O Sol e o Vento
Pinheiros
Que magia tem estes velhos pinheiros
ouriçados pelo vento no alto das pedras?
Absortos, voltados para o poente,
agasalham pássaros em galhos ondulantes,
sossegam minha alma em verdes sombras
recortadas no azul de um céu sem fim.
Quanta poesia há no aparente abandono
dos pinheiros agrestes agarrados às pedras,
que em silêncio se elevam às alturas,
seduzidos pela luz mágica do sol?
Mansos pinheiros acenando à estrada,
ouvindo o bramir do mar logo adiante,
faz sentir esta poesia, esta alegria,
do sal que tempera sonhos, emoção,
sentimento vida, universo no coração.
Recostada à janela, enquanto sigo viagem,
os pinheiros me levam para perto do céu,
em algum lugar abre-se uma porta,
acolhendo criaturas e sonhos
na clara ternura do entardecer.
Instantes de felicidade sem motivo,
como poemas sem palavras
que se escreve no ar...
OPOSTO DE UMA VIDA
O vento interroga meus sentimentos com constrangimentos.
Os inocentes de mais se tornam tolos de mais, e quem é tolo de mais se envergonha e deixa o futuro no inconsciente e desordena o tempo pra trás.
Os gênios são tolos mais não tem medo, os gênios não são lembrados, nem esquecidos, os gênios sempre morrem cedo.
As pessoas fúteis não são úteis nesse mundo útil onde você é usado por um minuto, e por uma eternidade se torna inútil.
As palavras calariam o mundo, se não fosse o medo de dizer o que as palavras deveriam significar, e vejo que com palavras, movo os povos de lugar.
A arrogância mede a altura simétrica com o medo, os velhos se esquecem de ser cruéis, e os mais novos aprendem a ser cruéis mais cedo.
Nas medidas que as alturas de um metro e poucos sentimentos me impôs, faço versos, escrevo pra mim, mais não deixo nada pra depois, afinal quem se dispôs, não compôs, o verso que disponibilizei pros meus iguais, ou pros diferentes de etnia e cor com pouco verso, mais com muito amor.
O sono uma vez quase me mata, mais a preguiça de viver me renasce a todo momento, levo a sério o que ouço pela vida pelos efeitos sonoros de um coração afogado de sentimento.
O primeiro beijo não marca as nossas vidas, pois são trocas de salivas, o que marca de verdade, é sentir o calor humano de quem te ama entre a sua imagem e outra alma por outras almas vivas.
Nunca liguei pro exterior das pessoas, mais exteriores se multiplicam as centenas, mais corro na vida em uma cena, a primeira vez que julguei uma pessoa pela aparência, vi que ela era linda, mais percebi que o tempo me disse que essa mesma pessoa não valia a pena.
Sou morto antes mesmo de viver, consegui ser inteligente antes mesmo de aprender, e novamente, morri, antes mesmo de nascer.
Ai que frio, arrepio, é do vento o assovio. Minhas imagens no vazio, quem se lembra do que viu? Do teu olhar me desvio, minha paz por um fio. Ai que frio.
Acerdito que eu sou uma chama exposta ao vento dos dias, por isso, enquanto eu estiver encarnado nesse planeta, usarei a minha tênue luz para clarear a escuridão dos caminhos por onde eu passar. Estarei satisfeito se ela ajudar a outras pessoas em seus caminhos.
"O Vento" levou minha história hermaníaca e só comecei a perceber isso depois de “Onze Dias”.
“Fingi na Hora Rir”, mas realmente, "Todo Carnaval Tem Seu Fim", todo “Pierrot” chora e toda “Descoberta” assusta!
Hoje eu sei, a verdade vai muito "Além do Que Se Vê...
"Quem Sabe" um dia eu consiga entender o que até hoje explicação nenhuma respondeu?!
Consiga entender as atitudes de um "Cara Estranho" e ao mesmo tempo tão "Sentimental" que simplesmente um dia acorda e resolve que “Vai Embora”.
A "Primavera" se foi, "A Flor" desabrochou, "A Casa Pré-Fabricada" nunca saiu da idéia e também não compraremos uma na “Marambaia”... A "Anna Julia" não nascerá, não será "Morena" e não iremos todos juntos à "Paquetá”. As fotos viraram fatos passados, não sobrou nada, nem um “Retrato pra Iaiá”.
"Pois é"... "Os Pássaros" hoje cantam num "Horizonte Distante". Dos passos na areia "Fez-se Mar", nem "Dois Barcos" salvariam nós dois...
Como “Tanto Amor” pode “Evaporar” e deixar alguém “Tão Sozinho”?
Um dia eu quis me jogar do "Primeiro Andar", do “Sétimo Andar”, mas "O Pouco Que Sobrou" de fé em mim de repente se fortaleceu, como se alguém me dissesse: “-Desce”, “Eu Vou Tirar Você Desse Lugar”! E eu fui salva...!
Descobri com a “Liberdade” que tinha “O Mundo aos meus Pés” e acordei para a vida que independe de “Um Par” para me sorrir e dar “Bom Dia”.
As “Lágrimas Sofridas” secaram, a “Máscara Negra” deu lugar à “Cara Valente”, o “Azedume” aos poucos foi virando doce, e ter um “Outro Alguém”, “Alguém Pra Mim” ou ser “A Outra” foi se transformando em reais possibilidades.
Dos erros não sobraram “Traumas”, “Sem Ter Você” redescobri “De Onde Vem a Calma” e segui em frente, sem pensar quem recomeçaria primeiro ou seria “O Vencedor”.
“Veja bem, meu bem”, ao fim de tudo isso, “Quando eu Digo” que “Tá bom”, não é apenas “Pra Ver Se Cola” e nem quero que “Tenha dó”... Eu só não entendi e desisti!
Hoje não somos como “Romeu e Julieta”, não somos “Dois em Um”, não teremos um dia a tal “Conversa de Botas Batidas”, não falaremos “Sobre o Tempo”, não teremos “Mais Uma Canção” “Pra Falar de Amor”, não dançaremos um “Samba a Dois” sob a “Santa Chuva” em um “Sábado Morto”, tão pouco admiraremos “O Ritmo da Chuva” pela “Janela”.
Já não poderei um dia comparar você entre “O Velho e o Moço” que conheci ou questionar: “-Cadê teu Suin?”, mas poderei levá-lo comigo sempre “Do Lado de Dentro”, ainda que eu encontre um “Sapato Novo”, uma vez que desistiu para sempre de seguir ao meu lado como meu “Último Romance”.
Toda “Despedida” “É de Lágrima”, mas “Deixa Estar”, isso passa...
Eu poderia dizer: “Ainda é Cedo”, “Deixa o Verão”, mas “Vambora”, seria como esperar por novas explicações no meio desse “Cinema Mudo”, por isso “Assim Será” e sem “Condicional”!
“Perdoa”, hoje sou eu que preciso dizer: “Adeus Você”.
Quem constrói muros como obstáculos jamais sentirá o vento do amor que sopra do outro lado!Como criticar então, não sentir-se refrescado?
A flor que caiu, o bebê que não chorou, o vento que não apareceu, a escuridão que ficou, o barulho que não calou, o dia que não chegou.
Palavras perdidas no ar, folhas ao vento estão a brincar, rosas e poesias, essa deve ser a minha cisma.
SOU LÁ DE CAÇAPAVA DO SUL
ONDE O VENTO MINUANO SOPRA
E MURMURA PALAVRAS DOCES
A GELAR O CORPO
PARA AQUECER A ALMA
E me vou com meus pensamentos, com minha angustias, com o vento que vem para mim !
Permaneço consciente, porem um pouco a frente, a frente dos sonhos, a frente do impossivel, a frente como gente que ve um futuro melhor, mais que somente espera que seu subconsiente chegue onde seus pés podem chegar sem ao menos sair do chão ..
“Algo que possui seu valor”
De que adianta uma palavra que cai ao vento, de que adianta ouvir a repetitiva velha canção, se o vento gelado é tormenta e a canção é apenas adereço de inútil decoração.
De que adianta ouvir ordinário elogio, de que adianta ouvir caprichoso, sermão se o elogio é uma farsa banida, nada vale teu tristonho sermão.
De que adianta apoiar a cadeira quebrada ao relento, de que adianta romper a madeira de tua imaginação, se a cadeira não te acomoda e a madeira partiu-se com as mãos.
De que adianta colher as flores, de que adianta pedir perdão,se as flores já estão mortas e se a falha não tem perdão.
De que adianta transpirar velhacos desassossegos, de que adianta ansiar por momentos irrisórios de inspiração, se o desassossego é uma dúvida consigo mesmo e o ilustrado lampejo de inspiração dorme sem acalento.
De que adianta satirizar a noite em que esquecemos de dar risadas, de que adianta muita confusão, a vida não dura nada; utópica convicção.
Deixe teu corpo falar por ti
Entregue a ele suas vontades,
assim como o mar,
Deixe o vento fazer as ondas
Sentiras
Seu corpo ser tocado
Guiado
Sem leme nem vela
Por braços
De águas profundas
Onde esta escondida
Sua felicidade
Sem destino
O vento é frio e a noite tão acolhedora
Solitária e nublada como minha sorte
Leste, oeste, sul e norte
Uma bússola quebrada, desvairada
Aponta para o nada e diz tudo
Envia-me ao caminho menos oportuno
Como um beijo derradeiro inalcançado
Ou a cartada que precede a derrota
Fora de contato, escondo segredos
Que anuncio apenas à minha sombra
E nem mesmo dela guardo confiança
Quantas vezes não me traiu com certezas dúbias?
Serei o penúltimo cavalheiro
Aquele que leva as flores
Mas nunca termina com a dama
Estou fadado às despedidas e prêmios de consolação
Serei então os restos do perdão
Os ossos por trás de qualquer beleza
A segunda-feira, a ressaca, as súplicas
A humilhação, a tristeza, o medo de perder-te
Mas diziam que o amor eleva?
Conheci do paraíso às trevas
E resido na instabilidade sem prescrição
Tão perigosa quanto a própria vida
Bernardo Almeida (Livro Achados e Perdidos)
" VEZ EM QUAND O VENTO PASSA POR AQUI, E TODA VEZ ME ENCONTRA PERDIDO NO CAMINHO. E ME DIZ PRA LEVANTAR E SEGUIR
MAS ME PERCO TODA VEZ, LEVO UM PESO DANADO... E COMO PESA ESSA SAUDADE, ENTÃO O VENTO DIZ PRA DEIXAR ESSA BAGAGEM, FICAR MAIS LEVE E NAS SUAS ASAS VOAR.
SE FOR ASSIM PREFIRO ANDAR E ME PERDER ATÉ ACHAR... UM DIA O QUE TANTO PROCURO VAI ESTAR LÁ, POIS A SAUDADE QUE CARREGO É DE ALGUEM QUE TANTO ESPERO E QUE PROMETI ENCONTRAR..." (LUCIMARIO)
Eu...
Eu sou uma pluma que tenta ir contra o vento
Eu sou um minuto de silêncio feito por um coração
Eu sou a luz que iludia a vida com um pensamento de ternura
Eu sou um simples desejo de um dia melhor!!!...
Passam-se os temas e não dá pra prosseguir
inútil como o vento vindo do carburador
murcham-se as nuvens enchendo toda a dor
repete-se feito o dia, repete-se feito insano
mas o plano nunca a de acontecer
interessante que a sempre um interesse
no desinteresse daquele inútil
passam-se os temas e não dá pra prosseguir
por preguiça sem sombra de dúvidas
assombra os úteis por natureza ou por esperteza, que seja!
Desconfiemos do julgamento
convivemos, vivemos o passar dos temas
daquilo que isso foi ou será
os planos quaisquer dos temas que se passaram ou estão por vir
triste natureza dos sem sonhos
passam-se os temas e não dá pra prosseguir
vou aos prantos te olhar com os pés
a cor sempre importa assim como o tamanho do rebanho
não me importa se ele com ele é estranho
fugir não adianta
olhar enfim na mágica da guilhotina
que se encena em meio ao tráfico
as crianças são vendidas assim como as alucinações
assim como os homens no parlamento se vendem
como as mulheres da guaicurus
num gole a outro os temas vão passando
tudo na berlinda rumo ao rio cor de nojo
o elo dos que esperavam não existe mais
passam-se os temas e não dá pra prosseguir
e não dá pra prosseguir...
e não dá pra prosseguir...
tamanha é a coragem daquele que ousa prosseguir.
COMO ROCHA FIRME QUE NÃO TREME AO VENTO, ASSIM É O SABIO QUE NÃO SE COMOVE NEM PELA REPROVAÇÃO NEM PELO ELOGIO.
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