O Senhor Falou e eu Ouvi o duas vezes

Sim, você

Você é a canção mais perfeita
Que eu já ouvi,
Mas que nunca quis cantar.

Você é todas as cores do meu mundo
Que eu faço questão de desenhar
Em preto e branco.

De todas as frases de amor que já escrevi
Posso dizer que a maioria
Falam sobre você

Por fim, você é tudo que eu
Não gostaria de querer,
E que e mais luto para isso
Mas felizmente parece ser em vão.

Amor, maldito amor

Desde o dia em que ouvi falar de amor, venho tentando criar teorias sobre ele, entende-lo, ignora-lo, ou fazer acontecer. Mas descobri que por mais que você o conheça, por mais que você o queira você não pode. O amor é algo muito maior que isso, é sublime, auto-suficiente e imprevisível. Ele encontra você, não ao contrário, e quando você se dá conta, já está envolvido em uma espécie de teia de aranha, onde ele te devora e te consome. Você passa a viver em função de outra pessoa.
Acho quem inventou a história sobre cupidos, tinha chego a alguma teoria próxima a essa. Venhamos e convenhamos, aquele anjinho que atira flechas por ai, bem parece com essa história não? Ele nem sempre escolhe pessoas que se corresponderam, nem sempre escolhe pessoas de mesmos lugares, mesmas raças, mesmas classes. A graça pra ele é misturar, é ignorar o fato de que nem sempre queremos isso. Que estamos machucados demais no momento, ocupados demais ou preocupados. Ele simplesmente chega, e ai me desculpe, já era.
O amor nos torna ingênuos, nos torna idiotas, vulneráveis e imprevisíveis. O amor é patético, mas quem nunca quis ser patético um dia, que atire a primeira pedra.

Sempre ouço dizerem que estão em busca da pessoa certa, mas jamais ouvi ninguém dizer: estou em buscar de certa a pessoa certa para alguém.

"..Não! não me compreendeis...Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente.Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!.."

E o que eu queria encontrar, apenas em sonhos encontrei. Apenas nos meus pensamentos ouvi. Apenas imaginando senti. Quando apenas imaginei perder, é que descobri o valor, o verdadeiro sentido.

Ouvi uma colega falando que relação é uma troca entre duas pessoas. Jápensei assim, mas hoje vejo que relações são na verdade uma doação.

Para ela, a relação funciona como um mercado, onde um dá carinho em troca de atenção, ou amor para ganhar compreensão, ou um elogio para ganhar um presente, assim como outros exemplos em vários níveis.

Mas pensemos se ao agirmos assim, não estamos condicionando a outra parte (parentes, namoradas, esposas, filhos...) a somente dar quando recebe, em detrimento a parceria, da espontaneidade e do real valor que temos.

No mundo parece que existe um Banco do Amor (está expressão não é minha, mas gostei). Cada atitude fica registrada, e leva uma pontuação a critério da outra
parte. Mando rosas, x pontos, digo que não tolero outras coisas (-) y pontos.

No final, como diz meu amor, tudo é contabilizado. Um conta corrente, onde o resultado negativo dá fim a história.

E com o passar do tempo, se os créditos vão diminuindo, puxamos extratos para jogá-los na parada mostrando o quanto somos “bons” e os outros "ruins".

Eu mesmo já me peguei destacando todos os bons depósitos que realizei por que queria demonstrar o meu valor. Se precisamos justificar o quanto representamos para alguém, me parece que há algo muito errado não é mesmo??? Até por que cai por terra todas as boas atitudes que haviamos realizado.

A gente faz as coisas por que quer, ninguém nos pede nada. então não temos direito de cobrar.

Quando aprendermos que tudo que fazemos esperando um retorno, perde completamente o valor, teremos menos quebra de expectativas, menos frustração, e aprenderemos a
lidar com as falhas das pessoas e as nossas.

Talvez a chave do amor na mais pura essência.E quem não se ama, não conseguirá propagar o amor.

Não somos unanimidade. Alguns nos gostarão, outros não.Nos dias de hoje, relacionamentos não foram feitos para amadores. Os que insistem sem preparo, não saem
ilesos...

Nos tornamos forças poderosas da natureza, e nossa postura algumas vezes pode ser devastadora para os que conosco convivem.

Retrovisor



Ouvi dizer que não se espera, que amor só vem quando bem quer e pouco importa o desejo de cada um. Mas é que às vezes, vira e mexe, você aparece de novo. Numa música, lembrança, foto, sei lá... qualquer coisa. Nunca esperei muito de você. Nunca sequer pude esperar nada. Foi tudo tão corrido, de um jeito tão bobo, e pronto: eu já queria poder te guardar nos meus braços. Para sempre, por algum momento, por um dia ou duas horas. Eu só queria ter te guardado um pouco. Eu quis te ter. Quis. E quis tanto, tanto, tanto. Mas você não quis que eu te quisesse. Não quis ver meu mundo, conhecer melhor o que se passava por dentro de mim ou tentar entender porque eu ia embora e acabava voltando atrás. Talvez você tenha tirado uma conclusão. Eu não. Nunca entendi muito bem porque tudo era tão rápido, que eu mal podia enxergar; era tão borrado, eu só conseguia ver você e mais nada. Não tinha razão. Sem sentido, só sentimento... eu nunca via a explicação.


Calo. Folha em branco. Cabeça vazia. Só consigo ouvir o meu coração bater. Oco. Um quase silêncio se instala do lado de dentro. Nada. Mas aí começa tudo de novo e lá vai minha cabeça com seus infinitos pensamentos e perguntas sem resposta.


Parece que tudo que existe faz questão de não ter sentido. Inclusive eu, você. Nós. Quis tanto que tivesse dado certo. Que tivesse dado em alguma coisa. Que você tivesse me mostrado seu horizonte, e eu, as cores do meu céu. Que você tivesse conhecido minhas músicas preferidas, e cantaríamos juntos, como se elas se tornassem suas também. Queria que você tivesse invadido ainda mais o meu espaço, sem licença nenhuma mesmo, eu não me importava: eu só queria que você ficasse. Mas você foi embora.

Lá fora, o tempo passa sem você. Retrovisores refletem os caminhos andados, o que ficou para trás. O meu retrovisor não passa nada, continua parado, no mesmo lugar. Eu, retrovisor, você, silêncio. Preciso ir embora.

No começo é assim. Pode durar mais, menos, muito, pouco, demais ou quase nada, mas passa. Aos poucos vou andando. Tento andar sempre, por mais que me doa ter que te deixar passos e mais passos atrás de mim. A gente tem que seguir. Devagar, ando. Meu retrovisor começa a te refletir no canto, lá longe. Dói. Mas vou.

A gente erra muito. Chora, se arrepende, machuca, faz drama, toma decisões erradas. Mas chega o dia em que a gente aprende a fazer uma coisa sensata. E faz, mesmo que seja só uma. É difícil, mas a gente tem que deixar o retrovisor refletir o passado. Já passou... a gente é que tem mania de não deixar passar.


Dói. Mas vou.

Ultimamente tenho usado um terrível tempero: sinceridade... As pessoas não estão acostumadas há ouvir um pouco de verdade

...Ouvi dizer que o amor ainda existe.
Ele se encontra disfarçado em cada gesto, em cada olhar, em cada palavra não dita por medo de se decepcionar.
Ele vive hoje o tempo da fuga, foge-se dele próprio pra não correr o risco de sair ferido, machucado.
O amor quando exposto, entregue, é muito provável que seja rejeitado, taxado como louco. Então pra quê se expor, quando é mais fácil fugir, mentir e se esconder. Que tal se o amor que existe em todos nós perdesse o medo de se mostrar, de se arriscar?!
Quantas dúvidas acabariam, quantas barreiras se quebrariam, quantos amores seriam reatados...
Não tenha medo da vida, não tenha medo de amar, deixe o amor que existe em você criar asas. Jamais endureça seu coração por já ter vivido algumas desilusões, afinal já dizia Carlos Drummond de Andrade "Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?" Então, simplesmente AME e se deixe AMAR!

So com você
O céu eu posso ter
Estou louco pra sentir
Esse mito do qual nunca ouvi
Da terra te vejo brilhar
Minha lua, sem nem poder te tocar
Não sei o porque
So sei que estou louco por você
E do seu lado eu quero estar.

Mesmo que tu não me ouças, irei gritar que te amo, e que sempre te amarei para o resto do mundo ouvir.

Nao me ensine o que eu ja sei, nao me mostre o que eu ja vi, nao me diga o que eu ja ouvi.
Eu quero o inesperavel, o inegualavel, o inexplicavel.
E o mais importante , me tire da minha rotina.

Ele nunca me ouvi chamá-lo,mas sempre veio até mim...

As maiores palavras que eu já ouvi foram feitas por pequenas pessoas

Era mais uma das mentiras que ouvi.
Sabia desde o princípio.
Escondi o rosto pra te ver passar.
Abri a porta e logo percebi.
Temo ter deixado meu mal insano te envenenar.
Que levas-te de mim, meu bem, senao meus desencantos?
Ainda desaforado, ficas-te rindo...e mentindo.
És apenas mais um dos que deixei ir.
E também eu mentiria se te deixasse ficar.

Filho da Seuva
Meu camto de morte,
Guereirros,ouvi
Sou filho da selva,
Na selva creci,
Guerreiros desconhecidos
Da tribo tupi.

Quantas pessoas deixei de conhecer, quantos lugares não visitei, quantas musicas não ouvi, quantas cores não vi, quantas vibrações não senti. Talvez viver realmente seja uma experiencia inacabada de sermos aquilo que nunca conseguiremos ser por completo.

OS SINOS AINDA DOBRAM

Hoje ouvi Raul, o Seixas, e me lembrei que nunca me despedi de você.
Um descuido que minha boa educação não permite.
Perdoe-me...!

Abri o baú de recordações e nesse momento estou enterrando no cemitério do esquecimento suas últimas imagens
ainda vivas.

Não me queira mal
- Ah, ex Amor! -
se no fim desse "adeus" rasgar todas suas fotos, gargalhar de sua fome sonolenta e (re)inventar o sentindo da sede.

Não se assuste se
- por acaso dos acasos
exagerar um pouco no desespero e quebrar o espelho da sua insignificância com o olhar raivoso de minhas mágoas ou blasfemar a luz de sua escuridão no altar das suas sinas.
Sinas as quais você mesmo escolheu para si.

Um segredo confesso:
escrevi seu nome completo em paredes sujas com o vermelho
de minha dor e, criativamente,
na minha mente, transcrevi subjetivamente
em sua carne todas as marcas que suas atitudes levianas tatuaram em minha Alma.

E - depois de tudo -
(Ah, ex Amor!)
não me leve a mal
se minhas palavras
se esconderem no aconchego do silêncio.
Não interprete isso
como desprezo
- mentira, é sim! -
e nem leia meu ódio
com maldade...
Essa é apenas uma forma de proteger meu direito de ser a Mulher que um dia o amou
com dedicação e covardemente,
por seu mau caráter,
foi usada e traída!

Sim,
- ex merda de "amor"! -
os sinos ainda Dobram,
batem,
ressoam,
tocam,
me tocam...
Mas não por você!

Janaína da Cunha

“Ouvi dizer que um dia, a água pode acabar. Como, se a natureza de Deus é perfeita e a chuva sempre chega na hora certa evidenciada pelo verde das matas?”

Ser artista é muito bom, muita gente vai ouví-lo até depois de morto, se não for "artista" nem enquanto vivo.