O Velho Poema
Você nunca pode dizer o que está incomodando um homem. Até coisas mais triviais podem se tornar terríveis quando você entra num certo estado mental. E o pior de todas as fadigas e tormentos produzidos pelo medo e pela agonia é aquele que você não consegue explicar ou compreender ou até mesmo pensar. Apenas se lança sobre você como uma chapa de metal e não tem como sair dela. Nem mesmo por $ 25 a hora. Suicídio? O suicídio parece incompreensível, a não ser que você mesmo esteja pensando nele.
Nem todo velho é bom só por ser velho. Ao contrário, se não acumularmos bom humor, autocrítica, certa generosidade e cultivo de afetos vários, seremos velhos rabugentos que afastam família e amigos.
Eu escrevo todo dia, por compulsão. Mas agora, aos 70 anos, uma das perguntas que mais me intrigam é o que eu vou ser quando crescer.
Há em mim um velho que não sou eu.
São iguais, os vivos e os mortos, os que estão acordados e os que dormem, os jovens e os velhos: porque cada um destes opostos quando se transformam tornam-se o anterior.
Necessário que abandoneis vosso primeiro gênero de vida e vos despojeis do homem velho, que vai se corrompendo por paixões enganosas para uma transformação espiritual de vossa mentalidade e revestir-vos da nova natureza, criada segundo Deus em justiça e verdadeira santidade.
Efésios 4, 22-14
A mulher nova e sábia, não se envolve com preconceitos. Ela ama um homem mais velho, e o torna novo todos os dias.
Mulher que vive bem com homem mais velho, supera os preconceitos, demonstra sua personalidade, aviva seus objetivos, aflora a sua sabedoria e vive melhor a vida dela.
Como diz aquele tal velho ditado
Nada ofusca o brilho de quem nasceu pra brilhar
O mundo como o Enxergamos
Tem dias que me sinto um velho ancião, que já está aqui faz tanto tempo, que perdeu a noção do quanto. Olho o mundo e acho que está tudo errado, e que é tarde demais pra fazer alguma coisa. Penso que o amor morreu, que a esperança bateu asas e voou.
Em outros, acordo com a energia e os sonhos de um menino, acabando de chegar ao mundo, olho tudo e dizendo: "Que bagunça... Então mãos a obra".
E imediatamente começo a limpar, arrumar e tentar colocar tudo em seu lugar, sempre com um otimismo enorme de que tudo pode ser melhor, que as pessoas sempre são boas e que a amor sempre vence.
Tentei por muito tempo descobrir qual deles eu realmente sou. Até que um dia percebi que sou os dois, e que um prevalece ao outro conforme o sol ilumina a fresta da minha janela ao amanhecer.
O mundo é como o enxergamos e isso transforma nossa relação com ele.
Na praça
Aquele homem distinto de olhar distante
Lembra meu avô
Que não ouvia
Só sentia
A vibração dos sons ecoantes
Aquele homem distinto
De olhar distante
Trem da vida
Passageiro é o tempo
Transeunte de efêmeras estações
(Des)governado por entre trilhos senis
- o trem vai (passa o trem)
o trem fica (passa o tempo) -
passa o tempo
passa o trem
passa a vida.
Não abandone um velho amigo, porque o novo não é como ele. Amigo novo é vinho novo: deixe que ele envelheça, e depois o beberá com prazer.
(Eclesiástico 9,10)
A Árvore Invisível
No meio da floresta, onde o verde se espalha em incontáveis tons de vida, há uma árvore morta. Seu tronco retorcido e seco ergue-se como um esqueleto, desprovido de folhas, de seiva, de movimento. Os pássaros não pousam em seus galhos; os insetos não a rodeiam; até o vento parece desviar-se dela, como se sua presença fosse um incômodo.
Ela já foi grande, já sustentou ninhos, já balançou sob o peso de frutos. Agora, é apenas um vulto silencioso, uma sombra esquecida no meio do esplendor alheio. Os olhos dos passantes deslizam sobre ela, sem fixar-se, sem reconhecer sua existência. Afinal, quem se importa com o que já não floresce?
Assim também é a velhice humana. Há um momento em que as folhas caem — a vitalidade, o vigor, a utilidade aparente — e, de repente, o mundo parece desviar o olhar. O idoso, outrora centro de histórias e sustento, torna-se uma figura quieta nos cantos da casa, nos bancos das praças, nos quartos de asilos. Suas rugas são como as rachaduras no tronco da árvore seca: marcas de tempestades sobrevividas, de anos que não foram gentis, mas que ninguém mais se dá ao trabalho de ler.
A floresta segue verde, impiedosamente bela. A vida dos outros segue, impiedosamente alegre. E a árvore morta permanece, invisível, até o dia em que o vento mais forte a derrubar, e então, talvez, alguém note sua ausência — mas não sua existência.
Assim como tantos velhos, que só são lembrados quando já se foram.
Quero Ser Criança
Foi
Não volta
Sente
Como sente
Faz falta
Tempo
Traga-me
Aquela criança
Para este velho
Sozinho brincar
Como na infância
Por favor, volta!
Me chamam de Preto velho ou preta velha.
Não me importo, guardo dentro de mim um sabedoria muito grande. Trago na lembrança todos as dores porque passei nesta terra.
Tragona mais forte ainda a certeza que hoje quero ajudar meus irmãos que estão na terra independente da cor da pele.
Preto velho pela cor da pele, pela idade que acham que tenho.
Na verdade não importa, o que importa é vocês saberem que tenho muito conhecimento dos mistérios desse mundo e do de cá.
A quem me busca minha bênção, sempre ajudo os que de coração me buscam.
Lembro sempre somos todos irmãos. Preto velho hoje mas seu irmão sempre.
Dizem que hoje é dia do idoso... de novo! Mas que importa?! Se você tem um, ame hoje, ame amanhã, ame tanto ou mais do que amou ontem. Sente ao lado dele, ouça dez minutinhos de prosa e você perceberá que enriqueceu anos de vida.
Ah, se pudéssemos viver em um mundo onde nossos idosos tivessem a vitalidade da juventude com o amadurecimento de caráter e vida que possuem. Que mundo maravilhoso seria, com certeza gerido com mais sabedoria e discernimento, em todos os âmbitos do relacionamento social!
Então esqueça se hoje é ou não um dia de celebração ao idoso e vá lá sempre abraçar o seu, demonstrar seu carinho sincero, sua gratidão por cada pequena coisinha que sua pessoa idosa te forneceu, mesmo que não tenha sido nada de material. Mas se houve amor, seu idoso já lhe conferiu o mundo!
SONETO DO VELHO AMIGO
Então, depois de tanto andar trilhado
Pesar rasgado nas retaliações, malícia
Eis que a amizade súplica por carícia
De amparo, dos tantos erros, passado
Enfim, se calado, deixai de ter sevícia
E sentai tu, amigo, aqui do meu lado
É tão bom novamente em ter-te amado
Nunca abandonado, do afeto imperícia
E no abraço antigo, não fomos garrano
Perceba ao nosso arfante a se comover
Pois deixe na quimera o nosso engano
Amigo que é amigo nada e então explica
Estamos sempre reencontrando no viver
Necessidade e, no coração se multiplica...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Um velho ateu, adivinhando a morte decidiu deixar uma carta escrita à família, tudo gente extremamente católica.
Nela dizia querer ser cremado, mas receando que a sua vontade não fosse cumprida decidiu fazer uma ameaça.
Então dizia:
Aqui deixo a minha última vontade.
Quando falecer quero ser cremado.
Não quero rezas na minha despedida, apenas quero ficar na vossa lembrança.
Como sei que não ireis querer cumprir o meu desejo, vos digo que se o não fizer-des. Vos irei atormentar aparecendo como alma penada pelo resto da vossa vida.
Meteu a folha num envelope e meteu na gaveta da mesa de cabeceira.
Um dia a mulher ao passar revista à gaveta. "Sim elas passam revistas periódicas" encontrou a carta.
Resultado: Foi queimado vivo!😃
O amor deve ser como sapato velho
O amor deve ser como o sapato velho e surrado que ajustou ao defeito dos pés. Se não ajustar é porque não é amor!
Élcio José Martins
Talvez um dia se saibam
as verdades todas, puras.
Mas já serão coisas velhas,
muito do tempo passado...
Que me importa o que se diga.
o que se diga, e de quem? (...)
Direi quanto for preciso,
tudo quanto me inocente...
Que alma tenho? Tenho corpo!
E o medo agarrou me o peito...
E o medo me envolve e obriga....
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