Olhando Devagar para elas
Nevoeiro
Entre o cais de partida e o de chegada
deste mistério a que chamamos vida,
olhando em volta não se vê mais nada
que o nevoeiro da despedida.
Mal se nasce, inicia-se a contagem
do que temos de deixar
ao longo da viagem.
São contas de sumir, não de somar,
mais de perder do que de achar.
Mas não se tira vantagem
do que lançamos ao mar
e para se ser livre e ser inteiro
importa ousar romper o nevoeiro.
ja fazem alguns minutos que estou me olhando no espelho.
Não me sinto satisfeito.
Eu vejo as lágrimas deslizando sobre meu rosto,sem controle algum sobre elas.
Bem,nem minha vida
Sou capaz de controlar,
Mas quem é?
Eu tenho meus projetos que fracassaram contidos nessas lágrimas.
Eu tenho séries de dias ruins em cada goticula que se choca contra no chão.
Eu me vejo desabando,como um edificio sem serventia.
Eu quero implodir com essas lágrimas e reduzir tudo a pó.
Eu quero escorregar como poeira que paira sobre o vento.
Ser levado para longe daqui,para longe de mim.
Quero quem sabe, por algum tempo ser eu, mas sem todo esse peso que costantemente carrego nas costas.
Queria ser leve, mas sendo escritor, esse querer é pura contradição.
O peso das palavras é sempre o mesmo
E so cabe a mim lidar com tudo isso.
Eu quero você comigo, quero ficar olhando pra você durante horas, planejando como tudo vai ser. Quero que os minutos sejam como horas, esquecer tudo que existe ao nosso redor e poder lembrar que eu tenho com quem contar, que eu tenho você.
Não confunda sinceridade com grosseria. Ser sincero é falar verdades olhando no olho, tomando cuidado com certas palavras. Ser grosso é falar verdades, com a intenção de ferir e denegrir a imagem de alguém.
Eu sempre imaginei este planeta tão imenso. Mas, olhando daqui do espaço, percebo que é tão pequeno (...) Por isso digo que o planeta é ainda uma criança. Uma pequena criança doente e que treme no meio deste enorme universo. Alguém deve protegê-lo. Vocês vêm comigo? Este alguém somos nós.
(Cid)
“O destino deve estar nos olhando Com aquela cara de quem diz: Eu tentei Juntar vocês dois! O destino deve estar nos olhando Decepcionado, Que pena… Que pena…”
...eu parecia estar deitado nem dormindo nem acordado olhando para um corredor comprido à meia-luz cinzenta onde todas as coisas estáveis haviam se tornado sombrias paradoxais tudo que eu havia feito sombras tudo que eu havia sentido sofrido ganhado forma visível grotesca e perversa zombeteira sem relevância inerentes nelas a negação do significado que deveriam afirmar pensando eu era eu não era quem não era não era quem.
Se olhando para o retrovisor da sua vida, algo lhe chamou atenção, isso demonstra que suas vivências valeram a pena
e que não foram superadas na sua nova trajetória.
No final da tarde sentei na sacada, fiquei olhando o pôr do sol e ouvindo uma música de Ana Carolina. Meu pai tem ouvido muito Ana Carolina por esses dias, um CD dela em que ela canta com Seu Jorge, e por isso meio que assimilei isso. A música que eu ouvia era “Prá rua me levar”. Quando ela começou a cantar: “Não vou viver como alguém que só espera um novo amor, há outras coisas no caminho onde eu vou. Às vezes ando só trocando passos com a solidão, momentos que são meus e que não abro mão” eu me encantei e me encontrei porque de repente aquilo parecia ser cantado só para mim. Ouvi a música a exaustão, até decorá-la por completo e quando o sol finalmente se pôs e a primeira estrela surgiu, eu sussurrei um “e eu vou lembrar você” para a noite. Não sussurrei para a estrela em especial, nem para a noite, mas para o Rick, como se de alguma forma mágica o vento pudesse levar minhas palavras para ele. Queria que ele ouvisse essa canção, queria que ele entendesse a extensão de meus sentimentos por ele e queria contar para ele tanta coisa! Contar que mudar de escola nem sempre é fácil, que amizades não duram para sempre, muito pelo contrário, elas têm como que um prazo de validade, algumas mais longas, outras nem tanto... contar que olhar o pôr do sol era essencial, como se nos fizesse crescer como pessoas, contar dos livros que li e de como as palavras eram bonitas e mágicas...Contar que os olhos dele eram belos como a noite (comparação), ou que ele era turbulência e eu era poesia (metáfora) e de como o amava, o amava infinitamente.
"Andei.
Por caminhos difíceis, eu sei.
Mas olhando o chão sob meus pés,
vejo a vida correr.
E, assim, cada passo que der,
tentarei fazer o melhor que puder.
Aprendi.
Não tanto quanto quis,
mas vi que, conhecendo
O universo ao meu redor,
aprendo a me conhecer melhor,
E assim escutarei o tempo, que ensinará
A tomar a decisão certa em cada momento.
E partirei, em busca de muitos ideais.
Mas sei que hoje
Se encontram meu passado, futuro e presente.
Hoje sinto em mim a emoção da despedida.
Hoje é um ponto de chegada e,
ao mesmo tempo, ponto de partida.
Se em horas de encontros
pode haver tantos desencontros,
que a hora da separação seja, tão-somente,
a hora de um verdadeiro,
profundo e coletivo encontro.
De tudo ficarão três coisas:
a certeza de estar sempre começando,
a certeza de que é preciso continuar
e a certeza de ser interrompido antes de terminar.
Fazer da queda um passo de dança,
do medo uma escada, do sonho uma ponte,
da procura um encontro."
"Nunca desista do chamado que Deus te deu! Deus está olhando o teu esforço, cada detalhe Ele está somando! Se tudo parecer dificil, o segredo é só adorar ao Senhor."
Parece que passei boa parte da minha vida - provavelmente tempo demais - parado, em pé, olhando fixamente.
Por quanto tempo mais ela conseguiria fazer aquilo? Fiquei olhando enquanto ela tropeçava e caía, e quando achei que não conseguiria mais, ela se ergueu.
[...] fiquei parada diante do espelho, olhando meu rosto sem entender. Era só eu, pura e simples, e eu não sabia o que via. Continuei olhando, procurando alguma outra coisa que não consegui encontrar. Fiquei olhando, até que só restassem contornos que não formavam uma pessoa. Mas nenhuma outra forma surgiu.
Inocente Donzela
Quando se deu conta
Estava sozinha amarrada
Olhando para o vazio da sala
Ela sempre sonhou
Cresceu profetizando
Que seria arrebatada
Levada sem destino
Sua mãe aconselhara
Para ter cuidado redobrado
Estava determinada
Que se entregaria, até sua alma
Era de pouca conversa,
Aqueles meninos não a seduzia
Achava seus papos caretas
Procurava algo bem diferente
Tinha em mente uma entrega
Que ia rabiscado no papel
Seu príncipe um dominador
Ela submissa Rapunzel
Foram dias e noites de espera
Nem mesmo se mastubava
Amadurecera inocente virgem
Numa nuvem de tempestade
Como se fosse feiticeiro
Sem avisar o príncipe apareceu
Numa enigmática rede social
Dentro da super tela virtual
Bem fluente e bem dotado
Mesmo avisada ele a embriagou
Com gentileza e palavras doces
Decifrou-a inteira
Dominando a mente dela
Num gesto rápido e preciso
A tomou de surpresa de relance
Em silêncio a levou para longe
Num desconhecido lugar
Fez com ela tudo que sonhava
Com uma alta dose de exagero
A feriu no seu íntimo
Ela gritou, tentou fugir
Não conseguiu, dopada
Enquanto ele ria, dançava
Ela lembrou dos conselhos
De sua mãe amiga
Agora de nada adiantaria
Estava amarrada e sozinha
Leopardo Dom
Estou aqui sentado
de frente para o mar
olhando as estrelas
sem poder te beijar
queria você aqui comigo
para tudo se combinar.
Na noite do eclipse
Olhando pro céu
vendo o sol se fundir com a lua
Me perco em meus pensamentos
Indo bem fundo em meus desejos
Sonhando que assim como o sol e lua
Gostaria de me unir a você,
mas não uma vez em décadas
Mas sim todos os dias da minha vida
me unir a vc nos tornando um só
Para q possa assim pela primeira vez me sentir completa
Ainda continuam olhando pra baixo, esquecendo-se que a um espaço a se olhar em cima do pequeno grão, que pra eles é um colosso sobre seus pés; falso Deus! um menino no meio dos adultos, mas o único com companhias e eles tão solitário, acho eu, mas o pobre menino esquece que tem amizades que vem pro bem e outras que vem pro mal, ferido só restou castiga-los como seus velhos brinquedos que enterrou em suas entranhas. Terra desculpe.