Obrigado meu Deus pelas Respostas

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Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: Meu coração está espantado.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Que jamais cresça em meu peito um coração que confie num juramento ou numa afeição.

Para compreender a minha não-inteligência, o meu sentimento, fui obrigada a me tornar inteligente.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica O uso do intelecto.

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Sei que posso contar com minha fé, com meu otimismo, com minha positividade, com minha esperança, com minhas crenças e com meus amores.

Eu tenho que respirar, dormir, comer, tomar banho, cuidar do meu tumblr e os meus professores pensam que tenho tempo pra ficar estudando.

Minha maior esperança é a de que meu trabalho contribui para impedir novas guerras no futuro

E coca-cola. Como disse Cláudio Brito, tenho mania de coca-cola e de café. Meu cachorro está coçando a orelha e com tanto gosto que chega a gemer. Sou mãe dele. E preciso de dinheiro. Mas que o "Danúbio Azul" é lindo, é mesmo.

Clarice Lispector
A via crucis do corpo. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Dia após dia.

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Carnaval era meu, meu. No entanto, na realidade, eu dele pouco participava.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Restos do Carnaval.

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Coração Mais Forte que o DeverNas alturas em que o meu dever e o meu coração estavam em contradição, o primeiro raramente saiu vitorioso, a menos que bastasse eu abster-me; então, na maioria das vezes, eu era forte, mas sempre me foi impossível agir contra o meu feitio. Quer sejam os homens, o dever, ou mesmo a fatalidade quem comanda, sempre que o meu coração se cala, a minha vontade fica surda, e eu não sou capaz de obedecer. Vejo o mal que me ameaça e deixo-o chegar, em vez de agir para o evitar. Começo por vezes com esforço, mas esse esforço cansa-me e depressa me esgota, e não sou capaz de continuar. Em todas as coisas imagináveis, aquilo que não faço com prazer logo se me torna impossível de levar a cabo.

Amo frio.
As pessoas se vestem melhor, não soam, não fedem, não ficam pegajosas, meu sorvete não derrete, eu posso tomar banho quente, durmo com vários cobertores, ando de meia o dia todo, tomo chocolate quente. E outra, as pessoas parecem que ficam até mais bonitas!

Meu erro é seguir em frente olhando para trás.

Quando meu celular tocar e eu vir que é você, eu vou deixar tocando… afinal, o toque é a minha música preferida!

Estou perdido na varanda de Mercúrio sem asas para perseguir meu eco.
Estou dominado pela rainha Medusa, sentada na sua poltrona de veludo verde com seus nove cães de prata ao lado.
Estou agora em labirintos de anis, onde mordomos gentis sorriem bemóis.Me cumprimentam cordialmente, centauros errantes nos pastos lilases do lado de fora.
Cavalgo em renas de rendas em desvairada velocidade para, angustiado, alcançar seus cabelos de nylon que enfeitam a bandeira dos sonhos.
E lá se vai eu.
Estou correndo no sangue das verdes veias duma idéia que brotou da fonte do ano que passou.
Sento-me no amarelo.Estou chorando em hipérboles!Estou perdido na varanda de Mércurio sem asas para perseguir meu eco.Estou no espaço cósmico.Na plasmibiose do universo que se agiganta e me engole.Estou há bilhões de anos-luz distante de mim mesmo.
Gentes de cera lustrosa arrastam seus corpos em direção á porta do nada.Suco de clorofila borbulha em espumas verdosas em canecos de bronze, onde anões bebem sem boca.
Agora onde estou eu não sei.
Nem nunca soube.
Estou no cume do arco-íris?Na parte da roxa daquele transferidor?
Sei lá. Nem m`importa.
Sentado, sozinho, sem medo de cair, ás sete horas de cores e uma mistura, eu pouso pacato em plutão, montado numa borboleta gigante, tranquila, quieta e colorida.
Pouso pacato em plutão, com um guarda-chuva e uma máquina de costura (daquelas singer antigas de pedal, que vovó usava para fazer gorrinhos para mim).
E a chuva não promete deixar vestigios.

É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Nota: Trecho do conto Perdoando Deus.

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Uma noite, sentei a Beleza no meu colo. - E a achei amarga. - E a xinguei.

Deixa-me conduzir

Deixa-me mostrar minha dança, meu prazer, meu desejo
Deixa-me conduzir...
Deixa-me saciar tua sede com meu néctar
Deixa-me arrancar suspiros de teu âmago
Deixa-me tornar menina e mulher em teu colo
Em tua cama, em teu chão...
Deixa-me dominar, implorar, mandar
Arranhar, morder e chupar
Deixa-me conduzir...
E, após tudo isso,
Deixa-me dormir aninhada em teus braços cansados,
em teu corpo suado,
sentindo teu coração, tua alma

E então, conduza-me
Com a maestria de tua poesia.

E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquele Sol, e todo o meu passado se pôs junto com ele. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia.

Nem acredites se pensas que te falo: palavras são meu jeito mais secreto de calar.

Eu ainda não sei controlar meu ódio mas já sei que meu ódio é um amor irrealizado, meu ódio, é uma vida ainda nunca vivida. Pois vivi tudo – menos a vida. E é isso o que não perdoo em mim, e como não suporto não me perdoar, então não perdoo aos outros. A este ponto cheguei: como não consegui a vida, quero matá-la. A minha cólera – que é ela senão reivindicação? – a minha cólera, eu sei, eu tenho que saber neste minuto raro de escolha, a minha cólera é o reverso de meu amor; se eu quiser escolher finalmente me entregar sem orgulho à doçura do mundo, então chamarei minha ira de amor.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Uma ira.

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Sou tão inseguro, meu bem, não faça assim comigo não, como dizia Carmen Miranda.

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