O meu Erro e Tentar te Agradar

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Não me mostre o que esperam de mim porque vou seguir meu coração, não me façam ser o que não sou.

Desconhecido

Nota: O pensamento costuma ser atribuído a Clarice Lispector, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

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Só não fujo pra Nárnia porque a bagunça do meu guarda-roupa tampa a entrada.

O verão está instalado no meu coração.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Conversa descontraída: 1972.

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Passo cada segundo do meu dia me jurando ser indiferente com você. Você fala comigo, eu cumpro a promessa. Você não entende, pergunta se eu tô chateada e o que aconteceu. Não foi nada. Só tô cansada de você, de nós, de tudo isso. Tô de partida, malas feitas, mesmo você não acreditando. Pra não me cansar mais ainda, paro no ‘Não foi nada’. E você sai, irritado e com um “tchau” que eu odeio mais que tudo. Mas já não importa, tchau pra você também. Afinal, nada pode ser mais difícil do que ficar na situação que eu tô a tanto tempo. Ser indiferente vai ser fácil. Dor é normal, se não for forte, eu já nem sinto mais. Sempre te tratei melhor que todos os outros, e o que você faz que te torna melhor que eles? Seguindo essa lógica, teria o direito de te tratar até mal. Mas não sou assim, uma pena. Acontece que agora eu não dou mais o meu melhor pra quem me dá pouco. Não corro atrás de quem não dá um passo por mim. Não faço festa quando alguém que sabe que eu tô louca de saudades e não move um dedo pra me ver, vem numa droga de chat e fala “E aí”. Te acostumei muito mal, mas agora vou desacostumar. Porque meu medo de ter perder, virou meu objetivo, então nada me prende. E se ir te matando aos poucos levar um pedaço de mim, que leve. Porque a dor de você na minha vida me afeta inteira e eu não aguento mais.

Meu pai, com seu jeito finito de ser Deus, revelava-me Deus, com seu jeito infinito de ser homem.

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje. Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar... Não me dou pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Preciso e gosto de intensidade, e se não for assim, prefiro que não seja!

Thaísa Lima

Nota: Trecho adaptado do livro "Encontros e Desencontros de uma Adolescente".

Foi um Momento

Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não ?

Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido.
Mas tão de leve!...

Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há muita coisa Incompreendida...

Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço?

Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.

Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.

Como aceitara ir
no meu destino de mar,
preferi essa estrada,
para lá chegar,
que dizem da ribeira
e à costa vai dar,
que deste mar de cinza
vai a um mar de mar;
preferi essa estrada
de muito dobrar,
estrada bem segura
que não tem errar
pois é a que toda a gente
costuma tomar
(na gente que regressa
sente-se cheiro de mar).

Mensagem do Meu Anjo - Cicatrizante do tempo

O tempo é o maior reparador de erros,
cicatrizante de feridas sejam elas novas ou antigas.
O tempo vai levando dores e aliviando o peso das mágoas.
Segue seu curso com a normalidade dos dias,
que para os aflitos parece não ter fim,
e para os apaixonados, ele voa, acaba muito rápido.
Se você está vivendo um momento de dor,
seja pelo luto sofrido, ou pelo romance rompido.
Pelo emprego perdido,
pelo amigo fingido,
seja pelo que for, não tome decisões repentinas.
Nem culpe o tempo pelo seu infortúnio.
Ele apenas segue a sua jornada,
sem escolher em qual morada,
irá se fixar, demorar ou voar...
Antes, deixe os dias passarem.
Espere as lágrimas secarem.
Não diga nunca mais, nem jamais.
Nunca mais é muito tempo,
jamais é fruto do seu ressentimento.
Para tudo, o tempo é sábio conselheiro,
você dorme no mar agitado e acorda sonhando em um veleiro.
O tempo não manda sinais, não faz barulho pela manhã,
e nem se esconde na noite escura.
Simplesmente reveste a vida com fina armadura,
despindo a verdade, que aparece assim,
finalmente, nua e crua.

Eu e minhas lembranças

Talvez um dia eu te fale de mim…
Te direi coisas lindas do meu passado.
Chorarei frustrações da minha adolescência.
E te envolverei com histórias tristes,
Outras hilariantes e faceiras…
Talvez um dia eu te conte,
o tanto que a vida me foi cruel,
E das tantas vezes em que pensei desistir,
E daí, do nada, talvez eu comece a sorrir,
lembrando outras tantas vezes,
em que me senti absurdamente feliz…
Talvez um dia eu te fale de mim…
E quem sabe você se sinta feliz.
Por não ter me conhecido antes,
ou se entristeça por não me conhecer a fundo.
Dai te contarei sobre o que de mais belo já vivi, o amor…
E todas as minhas histórias se tornarão apenas mais uma.

Talvez um dia eu te fale de mim…

Talvez um dia você se lembre de mim…

E assim, estarei presente no seu passado,
Me recordarei do seu carinho de amigo,
Me envolverei na saudade do teu alento,
E partirei, como a brisa, como o próprio tempo,
que cobra o seu preço sem fingimentos.
E sei que permanecerei,
no mais profundo dos seus pensamentos..

Assim sou eu.

Os Barcos

Você diz que tudo terminou
Você não quer mais o meu querer
Estamos medindo forças desiguais:
Qualquer um pode ver
Só terminou para você.

São só palavras: teço, ensaio e cena
A cada ato enceno a diferença
Do que é amor ficou o seu retrato
A peça que interpreto
Um improviso insensato
Essa saudade eu sei de cor
Sei o caminho dos barcos

E há muito estou alheio e quem me entende
Recebe o resto exato e tão pequeno:
É dor se há, tentava, já não tento.

E ao transformar em dor o que é vaidade
E ao ter amor se este é só orgulho
Eu faço da mentira, liberdade
E de qualquer quintal faço cidade
E insisto que é virtude o que é entulho:
Baldio é meu terreno e meu alarde.

Eu vejo você se apaixonando outra vez
Eu fico com a saudade
E você com outro alguém

E você diz que tudo terminou
Mas qualquer um pode ver,
Só terminou para você.

Adeus, eu te amo, foi meu último pensamento...

Gosto da forma como você acelera meu coração, e de quando você o acalma também.

Um dia você vai sentir falta do meu sorriso, do meu olhar, do meu jeito de te beijar. Um dia você vai sentir falta de pegar na minha mão, de implicar comigo e de chamar meu nome. Um dia você vai ouvir uma música e vai lembrar de algum lugar, de algum momento em que estava ao meu lado. Um dia você vai pensar “como seria bom se ela estivesse aqui”… Um dia você vai procurar meu número na sua agenda, mas não vai me ligar. O seu orgulho vai falar mais alto! Então você vai lembrar das vezes em que você me fez chorar, das vezes em que você não me ouviu e de todas as mentiras que você me contou. Você vai sentir uma dor estranha. Essa dor se chama remorso. Aos poucos você vai se colocar no meu lugar, mas não vai sentir nem a metade da dor que eu senti. Talvez você passe uma noite acordado pensando no que poderíamos ter sido. Mas vai ser apenas uma e não várias, como eu passei. Você não vai chorar, você é orgulhoso demais para fazer isso. Mas você vai lembrar que também já passou por algo assim, já gostou de alguém tanto!

Meu amor, disciplina é liberdade.

Não ter forças para lutar era o meu único perdão.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Abandone a tua infância, meu amigo, e acorde!

És pagina virada; Descartada do meu folhetim.

O amor me fere é debaixo do braço, de um vão entre as costelas, atinge o meu coração é por esta via inclinada

Adélia Prado

Nota: Trecho de poema presente no livro "Bagagem", de Adélia Prado. Link

Que século, meu Deus! - exclamaram os ratos e começaram a roer o edifício.