O Silencio de uma Tela em Branco

⁠Queria que você fizesse um print e me guardasse nas nuvens que é para lá que um dia eu vou

⁠No outro lado da calçada o amanhã é diferente

⁠Autoconhecer-se é se olhar com olhos de estrangeiro

⁠Meu rosto foi moldado pelos traços mnêmicos e os orifícios não preenchidos da alma

⁠Quando nasci o mundo e as pessoas não existiam para mim.
Minha primeira descoberta foi o rosto de minha mãe

⁠Nunca diga:
desse tinder nunca usarei

⁠Não é com o fecho dos olhos que se evita um mau desfecho

⁠Um poeta nunca se esquece de sua infância, dos seus brinquedos e dos seus pais
Um poeta nunca se esquece do que é
do que ainda pode ser e do que nunca será capaz

⁠Poeta não é aquele que olha o que todo mundo vê. Poeta é aquele que olha o que todo mundo olha e não vê.

⁠Troquei as mesas dos bares pela embriaguez de ler.
Troquei os fartos banquetes pela fome de conhecer.

⁠Liberdade não é apenas falar o que penso. Mas questionar o que penso

⁠Quem acredita nos deuses e no sobrenatural da infância, ainda não amadureceu

⁠Quando a noite é expulsa do quarto, sonhos choramingam nos lençóis como se fossem leites derramados

⁠Quando fores brigar comigo, amor, por favor, conte até dez, que é o tempo que tenho de abrir a porta e fugir de casa

⁠A sabedoria popular sabe que, na interpretação dos sonhos, no jogo do bicho, quem sonha com gato caindo do telhado, aposta no burro e nunca dá errado

⁠Quando você me diz que me leva a sério, tenho vontade de rir da sua piada

⁠Em noite de lua cheia, quem olha para a Lua vê o Sol pelo retrovisor

⁠Quem fala muito adora ouvir o monologar de sua voz

⁠E eu aqui com meu dente doendo
e eu aqui com meu saldo bancário
e eu aqui preso no trânsito engarrafado
e eu aqui com o cartão de crédito atrasado
e eu aqui com o namoro acabado
e eu aqui desempregado procurando trabalho
e eu aqui estressado e arretado
tem dias que a gente não devia ter acordado

⁠Sempre quando acordo celebro mais um aniversário. Presenteio-me com o dia, comemoro com as horas, banqueteio-me de minutos e apago as velinhas dos segundos do bolo deste meu mais recente milionésimo aniversário