O Segredo da Amizade
O poder da semeadura é incontestável. Acredito realmente que a vida nos outorga o ciclo da semeadura, mas nem toda a semente tem o poder de germinar.
Livro: Servir, o maior dos desafios
O Natal é o que nos fica das coisas simples:
o cheiro do pão quente na mesa,
o abraço que se dá sem motivo,
a luz serena de uma vela acesa,
que aquece mais do que qualquer ouro.
Não é preciso muito para encher o coração.
O brilho verdadeiro não está nas vitrines,
mas no olhar de quem partilha,
no sorriso que chega sem pressa,
na alegria de estar juntos,
mesmo quando o mundo lá fora parece agitado.
Este é o tempo de voltar ao essencial:
a palavra dita com carinho,
o gesto que ampara,
a gratidão por tudo o que já temos.
Porque o Natal não se mede em excessos,
mas na abundância do que é sincero.
Que os nossos dias sejam como esta época:
simples, luminosos, plenos.
E que a fartura maior esteja onde sempre esteve:
no calor humano que nos faz verdadeiramente ricos.
"A Sombra do Que Somos"
Sentam-se
como quem deseja paz,
mas nas costas
o velho instinto
abre a boca.
Não é o que se diz,
nem o que se cala,
mas o que se traz escondido
que constrói o ruído.
Ser amigo
não é sorrir de frente
com o punhal por trás.
É sabermos que em nós
também há serpentes,
mas que podemos escolher
não lhes dar voz.
A sombra é apenas
o que não soubemos iluminar.
E amar, talvez,
seja aprender a conversar
com o que ainda nos morde por dentro.
Em momentos de conflito com alguém que se ama, você se afasta ou busca resolver?
Não seja radical por causa de um erro, analise o ocorrido por todos os ângulos e veja se sua atitude não refletiu na atitude do outro.
Fazer perguntas exaustivas que deixam seus amigos desconfortáveis e sem resposta, não é estimular seu raciocínio lógico e rápido, é fazê-los cair em descrédito e tristeza.
Você tem sido alguém que impulsiona seus amigos ou que inconscientemente ou não, os abate?
Quando um líder sabe e/ou tem o dom para liderar uma equipe, além de conquistar amizades e o respeitado hierárquico, torna-se um exemplo para todos.
Encontrar alguém que me entenda, alguém que pergunte por que ao invés de simplesmente me julgar, alguém que realmente se importa.
'QUANDO EU PARAR DE SONHAR...'
Quando eu parar de sonhar,
serei um hipócrita simulando poesias.
Praguejando dias irreais.
Sem cordilheiras,
fingirei a presença de verbos...
A caminhada será insensata,
abstrata com sua burca espalhando negrume.
O novo Oriente implorará complacência.
Pretenso,
não mais falará de religião...
Quando eu parar de sonhar,
Não terei os abraços convencionais,
desleais/egoístas.
A casa não terá crianças para avivar os dias fúteis.
O ar exalará despedidas misturada à escassez de utopias...
O coração arrítmico confessará segredos não mais sonhados.
Medos terão descansos promíscuos.
Ao lado a realidade verídica,
tão implícita,
agonizando os dias reais...
'VELHO ANO...'
Mais um Velho Ano que se aproxima. Menos saúde para comemorarmos. Milhares de células morrendo. Nunca entendi, por exemplo, algumas das comemorações. Para quê tal, se um Velho Ano não faz tanto sentido, faz tão mal para um velho bocado de pessoas...
Quem conquistou, quem não conquistou não interessa! Interessa nos reconhecemos. Sermos mais irmãos! Se bem que essas frases de Ano Velho não surtem mais efeito na vida das pessoas. Elas continuam as mesmas. Do modo como vieram ao mundo. Talvez não!
Dia dos Namorados, Natal, Ano Velho e Outros tem cara de Segunda-Feira. As pessoas vêm e vão. Outras com fé, outras com sentimentalismo. É aquele famoso rodízio melancolizando os dias que virão...
Que venha o proximo ano parecido com o que se foi. Talvez a grande diferença seja o fato de termos menos tempo. Sabe Deus o quanto! Apesar dos pesares, quero agradecer por ainda estar preso nele, comemorando a minha forma velha de vê-lo...
''NÃO HÁ...'
Não há fases para predizer o presente.
Sequer liberdade para abraçar o infinito derramado sob a terra em avesso.
Nada cíclico!
Para quê infância,
mistérios,
míseros sonhos exalando pelas mãos...
Inerte cenário!
Não há fotografias antigas para matar a saudade!
Nem pinceladas atuais tratando um novo destino.
Sem fotoperíodos para o crescimento do caule na alma.
Só evidencias regressivas estilhaçando desígnios...
Não há imaginário,
fantasias.
Apenas corridas contra o tempo.
Tudo opaco e vazio,
tal qual o eco de um desconhecido falando de razão.
Suspirando um novo espírito nos órgãos.
Sob a janela amarroada,
amparando vaga-lumes,
ausentes de lumes nas seguidas noites sem canções...
'QUANDO EU CRESCER...'
Abarcarei montanhas e mares de ausências, turbulência e poeira nos olhos tornar-se-ão verdadeiras. Ficará a saudade dos abrolhos nas plantas rasteiras exalando o que realmente seria a vida...
As lágrimas cor de sangue ficarão mais impetuosas e perceptíveis. Não haverá mais lugar para elas caírem ou mãos para agarrarem-nas nas pontas. O sol agora em ruínas tornar-se-á mais avassalador, dissecando dores e as poucas esperanças nas tempestades e dias sombrios...
Quando eu crescer, quero ter olhos de criança. Não o ser sem bonança que fizeram de mim: sem identidade própria e lugar no mundo, trancafiado numa caixa de pandora, respirando desvairados acasos e um amotinado de questões sem respostas ...
Tudo acontece lentamente quando se vai espichando o espírito. A coleta de sorrisos esparramados tornam-se resquícios, sem arco-íris. Quer-se acalanto, um mundo menos profano e de todos, sem metafísica...
Quando eu crescer, quero ser um casebre de palha, sem retratos pendurados nas janelas. Sem sequelas ou falas para reproduzir a harmonia passada. Tudo sem dualidades, sem metáforas que fazem da vida uma repetição desastrosa e colapsada. Eu nunca pedi para crescer! ...
'ANÁLOGO...'
Análogo, repetitivo. Ele caminha observando as mesmas imagens. Plantou sua imortalidade nos filhos. Acreditou naquilo que poucos acreditam: cogitação perpétua...
Análogo, símile. Ele acorda às seis da manhã e dorme após às duas da madrugada tentando encorajar seus congêneres. Poucos sabem, mas ele é reticências...
Análogo, tem dormências diárias. Não contraria o acaso. Mas ver-se disperso fitando início, meio e fim. Quebra espelhos! Mas espelha-se no semblante abatido e cansado na qual todos tornam-se...
Análogo, fitando o absurdo. Ele é mudo nas horas hostis. Observa a sobrevivência das orquestras cantando as mesmas canções há milênios. Melodias antifônicas que fazem parte do mundo, sobrevivendo e enraizando as almas...
'LIBERDADE'
E quando algum dia tudo findar,
não serei religião.
Sem razão ou princípios abstratos.
Não mais serei terra seca,
emoções,
essências ou buscas.
Tampouco punhado de areia [fragmentado],
deixado aos cantos,
felicidade exilada ou resignação...
Não serei saudade nas alcateias que compartilhei.
Tudo sempre será como fora um dia.
Sem matilha,
o mundo será o mesmo.
Agora deitado ao chão,
Não quero donzela reascendendo paixão fúnebre ou amores de outrora.
Quero algo maior!
Não o luxo de uma consciência sem lume...
Liberdade!
As portas do primeiro choro cumprirão suas promessas.
Deverias vir sorrindo,
brancacenta,
sem foice nas mãos.
Mais pessoas precisarão serem libertas.
Sentir a calmaria do teu bafo quando a dormência ficar o coração.
Pode vir sem dó,
aduzindo ventos [galhas] e palmeiras...
'ANIVERSÁRIO'
Não gosto de aniversário! De comemorar um ano a menos. Muito chato! Aqueles bolos recheados, devorados por dentro sob à mesa...
Não me dê presentes! Consideremos. Nada de parabéns por uma data destarte. Aniversário não tem sentido. É muito ambíguo. Certo! Já tenho setenta...
Talvez esteja desgastado pelos ventos, Tanta hipocrisia nos olhos. E dias miraculosos. Soltos à espera de destroços. Óbito nos cantos. Não quero velas, não quero palmas...
Ah saudoso aniversário! Quando ao lado cultivava esperanças. Bonanças nas tempestades. Fervilhando-me a alma e a ponta dos pés...
Não quero ser lembrado. Sou indignado por abraços e míseros aniversários que me faz ser humano a cada passo. Ultrajado. Desgastante...
O amor vai andando de mãos dadas no tempo.
Até que a morte nos separe tênue.
Nascemos com o choro e morremos agonizando.
Precisamos aprender a viver e aprender a morrer pacificamente...
"Infelizmente, por falta de amor e perdão, muitas amizades hoje são como casca de ovo; são descartáveis.
Anderson Silva
"O verdadeiro amigo é aquele que continua ao seu lado sem mudar, mesmo quando você erra, prospera, fica na inópia ou doente."
Anderson Silva
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