Olhar Vazio
Muitas vezes seu futuro será mantido 'sob custódia' na simplicidade de uma caminhada diária com Deus. [...] Embora o caminho à sua frente possa ser nebuloso e escuro, a estrada sob seus pés será iluminada por uma luz calorosa e firme. Entretanto, sem a caminhada, sem a luz, o amanhã pode parecer mais escuro do que jamais imaginamos.
Em mim tem dois, e em cada um de mim existe um universo de momentos e desejos que quando se cruzam, formam o êxtase da felicidade.
Ter medo de ser esquecida é o pior dos medos. É como tentar fugir da velhice, não adianta, ela sempre chega. E as vezes, você já é velha e nem sabe. As vezes, você já foi esquecida, até por você mesma. A ignorância nunca pareceu ser tão atraente não é? Ela te chama, ela quer te agarrar, e você deixa. Você deixa. Você deixa se levar. Não há como resistir a uma boa dose de ilusão fantasiada de felicidade. Mas como toda ilusão acaba, o produto é negativo, o resultado é negativo. E tudo se torna escuro. Você se sente esquecida. Você está se perdendo. E a gente sabe, na vida, na vida, ninguém está disposto a te encontrar.
Nunca te pedi nada, e mesmo assim, sempre me deste tudo de que precisei.
Nos momentos em que me perdi de mim, foi em ti que me reencontrei.
E mesmo quando não vejo saída, és tu quem sempre me mostra o caminho para continuar.
Ultimamente tá engraçado, viver tá bagunçado. Todas as atitudes parecem erradas, e não consigo sair do lugar: sempre um passo pra frente e dez pra trás.
Ultimamente tô sem palavras,
minha mente grits tudo que queria dizer, mas da minha boca não sai nada.
E acho que, mesmo se saísse,
no outro dia eu ia pensar:
"Por que você é tão fraca?".
Ultimamente tô indignada:
mesmo fazendo o que acho certo,
parece que sempre tô errada.
E se eu não fizesse,
teria o mesmo sentimento
ou seria pior.
Minha vida virou de cabeça pra baixo, e não sei se tô suportando essa virada. Girou tanto que tô tonta,
bêbada de vazio e entorpecida de raiva.
Mas eu vou dar um jeito, sempre dou. Desde pequena sendo meu próprio apoio, não é hoje que mudou
Repetição: insuportável. Não aguento; é intragável, nojento, repulsivo.
Como sociedade, evoluímos: em tecnologia, em ciência, em sabedoria. Mas não nos livramos dessa maldição eterna, dessa praga indissociável do âmago do homem. Como a serpente Ouroboros, que se devora eternamente. Estamos perpetuamente num ciclo infernal: constante, infinito, desgastante.
Em prisões, estudamos. Nos mesmos domínios, trabalhamos para nossos senhores. Nas mesmas zonas, somos escravizados por nossos vícios. Sem dúvida, o verdadeiro mal da humanidade é o vínculo: imaterial, psicológico, inapagável. Vínculos são as correntes que nos prendem, nos aprisionam, nos suprimem.
Quando quebramos essas correntes, a verdadeira liberdade é encontrada. Porém, com essa liberdade irrestrita, surge uma corrupção que destrói a alma: a solidão.
Vazio insuportável. Um vácuo que nos força a preenchê-lo.
E nesse bizarro paradoxo, corremos para ocupar esse vazio com mais vínculos, nossa maior fraqueza. Por isso, forte não é o homem que acumula laços, mas aquele que aprende a viver no vazio, sem amarras, pois preenche a própria alma com nada além de sua vontade.
Talvez
Talvez eu seja mesmo chata,
um peso que ninguém aguenta carregar.
Talvez eu seja barulho demais
num mundo que só quer silêncio.
Talvez eu seja a pessoa errada
no lugar errado,
falando demais, sentindo demais,
chorando demais.
Talvez eu mereça as portas batendo na
minha cara,
os olhares atravessados,
as fofocas escondidas,
os risos quando eu viro as costas.
Talvez eu mereça ficar sozinha no recreio,
sozinha no quarto,
sozinha no escuro,
com meus pensamentos gritando.
Talvez eu mereça um pai assim,
frio, distante, duro,
com palavras que cortam como faca,
que nunca me enxergam de verdade.
Talvez eu mereça esse vazio,
essa sensação de não ser o suficiente,
essa vontade de sumir.
Mais ai eu penso...
e a minha mãe que me olha com cuidado?
e a minha amiga que me chama,
mesmo quando eu só sei falar de dor?
Será que elas estão mentindo?
Será que só falam bonito
porque a verdade doeria mais?
Será que sou outra pessoa com elas
e ninguém conhece a minha "versão real"?
Porque eu tento, juro que tanto,
mas sempre parece que erro.
Eu sou muito ou sou pouco.
Sou fraca ou sou dura.
Sou amor ou sou problema.
Nada nunca parece suficiente.
E eu fico aqui,
no meio dessa bagunça
tentando entender se o mundo me odeia
ou se sou eu que não sei viver nele.
Tentando descobrir
se um dia vou ser vista como algo bom
ou se eu já nasci pra ser o erro.
Talvez eu não seja castigo,
talvez eu não seja ruína,
talvez eu seja só uma menina
com um monte de ferida aberta.
Mas, no fundo,
quando a noite chega e o silêncio aperta,
quando ninguém me vê e eu desabo,
eu só consigo pensar:
...talvez eu mereça.
Observando de fora do corpo, a tristeza parece trazer conforto.
Buscando pela paz, me encontrei na ausência.
O coração não sente
Ele se corrói.
As lágrimas desaparecem
Trocadas por sangue
Cortes fervem
Em uma doce agonia.
A Trapezista que Voou
Havia em ti um ímpeto raro,
um desejo insaciável de subir mais alto,
de lançar o corpo e a alma aos ares,
como quem nasceu para cruzar o mundo
sem pedir licença ao chão.
Foste trapezista da própria vida:
voaste, saltaste,
atravessaste oceanos,
colecionaste cidades, diplomas, histórias —
cada passo teu foi um risco,
cada vitória, um voo certeiro.
Enquanto eu te olhava,
meus pés cravados na terra,
tu dançavas lá no alto,
livre, bela, intrépida,
desenhando no ar caminhos que nunca ousei seguir.
E um dia…
sim, um dia,
quando percebi,
tinhas ido tão longe,
tão além do meu alcance,
que só me restou a lembrança desse espetáculo teu,
desse número perfeito e irrepetível.
Ainda guardo o momento,
aquele instante silencioso em que percebi teu destino:
não eras feita para ficar,
eras feita para ir.
E assim, teu nome ficou suspenso,
oculto, mas vivo,
gravado na memória como num truque secreto:
Jamais esquecerei teu riso ao partir,
Unindo coragem e sonho numa mesma bagagem,
Cruzando fronteiras como quem cruza a linha tênue do trapézio,
Elevando-se, sempre mais,
Lançando-se ao mundo,
Intensa e invencível.
E eu, que te amei e ainda amo,
fiquei no picadeiro vazio,
aplaudindo tua liberdade,
mesmo que ela tenha me levado para longe de ti.
Que bom que soubeste voar,
que bom que soubeste viver —
mesmo que, nesse voo,
eu tenha ficado para trás.
Te celebro, trapezista,
com alegria e com saudade,
sabendo que amores como o nosso
não acabam:
eles apenas aprendem a aplaudir,
em silêncio,
o espetáculo da vida que segue.
Porque tem gente que a gente não supera — a gente aprende a conviver com a ausência. Como quem mora com um fantasma que já virou parte da mobília.
Saudade é isso: dançar sozinho com as lembranças.
Com o peito apertado e o coração bêbado de passado.
RELICÁRIO FILOSÓFICO.
"Amigo é a resposta aos teus desejos. Mas não o procures para matar o tempo! Procura-o sempre para as horas vivas. Porque ele deve preencher a tua necessidade, mas não o teu vazio".
(Khalil Gibran).
Saúde, Luz e Paz!!!
Poucas coisas me perturbam tanto quanto habitar uma sociedade onde impera a uniformidade — de rostos, de vozes, de pensamentos.
As opiniões deixaram de ser fruto da reflexão para se tornarem ecos de narrativas alheias.
Vivemos sob o peso de uma lógica perversa: “Se muitos dizem, então deve ser verdade.”
É angustiante cruzar com tantas pessoas e, em cada uma, encontrar o mesmo vazio — a mesma ausência de profundidade.
Seres humanos reduzidos à superfície do que poderiam ser.
Já não experimentamos a liberdade em sua essência; vivemos apenas a ilusão de estarmos livres, enquanto somos conduzidos, silenciosamente, por ideias que nem mesmo nos pertencem.
Hoje, não são grades que nos aprisionam, mas discursos repetidos, dogmas disfarçados de opinião.
Questionar se tornou ousadia. Pensar diferente, quase uma heresia.
Buscar a verdade — essa que exige coragem e solidão — parece um ato subversivo.
E nada me causa mais inquietação do que ser confundido com essa massa amorfa que abdica de pensar.
Cada um de nós tem um buraco no fundo de nossas almas. Quanto mais fundo você está, mais dor você pode sentir, porém, nós ansiamos pelo fundo, vemos o abismo como amigo, ele pisca pra nós e nós piscamos de volta, então nos jogamos de cabeça tentando encontrar o fundo, apenas pra descobrir, quando estamos nele, o quanto de dor somos capazes de suportar.
"Quanto mais fundo cavamos em nossa própria alma, mais percebemos que o inferno que tememos não está nas profundezas da Terra, mas sim nos silêncios que habitam nossos pensamentos.
pois o verdadeiro julgamento é aquele que proferimos contra nós mesmos, dia após dia."
" A alma humana é um campo de batalha onde Deus sussurra e o desejo grita.
e quanto mais nos afundamos nesse abismo de pensamento, mais percebemos que não buscamos a verdade, mas apenas um sentido para suportar o silêncio que ela deixa para trás.”
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