Nosso Amor como o Canto dos Passaros
"Tudo é maniqueísmo na existência humana, pois como livre arbítrio só há duas alternativas ou céu ou inferno. Nossa existência consiste em tomar uma posição, e toda posição nos traz inimigos
eternos, portanto, toda escolha é negar um lado."
Salva-me
Cuida-me como se fosse uma joia rara
E o meu brilho iluminará seu caminho
Ama-me como se fosse o último dia
E o meu amor jamais o deixará sozinho
Livra-me da descrença e brutidão
Que a minha ternura será sua sempre
Salva-me da tristeza e solidão
Que fará parte da minha vida eternamente.
Cuida-me como se fosse uma joia rara
E o meu brilho iluminará seu caminho
Ama-me como se fosse o último dia
E o meu amor jamais o deixará sozinho.
O visitante
Sou hóspede nesta terra
Como um bom visitante
Trago paz em meio a guerra
Aqui estou de passagem
Quero deixar lembrança
Que fique uma boa imagem
Respeito, amor e confiança.
Não quero ser mais uma na geral
Não aceito ser tratada como todas para momentos bons e como a solução de todo o mal
Quero ser única, amada e me sentir especial.
Pensar demais
Por que sempre penso em tudo?
Cada ação exige lógica, como se meus passos devessem seguir uma trilha invisível. Nunca há o vazio, nunca há silêncio. Sempre algo. Sempre ecos.
Perdi noites de sono, afogado em pensamentos que não me deixam partir.
Por que sempre penso em demasia?
Minha mente constrói labirintos, planeja possibilidades como quem tece uma teia infinita. Tenho uma memória afiada—e às vezes, isso é uma maldição.
Por que não posso ser só um cara normal?
Agir por agir, sem que algo me perturbe os sentidos, sem que cada palavra dita pareça um cálculo arriscado.
Falar com uma garota deveria ser simples, mas há sempre um nó na garganta, um peso invisível nos ombros.
Por que não sei o que fazer com o amor?
Sinto, e talvez sinta de volta—ou talvez queira sentir. Mas o medo vem primeiro, como um véu sobre a coragem.
O que dizer, onde ir, o que ela vai pensar?
Minha mente nunca dorme, sempre gira, sempre analisa.
E eu?
Eu só queria respirar sem pensar a cada suspiro.
Enquanto andava pelas ruas cinzas da cidade, as pessoas passavam por mim como se fossem flechas, rápidas e implacáveis. Seus rostos eram borrões, expressões perdidas no turbilhão do dia a dia. Eu, porém, estava em outra dimensão. Não era uma dimensão fantasiosa, com dragões ou castelos flutuantes, mas um espaço interno, silencioso e profundo, onde meus pensamentos vagavam livres, descolados da realidade imediata.
O ritmo frenético da cidade, o barulho constante dos carros e o apito distante de uma sirene, eram apenas um murmúrio distante, um fundo sonoro para a sinfonia silenciosa da minha mente. Recordações, sonhos, planos futuros – tudo se misturava em um fluxo contínuo, um rio de consciência que me carregava para longe do asfalto e das pessoas-flecha.
Vi uma mulher com um casaco vermelho vibrante, uma mancha de cor em meio à monotonia cinza. Por um instante, nossa visão se cruzou. Ela não era uma flecha, mas um ponto de luz, um pequeno desvio no fluxo constante. Senti uma pontada de conexão, um breve momento de humanidade compartilhada, antes que ela desaparecesse na multidão, voltando a ser mais uma flecha no fluxo.
Continuei andando, absorto em meus pensamentos, até chegar a um pequeno parque. Ali, o ritmo desacelerou. As pessoas caminhavam mais lentamente, algumas sentadas em bancos, outras alimentando os pombos. Ainda sentia a distância, a sensação de estar em outra dimensão, mas a cidade parecia menos ameaçadora, menos frenética. O parque era uma ilha de calma em meio ao caos.
Sentei-me em um banco, observando as folhas caírem das árvores. A cidade das flechas ainda estava lá, ao meu redor, mas dentro de mim, a outra dimensão permanecia, um refúgio tranquilo em meio à agitação do mundo exterior. E, naquele momento, percebi que talvez essa fosse a única maneira de sobreviver à cidade das flechas: mantendo um pedaço de mim em outra dimensão, um lugar onde a paz podia existir, mesmo que apenas dentro de mim.
A derrota pode significar o início de uma grande vitória. Depende de como tu a encaras.
@poetamarcosfernandes
Como eu pude ser tão ingênuo? Eu era contra segundas chances, costumava dizer que não queria ler o mesmo livro duas vezes pois já sabia o desfecho. Agora eu tento sobreviver à ânsia de merecer uma segunda chance para poder reescrever aquele antigo livro.
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