Odisseia
OQUE HÁ EM MIM.
Oque há em mim
é um coração enorme coberto de dor,
sem espaço para amar, mas com um desejo de amar e ser amado,
é um coração que chora pelo sofrimento das lembraças de um passado presente.
Oque há em mim
é uma alma morde-fronha
que tudo oque espero da humanidade era o amor
um abraço
uma troca de calor
um sorriso
a complicidade de dois corações unidos pelo amor.
Oque há em mim
é um mundo imenso
é um habrigo que ninguém aceitou.
oque há em mim
é um pequeno canto isolado
deste mundo imundo
que fez de um habrigo da dor.
Oque há em mim
são lagrimas das tristezas conquistadas
em cada desilusão de amor.
Oque há em mim
é o chorar em cada anoitecer
em cada amanhecer
pelo fracasso do objectivo não alcansado.
Oque há em mim
é a magoa da decepção
da desilusão por não ter encontrado um ser,
que completace o meu viver
Oque há em mim
são momentos de pura tristeza vivida,
é o passado presente,
é o presente longe duque se esperou.
é o medo do futuro incerto.
Mas na verdade
oque há em mim
é o desejo de continuar a viver
é o desejo de continuar a lutae,
pois eu sei que um dia hei de vencer.
Autor
Massivi Suburbano Odisseia.
Obra (GRISTOS DO SILÊNCIO)
O vento
ele vai
e vem
sem dar nenhum intervalo
sem dar nenhum espaço
Ele entra no interior
refresca a alma
e sai com a impureza
o vento
huuuummm!
como é bom
respirar fundo
e sentir o poder do vento
Ele faz dançar a natureza
balança cada folha
cada flor
ao ritmo da sua trajectória
humm
o vento.
Sem sono
Sozinho entre quatro paredes
de um quarto enorme,
pensando em alguém
sinto em meu peito a dor mais angustiante.
Quatro dias sem vê-la
provoca em mim uma saudade sufocante.
01 hora de madrugada
oiço o grito do meu desejo faminto
saudades dos beijos dela
saudade do último abraço caloroso dela.
Sem sono
noite fria
somente eu e a minha agonia.
oiço clamar de angústia o meu coração
quero alimentar essa paixão ardente
possuido por uma saudade sufocante.
Sem sono
sozinho no quarto
enorme
cama vazia
falta-me o seu abraço
nessa
noite fria.
01 hora de madrugada
estou sem saída
quatro dias sem vê-la
nasce em mim
um desejo devoradora.
Ei...
Psiu
Você mesmo que aí estás
Que tal refletir um pouco no que pensas e fazes heim?
Oque é a vida?
Oque é conviver?
Como e em que sentido?
Este dia maravilhoso
que deus mais uma vez te deu
Por quê será que outros dormiram e não acordaram vivos mas você acordou vivo, saudável e forte?
Pois, talvez não saibas ou sabes o porque?
O mais importante da vida a principio é viver, e depois,
Viver oque agente é.
Viver oque agente sente
Viver oque agente ouvi e vê,
Mais oque você é?
Quem você é?
Oque sentes pela vida?
Oque sentes pelo mundo?
Oque sentes pelo teu irmão?
Creio que não saibas direito....
A vida faz se na simplicidade das coisas, se você parar um pouco e obsevares e pensares no dinheiro e no amor, vais perceber que o dinheiro é lixo e o amor é tudo para ti.
Dinheiro é lixo como:
Tudo oque você comprar com o dinheiro sedo ou tarde vais deitar, comida? Agente come e horas depois aquilo vai para w.c. Roupa agente compra e usa alguns dias, mêses ou anos mas no fim estraga e agente deita, carros, aviões, barcos, comboios agente compra usa e estraga e vai para lixo... Logo o dinheiro é lixo porquê nada que com dinheiro agente compraremos será permanente.
O AMOR é tudo para ti por quê?
Porque com o amor agente construi famílias felizes, agente conquista amigos leias e honesto, com o amor agente consegui ser feliz, agente tem abenção de DEUS. Com o amor agente mesmo morto vivi, com o amor agente é invejado por ser feliz, por ter uma família feliz, por ter os melhores amigos.
A vida faz se na simplicidade, a vida faz se com as coisas mais simples, um pão a cada étapa do dia, uma família, uma amizade...
Mais então por quê não consegues perceber isto?
Bom dia e um forte abraço do seu irmão MASSIVI SUBURBANO ODISSEIA.
A tática da educação consiste em dar uma visão de despertar a mente e levar o homem a evolução, educar significa, antes de mais nada, ter noção do bem e o que ao homem convém saber.
Não aceita conselhos de quem
te diz... "Estuda para ser
alguém", porque alguém tu já
és, simplesmente procura
melhorar o tipo de alguém que
tu és.
Não dê atenção no ódio,
rancor e ressentimentos
porque são simplesmente
fardos da vida, só nos tornam
impuros e incapazes de amar, por isto
abra o seu coração e dê uma
chance a ti mesmo de ser feliz
com o amor, ama simplesme ama.
UTOPIA
Em cada manhã
Acordo sempre
pensando com seria bom viver na utopia,
longe da tristeza
e da agonia,
dormir e acordar
no abraço da amada,
Quem me dera,
disfrutar da segurança
que oferecem essas ruas,
sair as madrugada
sem medo
das vozes gritantes,
nem das sombras
humanas.
Massvi Suburbano Odisseia
Não saber torna impossível evitar
que a mesma coisa aconteça novamente.
Por outro lado, é libertador.
O mundo pode ser perigoso e coisas ruins
acontecem às vezes, mas não há nada que você
possa fazer, exceto viver sua vida.
E seria uma tolice se, enquanto você a vivesse,
você não a aproveitasse.
Odisseia
Levantou
Alçou voo
Viu com encanto
Todos os recantos
As maravilhas dos campos
As luzes das metrópoles
Os índios, as florestas,
As acrópoles
Os oceanos.
Aterrissou.
Viu a guarda inimiga
O sangue e a falta de comida
A doença, a má sorte.
ODISSEIA (soneto)
Minha saudade de querer-te, ideia
Meus dias poetam versos em te ter
Pois vives no meu viver sem tu crer
Numa saudade de vida em odisseia
Não é só uma razão no meu querer
És o enamorar em noite de lua cheia
Mistérios pra que minh'alma te reteia
E contos de amor escritos pra eu ler
Já tantas vezes lidos, no céu, na areia
Relidos nos sonhos do meu entardecer
É tão presente numa clássica epopeia
És o meu amor, a aurora no amanhecer
Quem no meu palco encenou a estreia
Enlouquecendo por inteiro o meu ser
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16/06/2016, 17'26"
Cerrado goiano
A Odisseia do artista independente:
ser um artista independente é como tentar empinar uma pipa. sem ajuda do vento. sem a linha. e sem a pipa. o que seria mais rebelde que este ato altruísta?
o mundo dobrou a arte em um corpo frágil e sinistro. hoje em dia no universo artístico não é suficiente ter talento. o artista precisa ser barulhento, desafiar o mutismo e sacrificar a si, mesmo que contradiga sua identidade, ou afundará em silêncio.
Até aqui, minha existência tem sido uma verdadeira odisseia. Sobrevivi a provações que desafiaram os limites do possível, aprendi a domar o ímpeto do coração e a pronunciar um “te amo” somente quando a alma reconheceu a verdade do sentimento. Vivi realizações tão grandiosas que reduziram meus antigos sonhos à mera sombra do que a realidade me concedeu.
SEMITOM
Nossa odisséia foi interrompida
O verso seguinte não se ouviu
Um choro tenta cicatrizar a ferida
Embalado num silêncio febril.
A orquestra que cantava nossa história
Se fez calada, se fez metal sem som
Embora bem viva na memória
Ecoa no silêncio em semitom.
Bradando coragem
Pulando caminhos
Avistando miragem
Procurando carinhos
Perdendo os sentidos
Prossigo viagem...
Leitura: uma odisséia rumo à descoberta
É impressionante como o mar e a leitura estão ligados de forma indelével há milhares de anos. O escritor argentino Jorge Luis Borges - amante inveterado dos livros - dizia uma frase que sintetiza bem esse conceito: "Toda a literatura declina de Homero". A afirmação impactante do autor de Ficções expõe a importância do poeta grego, cujas obras Ilíada e Odisséia podem ser consideradas verdadeiros marcos da literatura ocidental. Ambos são belíssimos, mas, em Odisséia, Homero criou uma das mais belas e instigantes histórias já escritas e na qual o mar exerce um papel fundamental no desenvolvimento de seu enredo. Afinal, o que seria de Ulisses (ou Odisseu) sem o mar como pano de fundo para suas aventuras? Da mesma forma, Luís de Camões e Fernando Pessoa - para citar apenas dois ícones da literatura de língua portuguesa - muitas vezes fizeram uso da pena para versificar sobre o mar, sua grandiosidade, sua imponência, sua beleza e sua relevância crucial para o progresso da civilização (grandes descobrimentos, novas rotas de navegação, possibilidade de expansão econômica, comercial etc.) Por meio da História e da Literatura, percebemos que o mar sempre foi palco de grandes aventuras, conquistas e numerosos feitos heróicos da humanidade. Esse mesmo sentimento de descoberta, de desbravamento e de heroísmo presente no espírito dos grandes navegadores também se apodera de todos os personagens reais da vida quando se envolvem, se entregam e se deixam levar pela fascinante viagem proporcionada pela leitura. Quando nos tornamos leitores e passamos a apreciar e valorizar devidamente essa condição, percebemos o quão maravilhoso é poder desvendar o universo e cruzar suas fronteiras de forma ilimitada. Em outras palavras, ler é singrar os mares em direção à esplêndida aventura do conhecimento e do aprendizado. Temos nos livros uma espécie de bússola que nos orienta - piratas e vikings curiosos e sedentos de experiências diversas - na direção exata de um tesouro singular: o saber. Passaporte imprescindível para quem deseja realizar a verdadeira viagem da vida. Neste novo tempo em que o verbo "navegar" ganhou conotações cibernéticas devido às novas ferramentas tecnológicas que nos auxiliam na busca contínua do entretenimento e da informação (leia-se internet), é preciso deixar claro: nada substitui o prazer e os ganhos proporcionados pela leitura de um bom livro. Sem uma sólida formação cultural, acabamos por subutilizar tanto a rede mundial de computadores como todas as demais criações tecnológicas, recebendo suas informações de forma fragmentada e descontextualizada. A leitura nos fornece as condições necessárias para ampliarmos nossos horizontes ao infinito. Aumentamos nossa capacidade crítica, nosso poder de argumentação, de discernimento, de persuasão... Adquirimos a força, a coragem, o entusiasmo, o dinamismo e o espírito adequado para enfrentar as grande tempestades, turbulências e desafios da jornada. Os livros nos credenciam para empreender com sucesso as expedições mais variadas, traçando o rumo de nosso próprio destino com talento, sabedoria e confiança. Em seu poema O Livro e a América, o poeta brasileiro Castro Alves mescla com maestria a relação metafórica mais do que pertinente entre o livro e o mar. Uma visão magistral e que, certamente, irá nos inspirar para que prossigamos esta reflexão que apenas iniciamos : "Oh, Bendito o que semeia / Livros... livros à mão cheia... / E manda o povo pensar! / O livro caindo n'alma / É gérmen - que faz a palma, / É chuva - que faz o mar".
Publicado na Revista E - Sesc SP
Aos espíritos adocicados, a permanência vivencial – uma odisseia sideral – seria um pulquérrimo espetáculo, um imensurável sidéreo sustentáculo; sarapintado de pirilampos fulgurantes, jubilosos, cantantes. No entanto, em qual nebulosa teremos sido forjados? Quiçá no oco abismal ou rebentos de um nada astral? Oxalá pudermos deslindar! Poderia isto ser antes de meu findar, pois feliz iria eu zarpar, por poder conjecturar em qual porto minha nau se ancorará.
