Nosso Amor como o Canto dos Passaros

Não há nada que faça um homem suspeitar tanto como o fato de saber pouco.

Em suma, todo o problema da vida é este: como romper a própria solidão, como comunicar-se com os outros.

É espantoso como o ciúme, que passa o tempo a fazer pequenas suposições em falso, tem pouca imaginação quando se trata de descobrir a verdade.

Presume-se que a mulher deve esperar, imóvel, até ser cortejada. Mais ou menos como a aranha espera a mosca.

É tão arriscado acreditar em tudo como não acreditar em nada.

Pela liberdade, assim como pela honra, pode-se e deve-se arriscar a vida.

A fome não é exigente: basta contentá-la; como, não importa.

Tudo o que está morto como fato, continua vivo como ensino.

Odiar as pessoas é como atear fogo na casa a fim de se livrar de um rato.

Mas a verdade é que não só nos países autocráticos como naqueles supostamente livres - como a Inglaterra, a América, a França e outros - as leis não foram feitas para atender à vontade da maioria, mas sim à vontade daqueles que detêm o poder.

As grandes naturezas produzem grandes vícios, assim como grandes virtudes.

Tato é a capacidade de se descrever os outros tal como eles se julgam.

Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma. Como o corpo que se lava não fica sujo, sem oração se torna impuro.

Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada.

É melhor sofrer uma injustiça que praticá-la, assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar.

O silêncio, tal como a modéstia, ajuda muito numa conversação.

O cérebro é como um músculo. Quando pensamos bem, nos sentimos bem.

O amigo de um homem gosta dele, mas deixa-o ficar como ele é; a mulher de um homem ama-o, e está sempre a tentar transformá-lo noutro homem.

O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura.

Se os homens são tão maus com a religião, como seriam sem ela?