O Sorriso Adelia Prado

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E onde quer que você esteja,
Onde quer que você vá,
E seja o que fizer,
Que o Amor esteja presente em todos os momentos.

Feliz daquele que olha com os olhos e enxerga com o coração.

Dedicar-se a fazer o que deve ser feito com carinho, torna as coisas mais leves, prazerosas e mais bem feitas.
Cuide dos seus dias, redescubra seus dons, reafirme seus objetivos e sua perseverança! Cuide de todos os detalhes e seja feliz!

"Que o encanto e a maravilha de receber a benção de mais um amanhecer, nos motive a buscar a conquista dos nossos sonhos e a nossa felicidade."

"Existem momentos que são únicos, nos marcam de tal modo que jamais serão esquecidos ou apagados...
Um perfume... uma música... conseguem nos transportar no tempo, retornando àquele momento e sentindo aquela mesma sensação... Nostalgia? Eu diria apenas que esse é um presente reservado a quem realmente viveu e vive cada momento, em sua total plenitude."

E assim é a vida,
enquanto uns te surpreendem,
outros te decepcionam.

Refúgio de Luz

Imagino um jardim...
Um jardim onde possa recarregar minhas energias e sentir-me leve, em paz, protegida e aconchegada.
Um jardim com todas as flores que existem, árvores frondosas, água corrente, bichinhos vivendo por ali, lugares gostosos para sentar e relaxar...
Sino dos ventos, filtros dos sonhos, cata-ventos, anjos, fadas, duendes...
Um jardim onde tudo o que é belo e alegre é possível...
Um lugar meu... Um refúgio de luz... Para todos nós.

Não existe momento certo para buscar a felicidade,
portanto, não espere,
siga adiante!

"Se por acaso as coisas não saírem do jeito que você queria,
acalme-se, Deus sabe exatamente o que é melhor pra você.
Seja paciente e confie!"

Célia Cristina Prado

Perfeição, é uma opinião particular. Não a realidade sincera do fato.

"Tudo aquilo que você faz com amor e dedicação,
terá com certeza um belíssimo resultado,
porque ali, você depositou um pedacinho de si mesmo."

Célia Cristina Prado

Não gosto de histórias mal vividas.
Gosto de viver cada uma em sua completa extensão. Por vezes existem medos, inseguranças e incertezas. Mas prefiro encarar cada uma delas e mergulhar de cabeça. Posso muitas vezes até me afogar nesse mergulho. Muitas vezes sofro e choro. Mas fica a certeza de que eu realmente vivi. E aproveitei cada minuto com total intensidade. Prefiro olhar para trás e relembrar momentos ao invés de imaginar como poderiam ter sido. Não me basta apenas imaginar, prefiro vivenciar. E o que é melhor ainda, aprendi que por mais que sofrimentos possam acontecer, depois que o tempo passa, mais fortalecidos e experientes, ao relembrarmos histórias, sempre nos apegaremos às boas lembranças, porque as más, ficam apenas como aprendizado. São os momentos felizes que merecem ser guardados, e cada história leva consigo momentos únicos, repletos de magia e felicidade. A isso chamo viver! E o resto... é o resto.

Célia Cristina Prado

⁠"Os momentos difíceis da vida, são oportunidades que Deus nos concede para renovarmos nossa fé, nossa esperança
e a força divina".

De onde vens, graça que me perdoa
desta tristeza,
desta nódoa na roupa,
da seiva má no sangue,
da pele rachada em bolhas.
De onde vens, certeza
de que um pouco mais de açúcar
não fará mal a ninguém.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Trecho do poema Da mesma fonte.

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A CASA

É um chalé com alpendre,
forrado de hera.
Na sala,
tem uma gravura de Natal com neve.
Não tem lugar pra esta casa em ruas que se conhecem.
Mas afirmo que tem janelas,
claridade de lâmpada atravessando o vidro,
um noivo que ronda a casa
– esta que parece sombria –
e uma noiva lá dentro que sou eu.
É uma casa de esquina, indestrutível.
Moro nela quando lembro,
quando quero acendo o fogo,
as torneiras jorram,
eu fico esperando o noivo, na minha casa aquecida.
Não fica em bairro esta casa
infensa à demolição.
Fica num modo tristonho de certos entardeceres,
quando o que um corpo deseja é outro corpo pra escavar.
Uma ideia de exílio e túnel.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

A Treva

Me escolhem os claros do sono
engastados na madrugada,
a hora do Getsêmani.
São cruas claras visões
às vezes pacificadas,
às vezes o terror puro
sem o suporte dos ossos,
que o dia pleno me dá.
A alma desce aos infernos,
a morte tem seu festim.
Até que todos despertem
e eu mesma possa dormir,
o demônio come a seu gosto,
o que não é Deus pasta em mim.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

É uma casa de esquina, indestrutível.
Moro nela quando me lembro,
quando quero acendo o fogo,
as torneiras jorram,
eu fico esperando o noivo, na minha casa aquecida.
Não fica em bairro esta casa
infensa à demolição.
Fica num modo tristonho de certos entardeceres,
quando o que um corpo deseja é outro corpo para escavar.
Um ideia de exílio e túnel.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Trecho do poema A casa.

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Me apanho composta.[...]
Nem uma seta consigo pintar na estrada.[...]
Ô Deus, eu digo enraivada,
esmurrando o ar com meu murrinho de fêmea.[...]
Um preto no cruzamento
olhava atentamente para o fim dos tempos.
Eu olho meu olho fixo.
Como se não houvesse cantochão nem monges.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Trechos do poema Ruim.

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As línguas são imperfeitas
pra que os poemas existam
e eu pergunte donde vêm
os insetos alados e este afeto,
seu braço roçando o meu.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Trecho do poema Em português.

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A invenção de um modo

Entre paciência e fama quero as duas,
pra envelhecer vergada de motivos.
Imito o andar das velhas de cadeiras duras
e se me surpreendem, explico cheia de verdade:
tô ensaiando. Ninguém acredita
e eu ganho uma hora de juventude.
Quis fazer uma saia longa pra ficar em casa,
a menina disse: "Ora, isso é pras mulheres de São Paulo"
Fico entre montanhas,
entre guarda e vã,
entre branco e branco,
lentes pra proteger de reverberações.
Explicação é para o corpo do morto,
de sua alma eu sei.
Estátua na Igreja e Praça
quero extremada as duas.
Por isso é que eu prevarico e me apanham chorando,
vendo televisão,
ou tirando sorte com quem vou casar.
Porque que tudo que invento já foi dito
nos dois livros que eu li:
as escrituras de Deus,
as escrituras de João.
Tudo é Bíblias. Tudo é Grande Sertão.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.