Nossa Amizade foi Boa Emquanto Durou

Não é a nossa condição, mas a índole da nossa alma que nos torna felizes.

A nossa época é a época da crítica, à qual tudo tem que submeter-se. A religião, pela sua santidade, e a legislação, pela sua majestade, querem igualmente subtrair-se a ela. Mas então suscitam contra elas justificadas suspeitas e não podem aspirar ao sincero respeito, que a razão só concede a quem pode sustentar o seu livre e público exame.

Cada idade tem os seus humores, os seus gostos e os seus prazeres,
E, como a nossa pele, embranquece os nossos desejos.

Falamos na nossa própria língua e escrevemos numa língua estrangeira.

Salvo se formos cretinos, morremos sempre na incerteza do nosso próprio valor e do da nossa obra.

A adversidade é nossa mãe; a prosperidade é apenas uma madrasta.

A nossa natureza consiste em movimento; o repouso completo é a morte.

As nossas paixões são os principais instrumentos da nossa conservação.

A nossa alma rende-se muito mais pelos olhos, do que pelos ouvidos.

Se estamos no alto, Deus é tudo. Se estamos em baixo, Deus é uma compensação para a nossa miséria.

Apenas uma coisa tem que mudar em nós para conhecermos felicidade em nossa vida: onde focar nossa atenção.

A nossa pátria, para fazer-se amar, deve ser amável.

O que nos torna insuportável na vaidade dos outros é que ela colide com a nossa.

A primeira metade da nossa vida é estragada pelos pais e a segunda pelos filhos.

O que está atrás de nós e o que jaz à nossa frente têm muito pouca importância, comparado com o que há dentro de nós.

Carência e limitação só conseguem existir quando damos espaço a elas em nossa mente.

Mais vale sonharmos a nossa vida do que vivê-la, embora vivê-la seja também sonhar.

O sono é como uma outra casa que poderíamos ter, e onde, deixando a nossa, iríamos dormir.

Quando chega a morte, não é da nossa ternura que nos arrependemos: é da nossa severidade.

A nossa dignidade consiste no pensamento. Procuremos pois pensar bem. Nisto reside o princípio da moral.