O Amor Esquece de Comecar Fabricio Carpinejar
Suma um pouco e veja quantos irão lembrar de você. Muitos sentiram a "sua falta" mais não lhe mandaram mensagem.
Para min isso é concerteza uma grande piada, quem realmente sente sua falta estará sempre ao seu lado.
É possível saber a classe social de uma pessoa observando os problemas que ela reclama, isso não é uma critica. É notório que existem níveis de problemas, mesmo que o que é grave para um, seja fútil para outro, há um senso comum que caracterizam esses níveis, e quando é observado que um problema é fútil neste senso, geralmente a classe social dessa pessoa é mais alta do que de uma pessoa cuja a reclamação é mais grave para o senso comum.
Como uma reclamação de fome por exemplo em comparação com uma reclamação de quem não ganhou o jogo de vídeo game do ano.
A medida com que melhoramos nossa vida financeiramente, nossas reclamações mudam. Pense sobre isso!
SÓ UMA PAUSA
A noite chegou...
Uma pausa
para os comerciais da vida
mas não para a vida.
Amanhã o sol vai voltar
e a vida tornará a sorrir
a moça da noite levará
o leite e o pão
após deitar-se na cama
no chão, no colchão.
O moço cansado
ao lar retornado
de angústia matar.
No leito, alguém
não verá os comerciais
da vida... da vida de ontem.
Ao amanhecer.
__Mas, o que é mesmo a vida?
Pensando no tempo
No seu castelo solitário
Ela se olha no velho espelho
Em volta para o porão
Intocado de luz e cor
Nada reflete sua face em rubor.
Bem queria ela amadurecer
E em poucos dias poder viver
A sombra da mulher
Que um dia desejou ser.
E balbucia algumas palavras
Sem sentido, com gosto de nada
E na madrugada os vendavais
Sacodem em sua alma
Os tempos que não voltam mais.
Bem queria ela amadurecer
bem queria ela parar o tempo
e de novo amanhecer.
Não há sentido ver o tempo passar
Não há sentido que esse tempo não ousa voltar.
Se eu amanhã não tiver a esperança noutro depois, é sinal que o meu hoje anda de mal comigo e não me dá futuro.
Não resista mais se entrega para mim, deixe-me sentir sobre o mais profundo suspiro enquanto o completo em meus braços e te faço.
"Jesus, que sofreu como o mais oprimido Cordeiro diante do matadouro, apresentou, ao Pai, Suas feridas para sermos curados; apresentou a Sua morte para sermos ressuscitados e apresentou o Seu Amor para sermos chamados de seus filhos amados".
SAUDAÇÃO DE UM BICHO
Nunca eu vos enganei
Ó gentes do meu amar
Porque haveria eu de vos lograr
Se não sei o que sequer serei?
Tal e sempre por bem vos amarei
Com raízes espetadas no coração
Que alimentam como se fosse o pão
Vivo de esperança, ai, eu o hei!
Trago-vos vivos no meu olhar
Aqueço-vos na minha fogueira
Mesmo que ela apague a noite inteira.
É este o bicho homem a saudar
Outros da mesma massa de amassar
O pão da vida ainda por levedar...
Carlos De Castro
Finisterra, 26-05-2022.
"Se quiser ver a sua cidade limpa, comece varrendo diante de sua casa" Mahatma Ghandi
Se você quer um mundo melhor, faça a sua parte.
Meu lugar favorito é onde posso tocar as estrelas com meu olhar e sentir a profundidade do universo pulsar com minha imaginação.
Fazendo um paralelo com os vinhos, com o passar do tempo o indivíduo bom fica melhor, mais dócil; enquanto o mau azeda, se torna hostil.
FÁBULA DA UVA E DA RAPOSA Muito representativa;
"A raposa (animal inteligente), passando embaixo de uma parreira de uva, olhou para cima e avistou muitos caixos de uva a ponto de degusta-las --- Deu o 1° pulo não consegui, o 2°, 3°, 4°, no 8°, já exausta, olhou para cima e disse: NÃO VALE A PENA ESTÃO VERDES"
Nem tudo que queremos é possível, temos que arrumar uma desculpa para amenizar a nossa FRUSTAÇÃO.
FEIJOADA À MINHA MODA
Amiga Helena Sangirardi
Conforme um dia eu prometi
Onde, confesso que esqueci
E embora - perdoe - tão tarde
(Melhor do que nunca!) este poeta
Segundo manda a boa ética
Envia-lhe a receita (poética)
De sua feijoada completa.
Em atenção ao adiantado
Da hora em que abrimos o olho
O feijão deve, já catado
Nos esperar, feliz, de molho.
E a cozinheira, por respeito
À nossa mestria na arte
Já deve ter tacado peito
E preparado e posto à parte
Os elementos componentes
De um saboroso refogado
Tais: cebolas, tomates, dentes
De alho - e o que mais for azado
Tudo picado desde cedo
De feição a sempre evitar
Qualquer contato mais... vulgar
Às nossas nobres mãos de aedo
Enquanto nós, a dar uns toques
No que não nos seja a contento
Vigiaremos o cozimento
Tomando o nosso uísque on the rocks.
Uma vez cozido o feijão
(Umas quatro horas, fogo médio)
Nós, bocejando o nosso tédio
Nos chegaremos ao fogão
E em elegante curvatura:
Um pé adiante e o braço às costas
Provaremos a rica negrura
Por onde devem boiar postas
De carne-seca suculenta
Gordos paios, nédio toucinho
(Nunca orelhas de bacorinho
Que a tornam em excesso opulenta!)
E - atenção! - segredo modesto
Mas meu, no tocante à feijoada:
Uma língua fresca pelada
Posta a cozer com todo o resto.
Feito o quê, retire-se caroço
Bastante, que bem amassado
Junta-se ao belo refogado
De modo a ter-se um molho grosso
Que vai de volta ao caldeirão
No qual o poeta, em bom agouro
Deve esparzir folhas de louro
Com um gesto clássico e pagão.
Inútil dizer que, entrementes
Em chama à parte desta liça
Devem fritar, todas contentes
Lindas rodelas de lingüiça
Enquanto ao lado, em fogo brando
Desmilingüindo-se de gozo
Deve também se estar fritando
O torresminho delicioso
Em cuja gordura, de resto
(Melhor gordura nunca houve!)
Deve depois frigir a couve
Picada, em fogo alegre e presto.
Uma farofa? - tem seus dias...
Porém que seja na manteiga!
A laranja gelada, em fatias
(Seleta ou da Bahia) - e chega.
Só na última cozedura
Para levar à mesa, deixa-se
Cair um pouco da gordura
Da lingüiça na iguaria - e mexa-se.
Que prazer mais um corpo pede
Após comido um tal feijão?
- Evidentemente uma rede
E um gato para passar a mão...
Dever cumprido. Nunca é vã
A palavra de um poeta... - jamais!
Abraça-a, em Brillat-Savarin
O seu Vinicius de Moraes.
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