O Profeta - Gibran - Matrimonio
Cada resposta leva ao dobro de questões,como uma passagem que se abre para infinitos caminhos, prontos para lhes deixarem perdidos, prontos para lhes deixarem loucos...
NASCE, CRESCE, FILHO DA RUA
Desde o ventre da minha mãe que conheço as ruas. Minha mãe é zungueira de profissão, já desde o ventre que tenho acompanhando-lha nas suas zungas. Presenciou as caminhadas que ela faz para nos sustentar, as muitas corridas que faz e sofre dos fiscais e os senhores policiais para não perder o negócio que nos é rentável. Outras vezes ela não escapa e é nos cassumbulado o negócio, fonte do nosso sustento. Muitas vezes chicoteada por reivindicar que até sinto a dor da chicotada.
Fui gerado na rua porque até aos nove meses a minha mãe zungava a necessidade é enorme, para completar o enxovalhe e a panela em casa não entrar em greve. Esqueceu-se do dia, mês, hora que vinha ao mundo, acabei por ser gerado na rua e assim me familiarizei com a rua.
Três, quatro mês depois comecei a gatinhar minha mãe decidiu que já era o momento oportuno de acompanhar-lha na zunga, não há dinheiro para mim, ir a creche e ela não pode ficar parada ou seja ficar em casa. Apesar de requerer ainda muitos cuidados materno, porque se não morremos de fome.
Passo toda a minha infância na rua ao lado da minha mãe, sem crianças a minha volta porque as deixei todas no bairro em que vivemos e assim vou crescendo.
Sou da rua, alimentam-me, tomo banho, vestido na rua ao céu aberto ou seja ar livre.
Deste modo vou familiarizando com a rua, conhecendo-as do musseque à cidade. Quando completo os meus 5, 6 anos. Já sei fazer o mesmo trajecto me é familiar. Conheço-o tão bem que perco o medo de andar sozinho, criança que só. Esquecendo que as ruas são tão violentas e perigosas, criança e inocente. Mas como posso ter medo se presenciei as mesmas muito antes de andar nelas, sozinho.
Com os meus 10, 12 anos as ruas adoptam-me e passo a vida a lavar carros. Os grandes jipes, carros que só via nos filmes. Hoje tenho o prazer de os lavar e ver o seu interior fico fascinado com o que vejo, lavo para ganhar algum trocado.
Se puder depois vou para à escola aprender alguma coisa, de momento aprendo mesmo aqui, na rua mal ou bem. Essa é a vida que levo, prioridade para mim, agora é mesmo kumbo. Porque tenho que ajudar a velha com as despesas no cúbico.
Tenho os meus irmãos, mas novinhos que precisam encontrar outro cenário, talvez estudem para saberem alguma coisa para contornarem o caminho que segui. Terem um futuro, destino diferente do meu. Porque se tivesse escolha talvez não é esse o destino que queria para mim.
Deus chama a cada um para viver em sua verdade de natureza e essência, a verdade da qual Santo Agostinho mais procurava entender que no nosso interior tem Deus.
A verdade desse mistério é revelada pela nossa consciência que nos acusa diante do erro.
Deus em seu divino e eterno amor nos criou a Tua imagem e semelhança para amar, e só amando poderemos viver essa verdade.
Não deixe que a insignificância das coisas pequenas do dia a dia, diminuam a grandeza das coisas que realmente possuam significado na vida.
Escravo ja foi alguém obrigado a obedecer. Hoje, escravo é aquele que não consegue agir por si mesmo.
O ser humano tem a capacidade de raciocinar, o animal age por impulso. Porém tem muito humano que parece animal.
Momentos de loucura ou momentos de lúcides. Opitar por ser feliz ou ser triste. Escolhas obvias, mas que necessitam de tempo e estudo, armadilhas não possuem placas que as denuncie. O louco diz "Oi" e e o são "tudo bem?". Qual a diferença? O louco prefere acreditar que todos estão bem agindo para a conservação do mesmo, O são mesmo após saber que a resposta é "não" não liga e nem se importa.
Nenhuma circusntância justifica destruir o legado natural da terra. Agora que o ser humano deixou sua marca implacável, a “sexta” extinção em massa teve início, se nada for feito para manter o equlíbrio natural, entraremos em uma era que tanto os poetas como os cientistas podem chamar de “era da solidão” e teremos feito tudo isso sozinhos e conscientes do que estava acontecendo. A vontade de deus não é desculpa!