O Silencio de uma Tela em Branco

Cerca de 354295 frases e pensamentos: O Silencio de uma Tela em Branco

Eu não gosto quando uma mulher diz a outra mulher o que ela deve fazer ou como deve fazer ou quando deve fazer.

Inserida por pensador

Mais vale uma aldeia em paz e sem militares do que cem militares numa aldeia sem paz.

Inserida por ze_vilela

Mais vale uma palavra de uma pessoa digna do que dez de outra maligna.

Inserida por ze_vilela

Era sábado, a noite não era mais quente do que todas as outras noites de outono, e uma brisa sutil, entoava o ritmo das noites boemias.
A Lapa brilhava em seus muitos tons, dos sambistas altivos em seus velhos ritmos que agitavam os bares, até as damas da noite, que satisfaziam corpo e mente dos afortunados ou não.
Era inegável, no entanto, a magia das noites cariocas. Magia essa que levava os mais variáveis públicos até seus braços, os braços da cativante noite envolta em cerveja e no batuque dos pandeiros.
Carlos não era um homem muito diferente de qualquer outro que apreciava a companhia sistemática de ninguém menos que ele mesmo.
Vivendo o que ele viveu e passando o que passou, seu copo e cigarro eram melhores que qualquer papo que tirasse a poeira da rotina, ou ouvir um amigo falando sobre o espetáculo de Garrincha contra o Flamengo no Maracanã.
Ele se sentia bem na sua própria companhia. E normalmente acompanhado de seu inseparável caderno de notas, o qual escrevia seus romances e infortúnios da sobriedade.
Lembrou-se de uma situação que viveu quando tinha seus 23 anos. Amores de juventude normalmente eram indícios de problemas, principalmente se o resultado final era estar sozinho num sábado a noite.
No entanto, Carlos apreciava as memórias de quem fora importante em seu passado.
Angélica foi seu grande amor, provavelmente o maior de todos os amores, motivo de seu sorriso e embriagues.
Conheceram-se na faculdade de jornalismo, sendo ele o aluno de tal curso, enquanto ela cursava medicina veterinária.
Não era diferente de uma típica menina dos anos 60, onde o amor pela natureza e seus animais era o ápice das relações humana.
No entanto, algo havia cativado o coração de Carlos. Ela fazia com que todas ações que pareciam comuns, tomassem formas absurdamente especiais. Ela sorria de forma diferente, e o cumprimentava de forma diferente, sendo simplesmente diferente de todas.
Ele, por outro lado, resguardava a timidez, característica de sua personalidade frágil com relação ao que não compreendia.
Era um rapaz altivo, porém, jovem. Tinha pressa de conhecer e saber as coisas do mundo, garoto suburbano de pais humildes que trabalhavam para que ele pudesse completar os estudos.
Certo dia, no verão de 67, num Brasil onde todas as palavras precisavam ser medidas, desmediu um ato. Decidiu que Angélica não seria mais sua relação do imaginário. Esbarrou quase que propositalmente nela no meio do gramada da Universidade, e disse:

_Perdão! Desculpa mesmo incomodar. É que eu te vejo sempre, e bom... Você nem deve saber quem eu sou, mas...

Prontamente, foi interrompido por ela:
_Você é o Carlos, eu te conheço sim.
E sorriu. Sorriso esse que queimava no coração dele como uma tocha de coragem, um farol entre seus pensamentos de medo da rejeição. Coragem para fazer a tal pergunta:
_Não aceitaria sair? Eu conheço um barzinho legal na Lapa, com viola e cerveja.
Ela aprontou um amplo sorriso, pois percebia o nervosismo do garoto e apesar dos pesares, ele estava ali, tremendo mas com muita coragem em sua tremedeira.
_Vamos! Ela respondeu.
Prontamente se despediram após marcarem o horário de encontro. Era fim de semestre, quando qualquer aula perdida poderia ser prejuízo.

Eram 22:00 da noite, e a Lapa reinava sublime. Era o auge da Bossa de Vinícius e Tom, que ecoava nos ladrilhos históricos, em nuances carnavalescas com o samba raiz que o carioca entoava com um hino.
A alegria dos presentes era visível. Casais dançavam juntos em bares, com suas bebidas. Rapazes em seus ternos polidos e moças em seus vestidos de cores tão diversas, que eram uma atração visual, um Taj Mahal arco-íris.

Ele já estava lá quando ela chegou, havia separado uma mesa pequena para dois, aconchegante o suficiente para equilibrar conversas como vida, amores, futuros projetos e etc...
Ela falava, ele bobo, olhava e admirava como se fosse a própria rainha da Inglaterra que estivesse discursando particularmente para um único súdito.
Era normal. Todo homem apaixonado cria para si a ideia de um momento, um momento que ele vê como algo possível, mas improvável. Ela estar ali, se divertindo com ele era o algo impossível de se imaginário.
Perdeu o controle quando viu que ela sabia seu nome, e perdeu o jogo quando ela aceitou o convite. Estava totalmente entregue.
Dançaram por horas. Entre pausas e danças, fluiu uma pergunta vinda da moça:
_Acha que o amor é pra todos?
Ele ficou sem resposta, de pé, encarando-a. Então disse:
_Acho que tô prestes a descobrir.
Aquele foi o gatilho, o estopim dos muitos sentimento. O amor era o sentimento sublime que construiu a maior parte da filosofia poética, ferindo de morte os corações desavisados, no crepúsculo da inocência que circundava o homem.
Beijaram-se como casais bem mais antigos, como se estivessem juntos a décadas, uma conexão extremamente rara, uma rosa nascida no concreto dos dias ácidos que corroíam a nação.
Mas brotou, com a força dos bárbaros, e a leveza dos artistas.

Já estavam juntos à 3 anos, e em 1970 era ano de Copa Do Mundo. Ele já era um médico iniciante que acabara de receber uma proposta que poderia mudar sua vida completamente.
Seus muitos contatos universitários trouxeram a ímpar oportunidade de um intercâmbio na Universidade de Cambridge, uma das mais renomadas do mundo. E uma oportunidade tão incrível, poderia não ocorrer duas vezes.

Correu até o apartamento que tinham em conjunto, era pequeno, sem muito brilho, mas era dos dois. Aquele pedaço de paraíso como costumavam chamar. Esbaforido, e exausto de tanto correr para chegar e anunciar à sua amada a notícia tão aguardada.
Ela pressentiu e com um sorriso e olhos marejados entendeu o que ele pretendia dizer no momento em que abriu a porta.
_To contigo! Vai viver nosso sonho, amor. Estarei aqui quando voltar.

Arrumaram as malas juntos, e se encaravam, rindo copiosamente da situação. O sonho de um era o sonho do outro. A distância seria vencida no devido tempo e em seus moldes.
Desceram as escadas do apartamento, e em suas alegrias que se misturavam com a festa pelo gol salvador de Jairzinho, partiram para o aeroporto.

O check-in foi feito assim que chegaram.
_Me responda sempre que possível. E use os casacos, lá é inverno.
_Eu sei, amor.
Ele respondeu.
_Assim que chegar eu dou um jeito de falar com você.

Ela assentiu com a cabeça, como quem entendeu.
_Te amo, lembre-se disso antes de dormir e ao acordar. Você é único, é tudo.
Ele não respondeu. Sua solitária lágrima que delicadamente escorreu de seu rosto, seguido de um beijo.
_Você estará comigo em cada momento.
Respondeu olhando repetidamente para trás e dizendo "eu te amo" em sussurros, até entrar no avião. Partindo para o grande momento.


Depois de 1 ano nos Estados Unidos, correspondiam-se com frequencia. Mas naquela manhã fria e de neve, recebeu um telefonema que não esperava. Era seu pai:
_Oi filho. Eu preciso que volte para o Brasil. É a Angélica, ela...
Relutou em dizer.
_Pai, o que aconteceu? -Disse ele assustado.
_Ela... teve um mal súbito, filho. Encontramos ela caída no apartamento. Eu sinto muito, filho. Ela não resistiu.
Soltou o telefone naquele momento, se negava a acreditar, enquanto gritava encolhido no chão da universidade. Nunca imaginara um mundo onde Angélica não estava, e aquilo doía de formas que a morte seria melhor.
Foi para o alojamento e arrumou suas malas com a ajuda dos colegas. Lembrou-se que sua ajudante na última vez que fez aquilo nunca mais o ajudaria. Sentou-se no chuveiro e por meia hora ficou lá. E suas lágrimas confundiam-se com a água que caía, e que por capricho, não escorriam seu sofrimento até o ralo.
Partiu para o Rio de Janeiro no mesmo dia. 12 horas depois, chegou a um Rio que não era semelhante ao que viveu. Chuvoso e frio, como se o céu sangrasse por ela.
Ele negava-se a entrar na igreja onde o corpo era velado. Como crer naquilo? Era ela, a pessoa que mais amava em todo o mundo, e que 3 dias antes havia falado com ele.
Olhou-a distante, de longe, estava linda, uma flor pálida.
Carlos saiu durante o enterro e seguiu até um lugar comum para ele, a Lapa.

Naquela noite não houve samba, não houve músicas e alegria. Era só ele, sua dor e sua lembrança.
"Lembre-se que te amo, quando dormir e ao acordar."
Lembrou-se disso todos os sábados a noite, por 30 anos, quando ia para o mesmo lugar onde se conheceram. Pedia 2 copos de cerveja e um sempre terminava a noite cheio.
"Realizei nosso sonho, meu amor."

Ele conheceu outra pessoa, a qual amou e construiu família. Mas nunca amou como aquela a quem amou na juventude. Nunca houve outra Angélica.
Nem as rosas pouco falantes de Cartola expressavam sua dor eterna, tão eterna quanto seu amor e gratidão.

Inserida por MatheusHoracio

A fé cura mais uma vez a dor e o desespero do coração quebrado.

Inserida por EscritorErickpereira

Todos os dias da nossa vida é uma lição agora cabe a você aprende ou não

Inserida por Ivan2030

Eu vejo...

Com meu pai no carro
Ele diz que quer passear .
Eu, como uma garota desse novo mundo
Não quero nem ligar.
Meu pai, dirige pela estrada de cimento
Que depois é tomado ,por terras e pedras .

Ao chegar no destino, nas serras
Abre-se as portas .
Não saiu nem um pouco , lá fora
Trancada, prefiro ficar
Até que, uma voz , chega ao meu lado
E me pergunta: "quer voar?"

Animada fiquei ; fui voar
Colocaram-se equipamentos de voo
Um moço me segura por trás, para ficar bem firme, no equipamento .
Houve alguns desentendimentos com o vento ,
Até que, enfim, fomos no ar.

No voo,pude ver pessoas , vaca, carro e estradas, tudo pequeno.
Mas, ao olhar , diretamente ao céu
Lá estava...aquela pequena esperança
Que havia nascido, mas já se ponha...
Aquele laranja, fogo ardente, sedo tomado
Pelo escuro, de pequenas estrelas.

Inserida por Yasmin_335

Podemos até mudar a forma de pensar de uma pessoa, que por sinal é muito difícil, mas mudando primeiramente a nossa maneira de agirmos em relação a ela eu creio que fica mais fácil a sua conscientização. Diante disso não temos a certeza absoluta da sua mudança, somente Deus tem o poder de transformar vidas.

Inserida por EliasTorres

gostaria de te dar uma rosa mais não encontrei uma tão bela quanto você

Inserida por LotusNegra

"Uma das minhas atitudes mais egoístas foi dar a certeza sobre algo que era incerto".

Inserida por CastelhanoWolf

Pare de reclamar, dobre seus joelhos e agradeça por mais um dia, por mais uma chance de mudar as coisas, tenha coragem e mude a sua vida para melhor, tenha coragem e peça perdão, tenha coragem e estenda a mão. Se você está passando por uma guerra fique sabendo que ao seu lado está o vitorioso e ele não vai te desamparar, erga-se! Sua força é ilimitada quando sua fé é inabalável.

Inserida por cristian_bermeo

Você me fez mais bem que uma garrafa de Balalaica.

Inserida por GabrieliFBSilva

Ansiedade...

Qual a graça
De fingir ter um doença?
Uma doença que mata
E não falo por pirraça.

Inserida por GabrieliFBSilva

Hoje,
Eu acordei com saudade de você
Lembrei me do teu olhar
Que encanta
Uma voz que fascina
Te espero sempre.
Seja onde for.
Tudo por você
Te amo 💞
_____Rosa Negra

Inserida por rosa_angel

És como uma brisa suave
Tocando meus cabelos com suas mãos delicadas
Tu és o meu sonho
Não quero acordar
Porque nesse momento sinto você
Quero amar
💕
_____Rosa Negra🌹

Inserida por rosa_angel

A crônica é uma forma de você contar o incontável: sacar uma entrelinha numa atitude minúscula.

Inserida por EmOutrasPalavras

Todo mundo tem sonhos, mas infelizmente poucas pessoas lutam para que vire uma realidade!

Inserida por eduardo_santanna

Que a semana seja suave como o perfume de uma flor...
Que aja paz em cada alma e um coração cheio de amor.
Feliz semana !
Ivânia D. Farias

Inserida por Ivania-D-Farias

A fé se conquista nas lutas da vida,cada gotinha de fé em cada batalha, teremos enfim uma fé inabalável.

Inserida por Ivania-D-Farias

Ser cristão não se resume aos domingos, mas na condição de uma vida em constantes transformações efetuadas pelo Espírito Santo em um ser quebrado e totalmente vulnerável à sua vontade.

Inserida por andretomazini

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