O Velho Poema

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⁠Confiança

A confiança é como construir uma casa, existe todo um processo.
Analisar o local é como conhecer alguém, andar ao redor, sentir o terreno é como a primeira conversa uma apresentação inicial, com cautela e paciência ainda incerto, medo e insegurança se iniciam o andamento da planta.
A fundação é muito importante pois será a base para erguer este projeto. A construção começa aos poucos nada de acelerar o tempo, pois ele é crucial e tudo dever ser minuciosamente estruturado.

Começa então tomar forma, damos espaço a criatividade, e vamos nos enchendo de esperança, alegria e desejo.
Porém como toda construção imprevistos acontecem e nos vemos por vezes perdidos, tendo que mudar uma coisa e outra, faz parte acredite confiar é se lançar ao novo e não temos garantia de nada pelo contrário aprendemos com o erro e seguimos para próximas etapas. Uma vez que iniciada dentro de ti a transformação passa ser visível aos olhos, enaltecendo seu valor, seu caráter, sua luz... Construindo assim o maior e melhor projeto, agora com a certeza do inabalável a confiança que exala de dentro vai de encontro ao que é confiável...Acredite, construa confiante.

⁠Acampamento é sempre uma diversão
Barraca, colchão, fogão e botijão
Lanterna, não podemos esquecer
É com isso que vamos viver
Basta 2 panelas e um pouco de macarrão
Está pronta a refeição
Não troco por jantar caro
Pois aquele é um momento raro
Dividir o que tem com a amiga
Pra raspar a panela sai briga
A criança nunca vai esquecer
Que chamou a outra pra comer
Que sentaram na cadeira de madeira
E nem se importaram com a poeira
Acampamento é tudo simples
Pode calçar um bom chinelo
Não precisa de nenhum luxo
O confortável torna-se belo
Não precisa de muitas roupas, só o que cabe em uma mala
Não tem casa para limpar e nem precisa tirar o pó da sala
Aquele pouco é suficiente
Um colchão e um banho quente
Um coador pra passar um café
Cada um está do jeito que é
Com o cabelo não precisa se preocupar
E percebe que nada vai te faltar
E quantas amizades fazemos
Isso é o tesouro que temos
Aquelas pessoas compartilham do mesmo chão
E isso traz laços do coração
Quem gosta de acampar
Consegue parar para apreciar
A chuva, o sol, o que vier
E aproveita tudo que der
Quem acampa observa a natureza
Vê no singelo, no detalhe, sua beleza
Vive momentos de tranquilidade
Deixa de lado a vaidade
Percebe que ali tem felicidade
Que se vive bem na simplicidade
Hora de partir tem um sentimento triste
É preciso sorrir e ir, mas a vontade de ficar persiste
O que conforta nosso coração
É a certeza que foi muito bom
Que logo tem mais acampamento
E na nossa história ficarão guardados esses momentos

⁠Não julgo os religiosos,
pois acredito também
em loucuras e milagres,

certa vez
acreditei no amor.

DIZEM QUE A MULHER...


DIZEM QUE MULHER NUNCA SABE O QUE QUER
UÉ, MULHER FAZ O QUE ELA QUER
DIZEM QUE MULHER FAZ MUITA CONFUSÃO
UÉ, A CULPA NÃO É SUA, NÃO?

DIZEM QUE MULHER É SÓ PRA REPRODUÇÃO
UÉ, CÊ VIVE EM QUE MUNDO, IRMÃO?
DIZEM QUE MULHER NAO PRESTA PRA ESCREVER
UÉ, VC NÃO CONHECE A SUSANNA HELLER?

DIZEM QUE MULHER NÃO FILÓSOFA SÓ PRESTA PRA RIR
UÉ, TU TÁ SONHANDO, ZÉ! TEM A SIMONE DE BEAUVOIR
DIZEM QUE BRASILEIRA SÓ PRESTA PRA ESTAR NO FOGÃO
UÉ, CÊ NÃO CONHECE A LEI MARIA DA PENHA, NÃO?

DIZEM QUE MULHER NÃO FAZ RIMA NÃO
UÉ, TÁ LIGADO NA CARDI B, NÃO, MEU IRMÃO?
DIZEM QUE MULHER É FRÁGIL, MEU IRMÃO
UÉ, TA LIGADO NA MALALA YOUSAFZAI LÁ DO PAQUISTÃO?

Todas as coisas que segurei


Dentro de mim, segurei tantas coisas…Abstratas, pequenas, grandes, confortantes.
Desenvolvi barreiras para guardar todas essas coisas que segurei, constantemente, estava ali comigo, independente do que houvesse, elas haviam se tornado atemporais, o tempo não transcorria, nada poderia apagá-las na nitidez em que se mantinham firme dentro de mim.
Um desejo incansável de controlar o incontrolável e por ego, não reconhecer a beleza da liberdade. Havia tanto em mim, que pesou. Pesou nas profundezas do interior que já nem era mais meu, entretanto, estava se tornando propriedade daquilo que eu guardava em mim e estava me moldando aos poucos.
No nascer do dia e no fim dele, percebo repetidamente que a vida são fases, ciclos, estações. E tudo de intenso que há no meu peito jamais transformaria-se em concreto eternamente. Não posso guardar, tocar, manter sempre dentro de mim. É preciso soltar, libertar, encontrar o equilíbrio, pois tudo o que realmente nos pertence, jamais vai embora, apenas ressurge em sensações melhores.

⁠Querido Soneto…
Num sonho, na rua, qualquer lugar
Eu já não sei parar ou esquecer
Outono, lavandas, eu, acordar
A chuva, o fogo, me aquecer
De dia, de noite, se beijarão
Desejos e sonhos dentro de mim
Saudade, no peito, há explosão
As minhas vontades já não tem fim
Perfume, palavras, a encantar
Poetas escrevem o meu querer
Tudo que eu sinto, eu vim cantar
E pra começar, pra te envolver
vim declarar, só penso em você
É tão fascinante te conhecer

⁠Soneto Dissimulado

É. Eu passei a esquecer tudo
De uns dias pra cá não sei porquê
Das horas, relógio, do mundo
Qual a razão? Alguém venha dizer

Mas confesso que posso imaginar
Vai ver é por causa de um sonho
Vai ver é por causa de um olhar
Talvez seja a Lua, suponho

Tão tão além do que imagina
Brilha tornando o céu todo seu
É, quando sai detrás da cortina

Esqueço também até quem sou eu
É que o eu vira nós com ela
Tão incrível é pra mim…tão bela

Imenso amor.
Confesso que te amo;
amo tanto que já não é mais possível
camuflar este sentimento
que incendeia o meu ser
e assim, como um camaleão,
almejo revelar
as cores desta paixão.
Deixa vai?
Eu gritar para o mundo ouvir,
o quanto te desejo!
Não se preocupe com o que vão dizer,
pois a chama desse amor
derreterá qualquer barreira.
Deixa vai?
Eu percorrer os caminhos do seu corpo,
mas com carta-branca
para alcançar o teu coração.
Deixa vai?
Meus dedos embrenharem-se
em teus cabelos encaracolados,
em desalinhos e carícias,
Prometo mexer ainda mais
com as tuas emoções.
Deixa vai?
Eu me perder nas profundezas
dos teus lindos olhos negros
e em seguida poder me encontrar,
no calor dos teus braços.
Deixa vai?
Eu mergulhar em teus lábios fartos
e de imediato, colorir
o céu da tua boca com o meu sabor.
Deixa vai?
Eu soprar bem no pé do seu ouvido,
palavras doce feito mel,
mas com o poder de um furacão
que irá ti provocar
um misto de sensações.
Deixa vai?
Eu caminhar do teu lado
rumo à felicidade
Não quero apenas uma aventura,
mas sim, para toda a nossa eternidade.
Em vista disto, pintaremos
as páginas do livro da vida
com todas as cores do arco-íris.
E se eventualmente, a tempestade chegar
não se aflija,
porque certamente nos agarraremos
no alicerce da confiança
e nos abrigaremos
na fortaleza deste imenso amor!

“Noite fria”
.
Sem sono,
Permito que meus pensamentos voem em liberdade!
O passado eleva-me do meu trono.
Nesse trajeto, dou de cara com a saudade!
-
Sentimento esquisito, porém, bonito!
Os rabiscos no caderno
As juras de amor eterno
Serenatas na janela.
Ah, mocidade bela.
-
Fundem-se as formas de saudade.
Que ficaram presas num passado já distante
Saudade, que nos segue de mãos dadas
Trilhando as mesmas estradas
Insistindo em ser nossa acompanhante!
-
No baú da minha memória,
Onde guardo, histórias especiais.
Onde reencontro lágrimas perdidas,
Escondidas, em retratos bem reais
-
Sentimento de falta, de abandono
De quem me fez sorrir, agora, me faz chorar
E eu não entendo, e me questiono
Porque teve que partir, sem ter opção de ficar?
-
Partidas abruptas, como dói.
Passe o tempo que passar
A memória grita e remói
A ausência mata sem nos tocar
-
Saudade sentimento confuso, dolorido
Chega quase a ser um tormento
Vem ensinar-nos q´o tempo, a ser vivido
Deve ser vivido a cada momento!

Rosely Meirelles

“Conhecer o outro por inteiro”
.
É dar uma espiada noutro mundo,
Caminhar em outras pernas
É tão profundo.

É um contentamento incomum
Onde dois seres se formam num
Conhecer a fundo uma outra essência,
É se inteirar de guerra ou d´inocência .
-
O que seria da vida se não fosse o Amor?

Poder escrever juntos uma poesia
Se verem enredados no amor, é pura magia
Viajar sem sair do lugar, não ter asas e conseguir voar
É viver uma mistura, de realidade e utopia
-
É sentarmo-nos juntos à beira mar
Ver as ondas rebentar, a beijar áreia
Numa majestosa contradança, a sussurrar
Embriagar-se na sedução da maré cheia

Áh! Como é bom dividir o caminhar
Iluminados pela luz sol - ou cobertos pelo Luar.

Rosely Meirelles

Pudera eu...

Planar na leveza do vento
Povoar teu pensamento
Onde meu sentimento se aconchega no teu
-
Lembro-me. de tantos momentos iluminados
No velho baú da minha mente
Nele encontro fragmentos da gente
Mas também de corações quebrados
-
É uma doce lembrança, o tempo nos faz a cobrança
Mudando a nossa trajetória

Recordo do amor sincero, às vezes ainda te quero
És parte da minha história
.
Rosely Meirelles

“Amor não se inventa”

— Queira Deus, que com a infelicidade você se oriente.
— Que derramar rios de lágrimas e banhar em tristeza,
não compensa.
— Não deixe que o sumiço vire tormenta.
— Amor genuíno acontece, não se inventa.
— É um sentimento que vem de dentro.
— E é eternizado com o tempo.

— A ato mais lindo desse mundo, é amar.
— Grandioso como terra, céu e mar.
— Se o amor é verdadeiro, aproveite cada segundo.
— Porque o tempo, atrás...jamais irá voltar!

Rosely Meirelles

“Com Ele, sinto a vida”

Quando falo com Ele, alço voo.
Sinto a vida!
Ao sentir Sua presença, e ouvir Sua voz no vento a sussurrar!
Minha imaginação alça voo.
Sinto a vida!

Vivendo Sua amorosidade e Teu zelo,
Posso atingir o céu!

No instante em que Ele bendiz o dia!
Eu simplesmente, agradeço
As inquietações facilmente desaparecem.
Sinto a vida!
Ele tem o poder de deixar meu corpo em brasas.
impregnas-me, com Teu amor!
Sinto atingir as nuvens.
Sinto a vida!

Sem Ele não chegaria até aqui.
Concedeu-me uma nova vida.
Meu espírito alçou voo!

Ele sabe, que é por Ele que prossigo de pé!
Em Sua companhia consigo atravessar momentos propícios e também desérticos!
Sinto a vida!
Tudo isso é tão somente o início.
Minha alma fica saltitante de alegria.
Mal consigo esperar pelo restante do muito que ainda tenho pra viver com Ele.

Com Deus, é assim
posso sentir a VIDA!

Rosely Meirelles

Cá estou, com o sorriso ilusório
Que me proporcionou seu adeus
Vivendo
Primavera sem flores

Assistindo à vida passar
Sem sair do lugar!

Levou metade de mim
Me vejo numa viela interditada!

Assistindo à vida passar!
Sem sair do lugar!
Buscando as feridas cicatrizar!

Rosely Meirelles

‘’Era uma ilusão’’

— Ela sentia que o amor deles não estava destinado
a suportar as eventualidades que surgiriam durante as estações
Mesmo que ela apreciasse muito a presença dele!
Ela reconhecia
que o amor deles, não passou de momentos
— Instantes magníficos
— Brechas no tempo
Indecisa, sentou-se às margens da água!
Se pôs a refletir
Admirando o entardecer!
— A despedida dos últimos raios de sol, trouxe as respostas que ela tanto precisava,
ela enxergou através dos magníficos reflexos do sol na água,
lindos por um instante,
mas só por instantes
Que também como esses reflexos, esse amor não havia consistência.
Foi através dessa tão bela visão
que ela finalmente compreendeu, e
sentiu que estava vivendo uma ilusão.
Decidiu-se, hora de ir.
Entendeu também, que esse amor não era pra ser.
Que não suportaria o peso do tempo!

Então, ela se foi
Certa de que o amor dele;
Já não era real.
E se perguntava, enquanto se afastava;
será que em algum momento, sentiu algo por mim?

A tempos;
Ela já não se via através do olhar dele!
Se sentia invisível!

Rosely Meirelles

Seu amor tá comigo, ele tá bem guardado
Eu não te esqueço nunca, por que é tão complicado?
Que eu sou poema e problema pra tua vida, sua metida
Tu é santa ou minha malvada favorita?

Tu és

⁠Tu és minha inspiração, peço que não seja em vão.
Tu és minha emoção,qual o tamanho do teu coração?
Tu és minhas lembranças,por onde andas?
Tu és minha saudade, ainda estou no aguarde.

O ano passado

O ano passado não passou,
continua incessantemente.
Em vão marco novos encontros.
Todos são encontros passados.

As ruas, sempre do ano passado,
e as pessoas, também as mesmas,
com iguais gestos e falas.
O céu tem exatamente
sabidos tons de amanhecer,
de sol pleno, de descambar
como no repetidíssimo ano passado.

Embora sepultos, os mortos do ano passado
sepultam-se todos os dias.
Escuto os medos, conto as libélulas,
mastigo o pão do ano passado.

E será sempre assim daqui por diante.
Não consigo evacuar
o ano passado.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia Completa, Rio de Janeiro: Nova. Aguilar, 2002.

Ano Novo

Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.

Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento

Desconhecido

Nota: O poema costuma ser atribuído a Fernando Pessoa, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

⁠O Paradoxo da Mudança

Mudanças... que coisa mais complicada.
Algo inevitável em nossa vida.
Mesmo não desejando,
nada pode mudar a mudança.
Às vezes gradual;
às vezes repentina.
Ela vem como as ondas do mar;
derrubam nosso castelinho
sem nenhum aviso prévio.
Não quero mudanças.
Quero continuar assim.
Vivendo uma vida da qual é
muito diferente do pretérito
em que eu vivia,
preso no meu mundinho.
Mas também, não quero continuar assim.
Pois é no tempo ruim,
que a mudança derruba um castelo
já destruído.

Tenho medo do que pode vir.
Tenho medo do que pode não vir.
Perder algo especial para mim
ou perder a oportunidade de ouro.
De novo, me vejo preso nesse paradoxo.
O mesmo que me faz dormir e levantar,
na esperança de um dia melhor,
na esperança de que um dia não seja pior.
Lembranças, há de resistirem.
Não importa o quanto o tempo passe
ou o quanto a situação mude.
Diante do Paradoxo da Mudança,
apenas a lembrança é imune.