O que eu sou
Nessa luta eu sou
Só mais um
Dos destinados a vencer
Nessa luta eu vou
Mas com um laço forte
Um novo norte
Um fim
O que seria da vida sem os laços que nos conectam? Somos todos um, eu sou um pouco de você e você é um pouco de mim, num emaranhado de pessoas e de lugares. Assim, todos nós conectados e vivendo num mesmo local, chamado de planeta terra.
Diante do mar
Oh, mar, enorme mar, coração feroz
de ritmo desigual, coração mau,
eu sou mais tenra que esse pobre pau
que, prisioneiro, apodrece nas tuas vagas.
Oh, mar, dá-me a tua cólera tremenda,
eu passei a vida a perdoar,
porque entendia, mar, eu me fui dando:
"Piedade, piedade para o que mais ofenda".
Vulgaridade, vulgaridade que me acossa.
Ah, compraram-me a cidade e o homem.
Faz-me ter a tua cólera sem nome:
já me cansa esta missão de rosa.
Vês o vulgar? Esse vulgar faz-me pena,
falta-me o ar e onde falta fico.
Quem me dera não compreender, mas não posso:
é a vulgaridade que me envenena.
Empobreci porque entender aflige,
empobreci porque entender sufoca,
abençoada seja a força da rocha!
Eu tenho o coração como a espuma.
Mar, eu sonhava ser como tu és,
além nas tardes em que a minha vida
sob as horas cálidas se abria...
Ah, eu sonhava ser como tu és.
Olha para mim, aqui, pequena, miserável,
com toda a dor que me vence, com o sonho todos;
mar, dá-me, dá-me o inefável empenho
de tornar-me soberba, inacessível.
Dá-me o teu sal, o teu iodo, a tua ferocidade,
Ar do mar!... Oh, tempestade! Oh, enfado!
Pobre de mim, sou um recife
E morro, mar, sucumbo na minha pobreza.
E a minha alma é como o mar, é isso,
ah, a cidade apodrece-a engana-a;
pequena vida que dor provoca,
quem me dera libertar-me do seu peso!
Que voe o meu empenho, que voe a minha esperança...
A minha vida deve ter sido horrível,
deve ter sido uma artéria incontível
e é apenas cicatriz que sempre dói.
Estou bem
Deixe cair lágrimas de manhã
Entregue-se à solidão
Naufrague
Eu sou o primeiro na água
Muito perto do fundo
Já disse, estou bem
Eu sou um povo fraco
Pois bem, já fui em estádios de futebol, fui em folias carnavalescas, onde aglomerado de pessoas agitadas por paixões, emoções condenadas, partindo de corações enganosos, pois os prazeres são saborosos, mas o lar está a ruína, pois este filhinho, também não ouviu o conselho do bom professor, a orientação da vida, o exemplo de cada dia, não estudaste, não buscaste saber, entender, dizer, gritar, ou simplesmente compartilhar um bom pensamento, doar o ombro para que o amigo não caia nos escombros, na verdade uma triste velada realidade, eu sou um povo fraco que agita os sonhos e vivifica o devaneio, o delírio e os vícios, mas por certa ocasião que nasça eu você então, e no relevo de cada poesia, cria se vínculo sem fantasia e adota os livros do entendimento, do brio, da percepção, em que a mente vença o coração e nesse conflito o grito de viver com aptidão, na retidão da esperança e perseverança da reação do fraco em forte e de um povo nação.
Giovane Silva Santos
Inspiração vem à mente,
anoto tudo para não esquecer.
Quando estou inspirada
eu sou uma máquina de escrever.
Eu sei que eu sou de lua, dilúvio, difícil
Me empurra e eu já tô no precipício
Nem vem me dizer que não, quando eu sei que sim
Eu sou o que sou, faço o que eu faço, muda o meu trajeto, sanho do caminho, faço o que for para chegar no destino, mas jamais pizarei em ninguém que minha frente!
Não e preciso abrir uma estrada, apenas traçar uma trilha entre a mata, aproveitando a sombra e a camuflagem para seguir em segurança dos olhos furtivos que te caça
Eu sou movido a gasolina aditivada
Eu sou um louco forasteiro a procura de amor
E só paro pra tocar as cordas da minha guitarra
Mas agora eu sou cowboy,
Eu sou barango, sou brega
Mas sou artista
A mistura de Bom Jovi com Amado Batista
Eu sou uma busca
É diário é frequente
As vezes desnecessário
Sempre constante
Busco sempre
Na mente
Na rua
Na vida
Nos livros em mim
Em ti
Eu sou busca
Isso nunca atrapalhou nunca
Nunca incomodou
A busca sempre foi
Sempre será, é
Eu sou busca
Não é uma opção
É um vício incessante
Eu sou busca
Deixa-me ser
Ser é uma questão de decidir
Eu não sei se busco ser
Até porque ser é muito
Mas a busca eu consigo
Eu sou busca
E não me canso
E madrugada cobrar, sou eu, sou eu
Porque a areia insistir em cair
Escapa entre os dedos, a vida é isso aí
Tem que crer, tem que rir
Um homem na estrada da ilusão
Vai na fé, vai na razão, vai na precisão, vai na luz
O senhor destino conduz
Uns chamam de missão; outros, de cruz
