O Poema eu sei que Vou te Amar Inteiro
10 coisas que odeio em você
Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirige o meu carro
E odeio o seu desleixo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar
Adoro quando você dança de olhos fechados.
Adoro a forma como você fica quando eu te deixo arrepiada.
Adoro quando você diz coisas fofas.
Adoro suas camisetas da Amelie Poulain.
Adoro suas sobrancelhas grossas e esse olharzinho doce.
Adoro a forma como você me deixa arrepiada.
Adoro dançar Pavement com você como se estivesse num bailinho de escola.
Adoro o fato de Teenage Fanclub e Belle & Sebastian serem suas bandas favoritas.
Adoro saber que ainda tem muita coisa sobre você que eu vou descobrir e adorar.
Nunca deixe alguém te fazer sentir como se não merecesse o que quer.
Desculpe...
Queria poder te amar,
Mas não sei brincar de amor,
Vou te avisar
Que não adianta na minha frente desfilar,
Não sei nem vou aprender
A amar...
Para os que Virão
Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.
Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.
Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.
Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando.
O BOM DE AMAR VOCÊ
O bom de amar você é que fico feliz o dia inteiro. Não tenho medo, não preciso ter medo, pois sei que o seu amor também é meu e que juntos nos faremos mutuamente felizes.
O bom de amar você é que tenho paz. Você me dá segurança, diz a mim o que sente, eu não preciso ficar insegura, eu não preciso de pistas para tentar adivinhar o que se passa na sua cabeça ou em seu coração, pois você é transparente para mim.
O bom de amar você é ser amada sinceramente e intensamente. É ser olhada com carinho, é ser respeitada, é ser admirada. É saber que você faz questão de estar comigo, que o seu olhar é meu, que a sua vida é minha, que o seu amor é todo para mim.
O bom de amar você é porque você é você e isso por si só já basta...
Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.
Algumas pessoas têm o grande desejo de
governar o mundo inteiro e aspiram a ter êxito nisso.
Mas eu não vejo nenhuma possibilidade para isso! 17
Pois o mundo é um recipiente de maravilhoso e
invencível Tao! E é impossível governar a Ele!
O que, apesar de tudo, aspira a isto certamente
fracassará!
É tempo de amar
Eu quero falar da emoção que cerca a nossa vida.
E perguntar para o seu coração se ele ainda dispara,
ao ouvir a voz de alguém e se ele reconhece a paixão.
Quando uma voz vira melodia,
quando a noite parece dia,
quando o amor envolve e encanta,
e todo mal logo espanta,
deixa no ar perfume de flores.
O amor seca feridas, alivia as dores.
Mas, se o coração está amargurado,
se a decepção tomou conta e formou esse quadro.
O amor quase não tem chance de se mostrar.
Você fecha a visão da emoção,
entristecido pelo tempo, seca a paixão.
O medo de amar é couraça, uma ilusão.
Pois quando o amor insiste,
ele não desiste,
e nos mostra que na vida,
é possível amar muitas e muitas vezes,
outras pessoas tão diferentes quanto o nosso humor.
Assim é o amor.
Desejo que o desejo de amar permaneça em você!
Que não desista de fazer essa energia vibrar na sua alma.
Busque o amor com dedicação, com calma.
Sem pressa e sem medo de ser feliz.
Se alguém te machucou, levante a cabeça.
Olhe para a frente, para o novo tempo.
O coração precisa enxergar no dia,
os olhos dessa pessoa que quer te encontrar,
e juntos, além do tempo e da distância,
não perder mais nada e simplesmente,
amar.
Eu do Sol
Hoje a janela me ofereceu uma paisagem
Ofereceu-me o pôr do sol
muitos, eu sei, em meu lugar seriam capazes de poetar
de escrever em tintas coloridas ou belas palavras
O cenário que se apresentava ante minha janela
Eu, eu porém estava neutro
eu havia visto aquilo antes
muitos exaltaram o lilás-avermelhado do céu
teceriam espíritos iluminados das nuvens
ressuscitando formas
Ontem, eu teceria também, mas hoje estou neutro
sem forças, somente existindo
ontem, eu disse, que lindo azul eu sou
que lilás-avermelhado eu posso ver
eu posso, eu posso ver
pois a natureza é incolor
Natureza morta
somente átomos em profusão dominam
o que percebemos erradamente como formas numa gestalt
que no fundo não há nada de belo
é só você, você, você
os poetas descritivos estão redondamente enganados
ao invés de exaltar a beleza da natureza falsa
deveriam dedicar odes a si próprios
exaltando nosso eu
que sem dúvida é maravilhoso e incrível
pois é com esse mecanismo complexo que nos leva
a perceber tais fotografias
O pôr do sol
Eu me ponho às 6 horas na Bahia e às 7 no Rio
Eu sou o céu com andorinhas
Eu sou o mar com seus peixes
Eu sou o mundo inteiro
assim piso no lugar que cheguei
aqui está minha ode que faria ontem
Eu sou o sol
que belo lilás estou, que faço aqui, porque me ponho
criatura cheia de porquês e vivo e gracioso cérebro
que linda massa acinzentada, oh
máquina poderosa, força de energias mil
faze-me crer que estou vivo
que existo nesse Brasil
Ô mago do cosmos, poderoso mais que Alexandre
poderoso mais que eu possa conceber ou imaginar
entre tu e as tripas aparentemente parecidas
diferes em criação desde tempos já idos
Oh, massa molecular
eu sou o azul lilás que essa janela me trás
Tenho amigos que são do meio político. E eu sei que não são santos.
Tenho amigos advogados que também não são santos.
Amigos médicos que também não são santos.
Amigos pastores que também não são santos...
E eu, no meio de tanta gente que não é santa me pergunto:
- O problema está com eles ou está comigo?
Bom... ao menos eu não saio por aí dizendo que sou santo!
Eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
eu preciso dizer que eu te amo
te ganhar ou perder sem engano
e eu preciso dizer que eu te amo tanto
e até o tempo passa arrastado
só pra eu ficar do teu lado...
eu já nem sei se eu tô misturando
eu perco o sono...
lembrando cada riso teu...
eu preciso dizer que
eu te amo, Tanto!
Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba
Quarenta Anos
A vida é para mim, está se vendo,
Uma felicidade sem repouso;
Eu nem sei mais se gozo, pois que o gozo
Só pode ser medido em se sofrendo.
Bem sei que tudo é engano, mas sabendo
Disso, persisto em me enganar... Eu ouso
Dizer que a vida foi o bem precioso
Que eu adorei. Foi meu pecado... Horrendo
Seria, agora que a velhice avança,
Que me sinto completo e além da sorte,
Me agarrar a esta vida fementida.
Vou fazer do meu fim minha esperança,
Oh sono, vem!... Que eu quero amar a morte
Com o mesmo engano com que amei a vida.
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Eu sei que as ruas vão continuar com seus lixos, seus cinzas e suas possibilidades de destino. Eu sei que a poeira vai continuar dançando em volta do meu lustre enquanto eu tento me concentrar em duas ou três frases de um livro qualquer.
Eu sei que eu posso muitas coisas sem você, e eu sei que, se eu tomar um banho quente e comprar uma roupa nova, talvez eu possa querer uma coisa que seja, só uma, sem você.
Nada muda no mundo quando você não caminha ao meu lado, as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar.
(...) Ninguém deixa de espreguiçar só porque você não está aqui, ninguém deixa de molhar a torrada no café e de falar com voz idiota enquanto boceja.
E eu odeio o mundo por isso, eu acho o mundo muito medíocre, eu tenho pena de todas essas pessoas que não sabem o que é encaixar o rosto no vão das suas costas e querer ser embalsamado ali por mil anos.
Amor de verdade não acaba, é o que dizem, mas eu tenho medo.
(...) Eu tenho medo da força absurda que eu sinto sem você, de como eu tenho muito mais certeza de mim sem você, de como eu posso ser até mais feliz sem você.
Pra não pensar na falta, eu me encho de coisas por aí. Me encho de amigos, bares, charmes, possibilidades, livros, músicas, descobertas solitárias e momentos introspectivos andando ao Sol.
E todo esse resto de coisas deixa aos poucos de ser resto, e passa a ser minha vida, e passa a enterrar você de grão em grão, sujando seus dentes e olhos e nada eu posso com a pá que está na minha mão.
Eu sei, eu sei, a paixão é ridícula.
Sei que não cumpro o que prometo com olhares de mulher.
Pois é, eu sou uma menina. Surpreso?
Eu não.
Você está surpreso mesmo?
Achou que era uma mulher te instigando para fugir da lógica?
Isso é coisa de criança.Lógica?
Que se foda a lógica.
Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que eu devo defender
E por valor eu tenho e temo
O que agora se desfaz
Esses são dias desleais.
Reconheço o meu penar,
Quando tudo é traição
O que venho encontrar é
A virtude em outras mãos
Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Quase acreditei, quase acreditei
E por honra, se existir verdade
Existem os outros tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro,
Caso você esteja mentindo
E a verdade que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo o que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer a alma entende
Esta é a terra de ninguém
Sei que devo resistir
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda um coração
Não aprendi a me render
Que cai o inimigo então
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar.
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