Nunca se vai para sempre

As virtudes se harmonizam, os vícios discordam sempre entre si.

Quem se mata corre atrás de uma imagem que forjou de si próprio: as pessoas matam-se sempre para existir.

Existe sempre uma grande demanda por novas mediocridades. Em todas as gerações, o gosto menos desenvolvido tem o maior apetite.

Os bons presumem sempre bem dos outros; os maus, pelo contrário, sempre mal; uns e outros dão o que têm.

No amor, a dor e a alegria lutam sempre entre si.

O homem superior é aquele que cumpre sempre o seu dever.

A obstinação nas disputas é quase sempre efeito do nosso amor-próprio: julgamo-nos humilhados se nos confessamos convencidos.

O recurso dos que não imaginam é sempre contar.

O depositário do poder é sempre impopular.

Deus é sempre grande, no grande e no pequeno.

A ambição parece sempre começar onde devia acabar.

A obra que trazemos em nós parece-nos sempre mais bela do que aquela que fizemos.

Tente sempre ser um pouco mais simpático que o necessário.

Um tolo sempre encontra alguém que o admira.

A verdade é procurar sempre a verdade.

A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.

A ordem, com o tempo, acaba sempre por envolver as coisas.

Já escrevi e estou sempre disposto a voltar a escrever o seguinte, que se me afigura de uma evidente verdade: "É com os bons sentimentos que se faz a má literatura." Nunca disse, nem pensei, que só se fazia boa literatura com maus sentimentos.

Uma experiência bem realizada é sempre positiva.

As pessoas que cedem e concordam com tudo são sempre as mais saudáveis, as mais belas, e de figura mais harmoniosa. Basta alguém ter um defeito para ter a sua própria opinião.