O Homem que Nao se Contenta com pouco

Os bons autores não têm espírito além do necessário, não o buscam jamais, pensam com bom senso e exprimem-se com clareza.

Não há calamidade maior do que o descontentamento.

Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.

Na vida, não nos apresentamos a ninguém que possa confundir-nos e odiamos quem nos confunde.

Não quero que Deus me dê nem um dia de vida a mais de que eu não possa me orgulhar.

Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.

Corremos sem preocupação para um precipício, após termos posto uma venda para o não poder ver.

Não penses que a sabedoria é feita do que se acumulou. Porque ela é feita apenas do que resta depois do que se deitou fora.

As coisas, por si sós, não são interessantes, mas tornam-se interessantes apenas se nos interessamos por elas.

O artista deve gostar da vida e mostrar-nos que ela é bonita. Se não fosse ele, duvidaríamos disso.

Não há nada que se possa fazer com pressa e prudência em simultâneo.

Quem não tem um objetivo quase nunca sente prazer nas suas ações.

O acaso é o grande mestre de todas as coisas. A necessidade só vem depois, não tem a mesma pureza.

Diz-se que o egoísmo não sabe amar, mas também não sabe deixar-se amar.

O indivíduo é social não como resultado de circunstâncias externas, mas em virtude de uma necessidade interna.

Ó quanto é bela, mas não tem cérebro!

Não há ninguém sem defeitos: o melhor é o que menos tem.

Não se pode apertar mãos com os punhos fechados.

Na verdade, a imaginação não passa de um modo da memória, emancipado da ordem do tempo e do espaço.

Há injúrias que temos de ignorar para não comprometermos a nossa honra.