Olho

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Quando

Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.

Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.

Eu olho para trás e vejo o vazio em que corriam as minhas lágrimas. Eu hoje olho em frente, e vejo que o vazio em que vivia de nada serviu, a vida é constituída arguida do meu pensamento, à qual tu já não estás presente.

Todas as vezes que eu olho no fundo do olhar de uma criança, eu sinto que nosso mundo ainda há esperança.

Tem gente que tá sempre com o pavio da bomba esticadinho, pronto para uma explosão. Só olho, sinto pena e deixo que outros risquem o fósforo.

Todos os dias faço o mesmo ritual, Coloco meu fones e sento no mesmo lugar do ônibus, Olho pela janela e com minhas músicas de se cortar os pulsos, Imagino coisas que talvez nem aconteçam, Imagino até mesmo coisas que nunca mais vão acontecer.

Guerra total, olho por olho.

A morte.

Olho para a janela, um anjo vem me visitar.
Não sei se estou sonhando, ou é somente minha imaginação.
Ele sorri e acena.
Estou confuso. Ele me chama...e eu vou.
Ele é uma criança pura e cheia de energia e eu sou apenas um adulto, sem tempo.
Saio da minha prisão, pego em suas mãos e caminhamos juntos até as estrelas.
Ele não diz nenhuma palavra, mas o sorriso dele já me diz tudo.
Sei que vou ficar bem, e com o tempo as pessoas também ficaram bem sem mim.

Essa sensação de fracasso, que me faz fracassar.
Olho na janela e vejo imensidão mas não sei por onde caminhar.
Parei no tempo, não sei continuar. Só penso, penso e penso o tempo todo no tempo.
E em meio a um mar de palavras que guardo, não sei expressar. Nesse desalento de coisas que acumulo, carrego para o fim de minha vida e me afasto cada vez mais.
Por isso sou um fracassado, um enorme fracasso como pessoa. É a razão de eu estar perdido.

Lugar sem comportamento é o coração.
Ando em vias de ser compartilhado.
Ajeito as nuvens no olho.
A luz das horas me desproporciona.
Sou qualquer coisa judiada de ventos.
Meu fanal é um poente com andorinhas.
Desenvolvo meu ser até encostar na pedra.
Repousa uma garoa sobre a noite.
Aceito no meu fado o escurecer.
No fim da treva uma coruja entrava.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

UMA PEQUENA CRÔNICA: APENAS VEJO.

Abro a porta da alma. Olho lá dentro o que vejo?
Vejo pessoas desesperadas em busca da felicidade. Vejo o tempo correndo, querendo nos deixar para traz. Vejo as nuvens cobrindo as cabeças de lutadores do dia a dia. Vejo estranhos caminhando, se acabando por coisas desnecessárias. Vejo em quatro ou cinco anos pessoas se abandonando, esquecendo as amizades construídas nesse pequeno espaço de tempo que dele restará apenas lembranças. Vejo em cada olhar a vontade de vencer, vencer uma luta, vencer a desesperança, vencer as intrigas diárias, vencer os medos, vencer seus erros, vencer o orgulho que perdura nos nervos. Vejo na esquina seres rodeados de amarguras, fechados armados e parece que a qualquer momento tudo estará zerado e a explosão se espalhará e quem estiver desprotegido, será infectado pela tristeza desmedida. Abro as janelas da alma com receio deixar entrar pela porta, a desolação, o peso que arrasta o ser a perdição. Vejo os laços sendo rompidos, sendo substituídos pelas emaranhadas e embaraçadas amarras sem saída. Vejo lá fora, já se perdera o encanto, as pessoas andam se esbarrando, sem sentir o calor do outro. A frieza congelou a singela união que um dia aparentou existir. Vejo o desinteresse, em cada gesto e cada verso que sai da boca meticulosamente planejada para ser solto no ouvido dos que recuam por deslizes e clamam por compaixão. Abro a porta do meu coração, para que seja desintoxicado desse mundo de ilusões que oferece um paraíso efêmero e trapaceiro. Eu quero o eterno paraíso. Pois quando abro a porta da alma, esse mundo se mostra, mas a mim, não interessa! Abro as mãos, distorço os dedos para discorrer essas poucas linhas que restaram.

Eu sempre olho para aquele lado
Como os girassóis, as margaridas... As flores,
Por que é assim,
Há sempre um começo
Quando existe o fim,
E eu sei que mereço
Como o dia merece
Receber o mesmo carinho
De mim...

São dez da noite
Esse foi mais um dia perdido
olho para as paredes de meu quarto, pintei-as de preto
Dizem que sou revoltado
Que nada nunca está bom
Sou muito na minha
Talvez seja o motivo de desperdiçar os dias
Sou orgulhoso
Mas nada, nada será como o que já foi
Uma lição, aprendendo
Cada passo dentro desta casa é como nada
A música toca desesperadamente
Vi a noite cair em minha frente
Não falei com quem eu mais queria
Não tenho coragem
Aprendendo
Se tu fostes um pingo do que sou
Se tu quisestes uma prova do que tenho
Desistiria
Não sou como imaginas
O espelho reflete a dor que sinto
Os olhos são fortes e aguentam esse oceano que tenta afundar-me
O poeta a qual leio atentamente, demonstra
Não fumo, não bebo
não amo, não sinto
A quietude de quando acaba uma música fica em meus ouvidos
A pele arrepia, engulo a saliva
A solidão me toma, meu eu por dentro grita.
Vou até a cozinha e pego o café
Café o tal culpado pela minhas insônias
mas ele sempre está lá
não preciso fazer muito para tê-lo
apenas algumas mexidas aqui e outras ali
Sentindo frio, a preguiça de pegar o casaco,
a frieza talvez venha de meu coração.

Ela me disse que seus olhos eram feios e queria que fossem azuis... Estranho, olho pra eles e só enxergo um oceano, em que quanto mais mergulho, menos lembro de ter problemas.

"A neblina me cala o olho,meus ouvidos que falam."

Olho por uma janela o mundo la fora, na escuridão da noite me apaixono pelo brilho das luzes distantes, um mundo que eu quero descobrir! Uma paixão pela qual eu quero me apaixonar todos os dias mais e mais. Carrego comigo medos e sonhos, momentos bons e ruins, motivos pelos quais chorar e outros sorrir, mas espere, sinto o vento bater em meu rosto, ouço o barulho das arvores da rua, sinto meu corpo quente e há uma expressão em meu rosto que definiria como "neutra", por meu amigo; hoje não é possível ver estrelas la fora, mas vejo teu brilho além da escuridão.
Me chamam de louca por falar sozinha, melhor ser louca do que fria... Dou risada sozinha, crio cenas em minha cabeça, escrevo sonhos em meus poemas, danço como se estivesse acompanhada e o pior... acredito na humanidade e na inocência das pessoas, é, talvez eu seja louca, mas pelo menos sou uma louca consciente.
Levo comigo pesadelos do passado, sonhos do futuro e a realidade do presente, não tão ruim, apenas prisioneira, algo pelo qual eu lutaria seria a liberdade de expressão, devemos ser e fazer o quisermos e gostarmos.
Venha, sente-se ao meu lado, segure minha mão quente e sinta o vento frio vindo de encontro aos nossos rostos e juntos escreveremos um poema sobre o quão linda está a noite...

Vai pensando que eu sou boba.. bobinha. . Vai achando.. mas meu olho de águia e minha intuição feminina é afiada.. ninguém me passa pra trás .. ninguém me engana.. Vc vem com o fubá .. eu já fiz o angu.. mulher é sacana.. mexe com ela pra ver.. Vc se Estrepa..

E o que dói é saber que nunca irá me olhar como te olho, que nunca irá sentir por mim o que sinto por ti, que nunca irá me amar como te amo… Dói ter que cair a cada palavra sua, dói ter que carregar o peso delas. Porque sim, elas pesam e muito, mesmo estando vazias. Pesam pois estão cheias de mentiras acumuladas. Aquelas mentiras que você diz em forma de ‘eu te amo’, em forma de ‘sinto sua falta’. São só palavras, não é mesmo? Palavras ocas, sem fundo, sem verdades… Que quando jogadas ao vento procuram um coração bobo para se refugiarem, então elas encontram a mim. Eu e a minha estupida mania de acreditar em tudo que falam e até o que não falam e então eu acredito em você… Estupida mania de acreditar em você.

Religião é exploração, enganação, alienação e ainda emburrece as pessoas, já que elas fecham os olhos para evidências e preferem ser burros a estudar.

“Hoje olho para trás e não sinto nada. Nada vezes nada. Apenas uma sensação de náusea muito vaga e a certeza absoluta de que nunca teria suportado a sua presença na minha vida”

Olho pra mim e penso como seria bom enlouquecer, enlouquecer suavemente, como quem mergulha num campo de flores, entre rosas muito abertas, sem espinhos, com espinhos, sem sentir. Há tanta beleza na minha desgraça.

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