Ondas

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⁠- Entenda que eu sou como o mar. Tento manter todos na areia, na margem, seguros de minhas ondas. Os mais próximos, como a minha família, ficam no raso onde eu acerto com ondas moderadas e, se eles estão fracos, caem, mas, quando fortes, se mantém firmes de pé. Já você, oh, você conseguiu avançar a ponto de estar no mar tranquilo, onde não há ondas, mas há tempestades que machucam. Eu tento te empurrar para a margem, pois não quero te magoar, mas você insiste em voltar para alto mar. Eu não sei o que fazer!
- É que amar é isso, avançar para águas mais profundas, mesmo que eu me afogue as vezes.

⁠A mágoa

Os telhados sujos a sobrevoar
Arrastas no vôo a asa partida
Acima da igreja as ondas do sino
Te rejeitam ofegante na areia
O abraço não podes mais suportar
Amor estreita asa doente
Sais gritando pelos ares em horror
Sangue escoa pelos chaminés.
Foge foge para o espanto da solidão
Pousa na rocha
Estende o ser ferido que em teu corpo se aninhou,
Tua asa mais inocente foi atingida
Mas a Cidade te fascina.
Insiste lúgubre em brancura
Carregando o que se tornou mais precioso.
Voas sobre os tetos em ronda de urubu
Asa pesa pálida na noite descida
Em pálido pavor
Sobrevoas persistente a Cidade Fortificada escurecida
Capela ponte cemitério loja fechada
Parque morto floresta adormecida,
Folha de jornal voa em rua esquecida.
Que silêncio na torre quadrada.
Espreitas a fortaleza inalcançada.
Não desças
Não finjas que não dói mais
Inútil negar asa partida.
Arcanjo abatido, não tens onde pousar.
Foge, assombro, inda é tempo,
Desdobra em esforço a sua medida
Mergulha tua asa no ar.

Clarice Lispector
Diário de São Paulo, 5 jan. 1947. In: Moser, Benjamin. A Newly Discovered Poem By Clarice Lispector. Revista de Literatura Brasileira, n. 36, p. 37-46, ano 20, 2007.

Nota: Esse é um dos dois únicos poemas que foram publicados em vida por Clarice Lispector. Esse poema também tem uma versão em prosa publicado em “A descoberta do mundo” com o título A mágoa mortal. O outro poema publicado em vida pela autora é Descobri o meu país.

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CORAGEM

Pode vim tempestade
Pode vim ondas nas alturas
O céu pode ficar um breu
Minha jangada em alto mar
Não há nada que me segure .
Eu não irei naufragar
Sem medo irei navegar
Com o vento ao meu favor
Nesse deserto movedor
Um Horizonte ao meu redor
Sem companhia, sempre só
Nas águas tão profundas
Seu nome irei clamar
Ele é meu salvador...

A PÉROLA NA TENDA

Você estava escondida
pérola no fundo do mar
as ondas lhe trouxe
como presente ao luar

agora numa praia deserta
o coração aperta
matar minha saudade
das coisas incertas

saudade contida
coração apertado com um nó
mirando seu corpo suado
conheço cada parte de cor
fazer de uma tenda um harém
harém de uma mulher só

Frente ao mar, embevecida,
rogo que marés logo venham
em ondas de total calmaria,
e que espumas brancas tenham

Na mansidão desse mar,
recolho ternuras e o abraço,
mergulhando nele sem medo,
até que venha o cansaço

A onda

A onda no mar nunca é uma
igual a outra ,todas as ondas
são diferentes umas das outras ,
e vivem em função umas das
outras ,umas
maiores ,outras menores ,
são todas diferentes ,mas
quando unidas tornam-se fortes
e poderosas .
Num instante uma grande onda
torna-se pequena e noutro
instante uma pequena onda
torna-se grande ;
Assim como numa família
todos diferentes mas um vive
em função do outro ,
uma onda abraça a outra e
também chocam-se umas
contra as outras e
estão ali sempre ,quando
afundam é por que deixaram
de ser onda.

e as Ondas

Era noite. O alto mar se enfurecia...
Para o barco veloz que à morte avança,
Não restava uma simples esperança
De incólume rever a luz do dia...

Entre as brumas, porém, da noite fria
Aparece uma sombra, calma e mansa...
Era um fantasma? – Não! – era a bonança
Que em Jesus, como bênção, se anuncia.

Inda hoje o mar do mundo se encapela;
E, no barco da vida, já sem vela,
Não nos resta sequer uma ilusão...

Mas – Senhor! – sobre as ondas revoltadas,
Volta a trazer às almas torturadas
O consolo da tua salvação!

QUE SAUDADE

Que saudade do cheirinho do filtro solar,
Da brisa fresca do mar,
Do som das ondas a estourar,
E do sol suave a dourar.

Que saudade!

Seja forte, mas não como as ondas que a tudo destroem, mas sim como uma rocha que a tudo resiste.

Carnaval...
Não te embebedes na fantasia de cor e ritmo
Porque…
Te irás naufragar nas ondas do irreal.

Amar é como entrar em uma tempestade sem pensar nos raios, trovões e ondas, mas sim na calmaria que vem depois dela.

O mar está agitado, o vento forte e as ondas quebram sobre o barco.
As ondas levantam o barco que várias vezes quase vira.
E a água invade o varco sem pedir licença.
Não adianta pegar eu balde e tirar água do barco.
Não adianta pegar o leme e tentar driblar as ondas.
Não adianta tentar enfrentar a fúria da natureza.
Essa é uma daquelas situações que o homem percebe que, realmente, não é nada.
O que fazer? Eu me pergunto.
Então eu me lembro...meu Mestre está lá embaixo.
Dormindo, sossegado.
O vento não O afeta, a tempestade não O pertuba.
A fúria da natureza não O assusta.
Nada, absolutamente nada, pode pertuba-Lo
Eu vou até Ele, Ele prometeu que estaria comigo...que me protegeria.
Penso em acorda-Lo mas quando me aproximo vejo uma cena que me deixa impressionado.
Ele está dormindo como um bebê, a tranquilidade em seu rosto é impressionante.
O caus está instaurado, a natureza rompe em fúria e Ele está dormindo.
Nada O abala.
Eu não o acordo...algo me diz que eu não preciso acorda-Lo.
Ele, mesmo dormindo, está no comando.
Acho que é isso que chamam de fé.
Eu me sento ao seu lado, não durmo, estou nervoso demais para isso.
Eu seguro sua mão, afinal, estou apavorado.
Eu recosto minha cabeça no seu ombro, estou exausto.
E de repente me vem a certeza de que, mesmo se tempestade não pare, nós, eu e meu Mestre, chegaremos seguros a outra margem.

O amor é fogo, é gelo
é gargalhar e desespero,
são as ondas que vem e vão,
é tudo aquilo que inspira um coração.

Sou como um velho barco quebrando ondas em um mar revolto:
LIVRE!

SER FORTE
"Tenhamos a FORTALEZA das rochas;
não a FORÇA das ondas...
O mérito está em suportar e proteger;
e jamais intimidar e destruir"

Ondas morenas de infinita beleza,
Surfista sou nas curvas desse amor,
E se por acaso nosso mar entrar em calmaria,
Ficarei feliz em mergulhar no seu amor.

Seja forte como as grandes ondas do mar e leve como a brisa que atravessa seu olhar.

O mar

O mar precisa das ondas
O céu precisa das estrelas
O mundo precisa de um ser
E eu preciso de você

Sentimentos são como ondas: não podemos impedir que eles venham, mas podemos escolher quais vamos surfar.

Um dia, depois de dominar o vento, as ondas, a maré e a gravidade, vamos pedir a Deus a energia do amor. E então, pela segunda vez na história do mundo, o homem terá descoberto o fogo. As pessoas dizem que o inferno não tem fim, que é o nosso pior pesadelo… A face da nossa escuridão. Mas seja lá o que for, seja lá como for, digo que o inferno está vazio… E todos os demônios estão aqui.

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