O Homem que Nao se Contenta com pouco
Hoje, ao ver as estrelas, lembrei-me de você...
Não somente porque você tem um brilho radiante, mas sim por estar tão longe de mim.
Tudo bem em comer peixe
Pois eles não têm sentimentos
Mas o atemporal em você está ciente da atemporalidade da vida, e sabe que o ontem não é mas do que a memória de hoje, e o amanhã, o sonho de hoje. E aquilo que canta e contempla em você vive no limites daquele primeiro momento que espalhou as estrelas pelo espaço.
Não esqueço de quem me estende a mão. Minha memória não é curta. Apesar de eu esquecer nomes, jamais deixo passar batido o que fazem por mim. Porque aprendi que ajudar o outro é bonito. Mas ser grato é mais bonito ainda.
Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, eu ainda estaria na prisão.
Solteira por opção? Claro que não! Solteira por falta de opção mesmo. Opção que preste! Não quero qualquer um, porque não sou mais uma. Minha fila não voa, porque minha catraca é seletiva.
Não quero que o tempo volte, nem que as lembranças magníficas já vividas se repitam. Só quero novas histórias, maiores e ainda melhores!
Quando digo "Eu entendo", não significa que eu concorde. Não significa que eu compreendo. Não significa nem que estou ouvindo!
Acontece com todo mundo. Um dia você descobre que não vale a pena revidar ofensas, que elogiar não é se mostrar inferior e que ser humilde faz um bem danado a alma.
E um dia você também aprende a enorme diferença entre amigos e colegas, e você percebe que há colegas que se fazem de amigos. Um dia você compreende que, não importa o que você faça, as pessoas sempre vão criticá-lo. Então, você passa a ignorar as críticas.
E você passa a ser o que é, sem ligar pros sorrisinhos irônicos, olhares reprovadores, ou indiretas medíocres. Tudo se torna pequeno demais para lhe abalar.
E você descobre, no fim das contas, que o fato de você amar demais a si mesmo é o que incomoda os outros.
Não suspirem mais, mulheres, não suspirem mais,
Os homens sempre foram enganadores,
Um pé no mar, e outro, na margem,
Nunca constantes em coisa alguma.
