O Homem Errado Luis Fermando Verissimo
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Minhas convicções são guardiãs da minha fé.
Erro por erro dou prioridade para corrigir os meus, pois é minha obrigação saber cuidar deles.
Minhas convicções são fortalecidas ao passo que são testadas.
Só o tempo pulsante
Fará a transparência do âmbar
Esquecendo a turva resina
Os versos são palavras escritas
Com as tintas dos ventos
Sobre os instantes da pele
Apenas pelas rotas da poesia
Poderemos perceber
Que a alma é transformável em matéria
A primavera floresceu os ramos
Para que as raparigas possam mostrar
A cor das suas pétalas
O dinheiro é uma hóstia metálica
Que se usa para pagar
Aos vendilhões do templo
Existe beleza na tristeza, não pela dor, que é óbvio que machuca, mas pela profunda e íntima reflexão que ela nos provoca na alma.
A idade faz nublar a vista
Mas ensina a definir
Para além dos olhos
Arte é tudo aquilo
Que é capaz de criar asas
Concretizando o sonho de voar
À espreita do dia seguinte
Seremos ludibriados pela areia
Correndo na ampulheta da luz
A distância entre os instantes
Vai encurtando nas espirais do tempo
Até à redução a um ponto
Suave música ao fundo
Só a quietude destoa
Baixas vozes melódicas
Aguçam estranhas manias
De empurrar o mundo.
Vento cantando
Sopra feito solidão
Voz única e violão
O mundo se move
Nesta canção.
Canto teus encantos
Repetindo o intérprete
Canto-te em mim
Na minha voz falsete.
Foi-se a meia noite,
A vida, a esta hora,
É o próprio silêncio
Que a gente cala.
A poesia não é o final do atalho
É o próprio caminho
E o seu odor silvestre
Cada manhã é um manancial de oportunidades
Repetidas ao acaso na luz
E que terás que agarrar antes do ocaso
Quando a intenção deixa de ser social para ser mediática, vai-se a seriedade e vive-se a aparência!
Aquele que é passivamente subornado por aceitar inerte o corrupto ativo, torna-se escravo da falta de personalidade.
O poeta é um mágico
Capaz de transformar palavras
Em candeias de luz na noite
Porque é mais leve
Que as folhas das árvores
O corpo do poeta é levado no vento