O Homem Errado Luis Fermando Verissimo

O saber é como as bonecas russas
Por fora de uma haverá sempre outra
De maior dimensão

Que vida!
A algazarra cessou.
Apenas uma lâmpada, ao fundo,
De resto e de alma tudo sombreou.

Um menino sonhando corria sozinho
Perdido, desconecto do caminho.

De dia viu voarem passarinhos,
Mas pernoitou sem sequer ter um ninho.

Sem travesseiro,
Querendo a noite passar ligeiro
Como se fosse dela apenas um passageiro.

Sonhos reais
Horrores,
Temores...
Tremores.

Um timbre de galo .... Distante,
O dia entrante
Angústia alarmante.

Desejou plantar a poesia
Na ilusão de colher o café da manhã,
No orfanato da agonia.

Desacreditou no amor
Angustiado calou.

Sem mundo
Humano imundo.
Matou as aventuras,
Matou as canções,
Sepultou ilusões.

- Que vida meu Deus...
Que vida!

A vida
Evito ao natural manusear
Vou lendo de lá pra cá,
Prefiro não saber se acabei
Ou se estou apenas a começar.

Na arte nada limita
Sou poema que desconhece distância
Já que o virtual aproxima,
Sou verso longínquo de relevância
Comungando a mesma rima.

Na arte nada limita,
Sem fronteira demarcada,
A cultura se unifica
Para ser admirada.

Poeta virtual eu sou
Não me ausento da escrita
Este gênero me conquistou
Poesia é a minha favorita.

“In dubio p(r)oesia". Sem presunção. A poesia sempre será inocente.

Meu primeiro verso crê em romantismo no final, o segundo acredita que o amor pode ser real.

Benditas saudades que guardam vidas que o tempo levou.

E quando anoitecer use o prazer que a noite dá para fazer uma lágrima sossegar.

Era bom, a gente brincava de ser feliz e distraídos não percebia que feliz já era.

Me deito em véus de insônias estrelares,penso em ti, brilhas no céu, mas te queria aqui.

Conte uma doce história quero dormir ouvindo, talvez fique na memória ou eu eu possa acordar sorrindo.

Tenho um sonho utópico, louco, desastrado de construir uma "poesiaria" e hospedar cada poema confortavelmente.

Sou abstrato
Que se sente.
- Que ironia!
Me absorva
Sou poesia.

Fiquei petrificado ao mirar-te
E agora sou rocha na praia
Esperando que voltes

A tarde fez-se pássaro alado, o manto escuro veio gelado e pôs os sonhos para dormir.

A vida nada mais é do que uma mera sucessão de escolhas.

No amor evite exageros. Ame apenas e tão somente o suficiente para ser bom.

O teu berço
Será sempre a maior cama
Aonde te deitaste

Partir
Em pleno devaneio
Já no centro de mim,
Refleti-me desajeitado
E no meu espelho,
Em prantos sorri
Por fim...
Parti.

Eu não paro de sonhar
Só o fim dos sonhos me faria parar,
Mas tenho estoque para uma vida
E se necessário vou fabricar.
Eu não paro...
Eu não paro de sonhar.