O novo
Voo.
Sinto-me no céu, literalmente no céu.
Como se inventasse um jeito novo de ver, de sentir o mundo.
Gosto de pensar na minha vida com um novo cenário, com personagens interessados- contracenando comigo.
Eu não quero ser o protagonista deste novo enredo, prefiro o choque, e sua realidade.
A verdade é que, sinto-me um figurante. Nesta, que deveria ser a minha história.
Disseram-me, que lá atrás, fiz as minhas escolhas. Escrevi meu próprio roteiro.
Mas com o tempo, fui sofrendo alterações. Tenho um pouco de medo quando penso- em atribuir também a mim, essas autorias.
Sinceramente, pouco importa de quem são os créditos. Não importa se fui ficção, se idealizei, se sonhei.
Não importa se esperei demais, se desesperei, ou se cheguei a alguma conclusão- mesmo que confusa.
Como já havia dito no post anterior, cheguei por aqui menino, louco por aventura. Encontrei drama, e dosei- fazendo-me comédia.
Se eu pudesse dar nome a minha realidade, eu diria que já estou pra lá da metade.
Sei que o gostoso- é fazer desta história, um avesso de mim, de tudo que um dia eu quis.
Gosto de sentar-me num canto de mim, só para rever o que já foi feito, chamo minhas lembranças e me finalizo.
É quando a plateia esta só, quando os aplausos são poucos, sorrindo ou chorando, que descubro o tamanho do palco.
Eu estarei todo arrumado, inventando novos cómodos, novos roteiros. Serei todos os dias uma estreia, nesta “ficção de mim”.
Baseado em fatos reais ou imaginários, sem titulo. Mas com muito significado.
A Minha Vida.
Digo que não quero mais nada, que não tô mais tão afim de você. Mas é só você se aproximar de novo que vem tudo à tona… Parece que você trás toda bagagem de volta, com tudo dentro, como se houvesse algo ainda. Mas no fundo, bem lá no fundo, eu sei que é só mais uma vez e depois nunca mais. Prefiro que fique como está, ou não. Sei lá. Vivia dizendo: “Preciso só mais de um encontro” E quando esse encontro ocorria eu voltava com o mesmo pensamento, porque era impossível ter certeza do que há entre nós.
Amanhã
Amanhã, tudo de novo
Nada de novo
Nada de nada
Pessoas fingindo, pessoas acreditando
Pessoas, pessoas, pessoas...
E o dia acaba.
Te amei tanto.
Eu sei que , vacilei isso eu sei.
Como eu posso , ter você de novo ?
Preciso tanto de você , eu quero você pra todo sempre.
Até eu morrer , sei que errei.
Mais o nosso amor é lindo pra terminar assim.
Eu preciso de amor, bem pouquinho, bem devagarinho, bem calmo. Tudo bem pouco pra não sofrer de novo com esse tal de amor que insiste em chegar muito, bem forte, e ligeiramente toma conta de tudo...
Eu ainda me pergunto se céu e inferno existem de fato, ou se não passam de um novo conto imposto pela velha amiga, a carochinha.
Vamos sair para brincar
Aprendendo a andar de bicicleta
Caindo, levantando e tentando de novo
Enquanto somos crianças
Vamos sair para namorar
Esquecer de tudo
Curtindo a vida
Enquanto somos jovens
Vamos sair para trabalhar
Mostrando nosso melhor
Enquanto somos adultos
Vamos sair com nossos filhos
Aproveitando enquanto eles são crianças
Tentando fazer o tempo parar...
Hoje eu entendo, que nem sempre um sorriso significa felicidade. Que a cada dia um novo sentimento faz você priorizar oque é real ou o que você precisa interpretar. Afinal a unica certeza é de que estamos na mesma viagem, alguns esperam do comandante o rumo, outros creem no seu barco.
"Noite fresca, sinto chegando leve pelo ar algo de novo algo melhor.
A vida acompanha o clima, e hoje ela é mansa aconchegante e sonolenta.
A paz que tras o sentimento de que enfim as coisas voltam a se acertar.
Os crueis pagam por seus erros os humanos perdoão os defeitos e os bravos ainda caminham, mesmo que exaustos e um tanto mais envelhecidos, o semblante não nega são Heróis.
E então os caminhos se divergem entre Céu Inferno e seus patamares entremeados.
Hoje a vida respira amor.
Amor a vida.
Hoje eu brindo ao imutavel e imortal.
Hoje eu abraço o corpo em que habita o ser eterno.
Sou grata pelo vento frio que entra pela janela.
Pelo sono manso do meu cachorro e meus gatos espalhados pela minha cama e vou durmir ansiosa com a promessa do amanham."
Eu e meu primeiro amor trocava mensagens no celular, objeto meio que novo ainda naquele tempo, e era tão puro e tão inocente, as vezes frases, outra vez um "como vai o seu dia? To com saudades” muitas pessoas chegou falar que era o amor mais estranho, como eu poderia gostar de uma pessoa que eu nem convivia e não tinha conhecimento de que ele era realmente, mais enquanto eles caçoavam, ria, não sabia que levariam procurando uma coisa assim a vida toda.. “o amor escolhe os fracos pra mostrar aos fortes que um gesto pode simplesmente derruba-los"
Naturalidade
Digo agora, de novo, todas as palavras já repetidas.
Não sou nenhum gênio de fazer o novo se apresentar tão distante do que já tinha em minhas mãos.
Continuo relevando conflitos pra me sentir confortável e tratando com praticidade as questões que me trazem idade, solidão e alguma lágrima.
Mas voltando a falar do novo, receio incluir desta vez a palavra lamento.
Lamento sem significar tristeza ou propriamente me sentir lamurioso. Não.
Aposto mais na obviedade do sentimento; significando algum desgaste, usurpando alguma atenção, obscurecendo, causando certa náusea, mas simplesmente sendo sentida por estar no transito do caminho agora.
Mas lamento sim; as mudanças que freiam, cansaço que subtrai.
Coisas que ando sentindo a essa altura da vida que comparo a estar sendo acordado no meio de um sonho bom com aquela voz que de longe vai te chamando a um despertamento.
Natural; o barulho faz acordar.
Naturalidade, inclusive, talvez seja a palavra mais verdadeira que eu conheça, mais até que “verdade”, que pode ser negada e daí tudo muda de uma hora pra outra.
Não se está impune a efeitos de mudanças. Principalmente sendo tudo verdade.
Me sinto adequado a qualquer dos adjetivos entre confortável e seguro, quando experimento naturalidade.
Piso firme e posso correr. Se escorregar, sei onde vou cair. E vão se dando meus movimentos e direções.
Por mais que se ensaie, o que se tem de fazer, no fim, é relaxar e deixar acontecer.
Enfim, longe de mim me atrever a dar conselhos sobre a natureza das pessoas ou escrever um livro de auto-ajuda, mas, como são comprimidos gases dentro de uma garrafa pet; todos os meus lados são empurrados tendendo a me esvaziar.
Assim falo demais e me atrevo.
Pareço estar tratando disso tudo como se tivesse 15 ou 17 anos; mas pouco importa, de fato as razões para pensar melhor onde estou hoje não podem ser ignoradas nem tratadas levianamente seja cedo ou tarde.
Confesso que por mais reveladoras sejam as situações; sentindo o peso, travas de segurança e etc.; digo sem cautela que percebo tudo seguindo normal.
Não passa de um lado novo que se experimenta.
Um calo que se formou.
Uma palavra que nasceu de uma tradução global.
Coisas que vão se tornando conhecidas, regidas de novas impressões.
Loucura em garrafas pet fazendo pressão e deixando todos em alerta de escape.
E me parece ser bom reunir tudo numa coleção de traços de maturidade e naturalmente, sentir o meu riso e todas as outras reações fisiológicas dentro da adaptação nova.
Ouvir que, “Nada se perde, tudo se transforma”, ou “o homem é um ser social inacabado”, ou ainda, que somos indivíduos em constante transformação; ler sobre evolução dos seres, ou sobre evolução espiritual; seja como for, reconheço o valor de precisar ainda mais entender sobre o que sinto; afinal, mesmo o óbvio precisa ser entendido.
Por fim sei que não tem nenhuma novidade no que disse; mas naturalmente sinto que acordei e dei de cara com isso pela primeira vez em toda a minha vida, como frutos no período da safra, na qual os que não chegam a ser colhidos caem de apodrecidos.
Naturalidade empurrando sem pedir licença.
E eu não lamento nada disso.
