já não há convivas, só pratos vazios e um relógio a tocar no vácuo.

Quero ir-me na hora certa — nem tão cedo que os meus ainda chorem de verdade, nem tão tarde que disfarcem o suspiro de alívio com flores murchas. E que sobrevivam alguns dos que desprezo, porque um homem sem rancores é como um mar sem maré: plano, previsível, incapaz daquela fúria que também ergue barcos.

E quando enfim me dobrares a página, que fiquem umas poucas linhas minhas, rabiscadas num canto qualquer — num caderno esquecido, num email perdido na nuvem. Coisas que um dia alguém possa ler e pensar: *"Este aqui ainda respirava quando escreveu."*

E aí, meu velho Tempo, terás cumprido teu ofício sem me fazer covarde ou caricatura.

Assinado,
Um que ainda não acabou de chegar

Roberval Pedro Culpi

(…) era tão diversa de si mesma, ora isto, ora aquilo, que os dias iam passando sem acordo fixo, nem desengano perpétuo.

Machado de Assis
Quincas Borba (1891).

Poema I
Suprassumo pensar


A alma — ah, a alma
ora templo, ora caverna,
sonho de ser eterna,
conturbada ou calma.

Sussurrava e gritava
entre lágrima e pranto,
fino e suave manto,
porque alma ela era.

Não só carne,
nem só memória —
mas a fragrância do espírito.

Não só escrita,
nem só história —
mas a essência em um abismo.

A alma — ah, a alma.

⁠Nunca duvide da força que nasce quando você ora de verdade.
Uma oração, mesmo sussurrada no silêncio da alma, é capaz de mover o que parece imóvel,
acalmar o que parecia perdido e transformar o que ninguém mais acreditava.

Orações mudam histórias —
mas antes de tudo… mudam o coração de quem confia.

Que a sua noite seja leve.
E que Deus cuide dos seus sonhos… com amor.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Ora, mentes pequenas tão pouco se dão o luxo de entender que, para onde vão os seus pés deve então seguir também a sua mente.

In O canto da última casa
Do livro Último Suspiro

Ora, nada se pode esperar daqueles que não sabem para que direção seguir.

⁠O TEMPO DAS PALAVRAS

O tempo me entregou palavras.
Ora cruas, abertas em veias,
escorridas em derivados.

Quando as toquei, já estavam apegadas.
já haviam se aprontado de raízes,
impregnadas de sais e pés amanhecidos.

Poderia garimpar aparamentos,
entre as horas tremulas e as certezas movediças.
Poderia reparar atrelamento, deixar que ficassem sem face.

Em vão tateei o criador de palavras.
Elas já haviam se cingido em mim.
Meu rosto passou a ser as palavras que colhi.

Carlos Daniel Dojja

⁠Dia das Mães

Mãe não desiste nunca
Ama além do seu limite
Sofre, chora, ora
E tem o dom de resgatar, encaminhar e salvar o filho de qualquer perigo
Mãe é a presença de Deus na Terra

⁠Sempre florida

Planto girassóis no meu peito
Pra não faltar sóis no caminho
Ora, não são eles que ensinam...
De frente para luz
De costas para escuridão?
Enfim!

Se um dia alguém me ver chorar
Não precisa preocupar-se
Lavo minha alma
Rego as sementes que eu plantar
Do choro me liberto
E noutro dia mais forte
Eu ir-me-ei de levantar

Ei sol vê se me ilumina?
Mas se por fim ter que partir
Sem saber que lado ir
Eu prometo que não me perco
Só não esqueça de passar no meu jardim
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️

Todos os direitos autorais reservados 31/05/2021 às 11:33 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues

⁠Ora Et Labora
(ora e trabalha)

⁠O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo.

Allan Kardec
O Evangelho segundo o Espiritismo.

⁠O edredom que por ora me aquece, sequer aquece-me como teu corpo junto ao meu. Desculpe-me, é que os devaneios juntam-se às realidades e me deixam tonta. Não sei se vivo a realidade ou àquela quimera que tanto me aquecia e entorpecida, deixava-me sem forças pelo corpo e me fazia flutuar por céus e mares até que o repousar sobre seu corpo fosse o meu despertar mais radiante.
Vts.

Não acham que a prática de eleger um diamante é, ora bem, um pouco ridícula? Uma mulher não deveria ser valorizada por muito mais que sua aptidão na dança ou seu comportamento? Não deveríamos valorizar uma mulher por sua candura, seu caráter, suas verdadeiras proezas?

Ora, será que a opinião democrática é aquela que todos partilham ou é aquela sobre a qual todos puderam refletir por si mesmos?

⁠Refúgio

Distancio da realidade, por ora
Me recolho em busca de proteção
Procuro uma âncora para exaustão
Um Refúgio em busca da cura

Mergulho num silêncio profundo
Busco encontrar a paz interior
Contemplo a vida no amor
No meu abrigo sagrado

Me desligar do mundo
O meu coração clama
Um Refúgio para a alma

Equilibrar minha emoção
Num ritmo tranquilo e sereno
Em um momento pleno
@zeni.poeta

Em geral o homem atribui grande importância aos laços afetivos. Ora, estes encerram sempre projeções que é preciso retirar e recuperar para chegar ao si mesmo e à objetividade. As relações afetivas são relações de desejo e de exigências, carregadas de constrangimento e servidão: espera-se sempre alguma coisa do outro, motivo pelo qual este e nós mesmos perdemos a liberdade.

Carl Jung
Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

⁠Não julgo mais o amor da carne, ora essa porque isso haveria de ser vil? Se hipocritamente o amor idealizado se deturpa na nossa própria percepção e visão do nosso querer, que diferença há em profanar a carne, se nossas mentes mesmo profana o ser que idealizamos amar.

⁠Todas se comportavam uma ora terapeutas outrora pacientes. Elas precisavam falar, remoeram coisas de tanto tempo atrás, que prendiam o fluxo do presente. Algumas não sabiam se encaixar, elas só sabiam que estavam navegando em um oceano sem bússola, mas as velas do barco eram sopradas intensamente por emoções que foram presas ao solo mas agora tendem a cair como granizo, em algum lugar elas iriam parar, só ainda faltava responder a pergunta: “Em terra firme ou num naufrágio?”. Outra já acreditava que a solidão lhe pertencia, pois como Nietzsche falava: “Na solidão, o solitário devora a si mesmo; na multidão devoram-no inúmeros. Então escolhe.”, já que não conseguia acreditar que as pessoas simpatizavam mutuamente, ouvia vozes da cabeça sussurrar que todos a odiavam e usavam de falsidade com ela. Mereciam ser ouvidas, todas.

⁠A vida é como um eterno rio ligado a uma correnteza distinta, ora forte e ora fraca. Nesse rio da existência se abrem feridas de solitude e o ranger da tristeza, que se desfazem depois do canal de águas cristalinas e puras, onde predomina a paz e a doçura. Não nade contra a maré, usufrua da brisa e do balanço das ondas, faça das suas vivencias ensinamentos sobre como se portar e quem sabe um dia quando ao horizonte chegar, possa dizer que em todas as circunstancias nunca deixou de remar.

⁠O budismo me condenaria por ser ou estar confortável comigo mesma, ora pois , não me considero uma pessoa má, só acho que já me importei demais a ponto de ser massacrada pelos outros, com quase 38 anos não seria muito querer paz interior, sem ninguém menosprezando sua maneira de ser ou pensar, respeito é um direito de todos e querer se livrar de tudo que impede seu crescimento também , pra muitos ignorantes pensar ainda é um crime , é mais fácil assistir novelas , ou melhor , assistir a vida alheia, hoje ela acordou com um olhar pra outra direção...
Paz e bem para os que "vivem" ou melhor dizendo,para os que apenas lutam pela sobrevivência diária sem querer entender a realidade , realidade ?🤔