Nos somos Culpados pelos nossos Sofrimentos
Quando somos jovens entendemos muito da vida. Entendemos tanto, temos tanto saber, e de tal forma profundo e conclusivo, que só na velhice estaremos habilitados a nos arrependermos, muitas vezes até nos envergonhamos, das tantas decisões e comportamentos dotados da sabedoria da mocidade.
Alguns de nós somos uns saudosos incorrigíveis, mas fato é que, comparando as épocas, podemos constatar um desprogresso assustador que está desqualificando muita coisa de valor.
A prova de que somos frágeis de personalidade está no sucesso do marketing, em especial do político, pois os eleitores respondem bem e atendem satisfatoriamente, as demandas da publicidade. E, mais, se propõem a serem propagandistas voluntários, mesmo sem terem o mínimo de conhecimento do produto, não se importando quando estão sendo mais chatos do que prestativos.
Quando não se ouve o silêncio do outro somos surpreendidos com o seu estridente grito dentro deste mesmo silêncio e, às vezes, tarde demais para dar-lhe atenção.
Ter uma companhia deveria ser uma recreação na vida e não uma solução pra vida, afinal, somos solitários e não só de nascimento, especialmente de ventre, com poucas exceções.
Somos conduzidos a crer no invisível, no impossível e no inexistente, mas vivemos questionando a realidade, o óbvio e o visível.
Nos aproximamos do mistério e fugimos da verdade a tal ponto que dispensamos a reflexão e nos dispersamos da coerência existente entre estes opostos.
Somos, emocional e intelectualmente, manipulados por tudo aquilo que fala, ou que atende, às nossas carências, preguiça e fraquezas.
Só com o passar do Tempo somos capazes de avaliar o desperdicio de energia na demonstração de amor por alguém que despreza o nosso sentimento. Por outro lado, se não o fazemos nunca teremos a dimensão exata deste desperdício e o seu impacto na nossa falta de amor próprio com esta demonstração inútil. Os verdadeiros aprendizados para a vida vêm sempre com muita dor e com muito arrependimento
Tudo que a gente passa, seja de bom ou ruim, na vida, tem uma razão de ser e quando não somos capazes de identificar os motivos, em especial dos ruins, porque os bons, equivocadamente, nos limitamos à usufruir sem refletir sobre o ensinamento embutido neles, nos resta reconhecer que, no mínimo, a experiência vai nos servir de aprendizado, de amadurecimento e, especialmente, e está
nos proporcionando a oportunidade de nos tornarmos mais fortes e mais bem preparados para as próximas experiências similares, porque a vida é isso - altos e baixos, luz e breu, paz e tormenta, sorrisos e lágrimas, prazer e dor. A vida só não é para ser desprezada, pois ela é a nossa maior fonte de esperança na continuidade dos bons momentos, e na passagem rápida dos maus.
Quanto mais apegados somos ao material, mais a nossa alma desapega de nós fazendo com que este distanciamento nos aproxime do abismo interno que, sob o comando de energias inferiores, nos impede de evolui e sentir paz verdadeira
Sonhos não envelhecem, somos nós que envelhecemos e passamos a desistir deles muitas vezes devido ao cansaço, e as nossas forças para lutarmos por eles ficam comprometidas. Outras vezes por descreditarmos serem possíveis, por não reconhecermo-nos merecedores, por não mais confiarmos no poder do tempo, ou por considerarmos que passamos da fase de realizá-los e deixamos, injustamente, de alimentar esses fies companheiros de longas datas que nos impulsionaram, ao longo da nossa juventude, à ações de muita determinação em seu favor.
Sonhos não têm prazo de validade, tem momento certo pra fazer -nos recompensados pela espera. Mas se confiamos nas forças supremas para avaliarem a real importância dos sonhos realizados nas nossas vidas, enquanto trabalhamos por eles, se eles tiverem potencial para se tornarem um pesadelo sejamos gratos por não tê-los concretizados
O todo que somos, cada um de nós, individualmente, deve servir para acrescentar ao todo que o outro é. Não precisamos que nos completem, mas que nos agreguem com os seus valores, porque este também deve ser o nosso papel no existir dos que amamos e desejamos estar juntos
Somos o somatório das nossas dores e sobores, das alegrias e dos amores. Somos a soma das nossas crenças, experiências, andanças e alianças. Somos a soma de tudo ao redor, de como ouvimos e enxergamos, do que aprendemos e onde erramos. Somos a soma dos todos dos outros e dos todos de nós, como resultado temos um eu
Somos uma sociedade conduzida pelo marketing, adestrada pelo sistema financeiro, hipnotizada pelos políticos, refém da imagem, dispersa do conteúdo, cega frente à doutrinas e conformada com migalhas, logo, só nos cabe, então, selecionarmos o quê melhor "não" se encaixa na nossa impotência a fim de sobrevivemos com o mínimo de autonomia social
"Ainda" somos um país democrático, logo não é exatamente a má escolha política de um eleitor, na visão do outro, o que mais causa indignação ou desânimo, pois trata-se de um direito individual e constitucional. Porém, o que realmente frustra e promove a desesperança é o conforto, há décadas, das pessoas de se manterem no desconhecimento, é a facilidade de acreditarem nas mentiras que elegem covardes e desumanos para os poderes, pois estes sempre falam, sempre pregam, o que elas gostam de ouvir. É a facilidade delas caírem nas armadilhas, especialmente as materiais e de ralizações fantásticas, para desqualicar o intelecto delas e, pior, é a total falta de interesse das pessoas de procurarem se informar para qualificarem o seu conteúdo de conhecimento geral a fim de que este ajude nas suas escolhas quanto cidadãos eleitores.
Integrar-se com fidelidade irrestrita à grupos que seguem a mesma linha de pensamento é fazer a manutenção do aprisionamento do próprio intelecto, consequentemente é agir, reagir e repetir como um robô. Somente a diversidade de ideias exercita e expande a mente, e proporciona um alicerce mais eficiente na construção de um pensamento mais livre de impurezas como, por exemplo, a incoerência, bem como mais sólido no saber, o que nos leva a termos mais independência na interpretação dos fatos.
Se buscando a informação estamos sujeitos a erros, na ignorância é mais fácil ainda entregar o país nas mãos dos charlatões políticos e/ou nas mãos dos charlatões políticos religiosos.
Não terceirize a sua massa cinzenta. Defenda o que é seu começando pelo seu intelecto, pois é a partir dele que você realmente vai poder ajudar o país como um todo, e não o entregue de bandeja para quem depende da sua ignorância e da sua fragilidade emocional para se tornar, com a sua própria ajuda, o seu algoz.
Sobre a convivência
Às vezes a outra parte não quer. Outras vezes, somos nós que não queremos. E tudo bem se tiver que ser assim. Apesar de não ser o objetivo maior de estarmos todos transitando nesta esfera azul. Por outro lado, há tanta gente falsa, golpista, malandrinha demais, egoísta, arbitrária, covarde, mascarada e do mal que realmente não vale à pena manter por perto.
A afinidade não é uma obrigação humana. É uma benção, quando ela acontece espontaneamente.
Nada, no contexto do trato com os nossos semelhantes, é perfeito. Não somos perfeitos. Nem sempre agimos perfeitamente, diante de todas as experiências as quais compõem o nosso processo de aprendizado, frente ao nosso aprimoramento, na condição de indivíduos.
Contudo, o que mais frustra é quando as partes querem, se afinam de cabeça, alma e coração, mas não superam os desafios para se manterem próximas a fim de usufruírem da alegria da convivência. Para multiplicarem os bons momentos, sinceros, que passam quando têm a chance de estarem juntas. E esta proximidade não significa, exclusivamente, física, já que as relações virtuais são uma nova realidade.
O que enfraquece é a prioridade ao desperdício de oportunidades que são capazes de proporcionar prazer às partes que se querem bem. O que desanima é perceber que a pauta, em muitas convivências, é o esforço, quase que generalizado, pela manutenção das relações incompatíveis, interesseiras, doentias, hipócritas, manipuladoras e desgastadas, porque, de alguma forma, elas se tornaram uma zona de conforto.
Mudar, recomeçar, se libertar, investir naquilo que realmente nos faz bem, incluindo pessoas que estão distantes, em geral, mexe com o nosso tempo e com o orgulho, que são valores os quais não gostamos de sacrificar. Não gostamos de abrir mão. Mudar, às vezes, dá medo e/ou insegurança e/ou preguiça. Sem falar que em algumas situações de mudanças não há a garantia imediata de que teremos supridas algumas das nossas necessidades mais concretas. Mais palpáveis. Então é melhor continuar como está. Mesmo que as partes fiquem emocionalmente frágeis e virem prisioneiras da saudade.
Até que um dia...
A certeza de que estamos no térreo, com prazo de validade, muda muito pouco ou nada.
Porém, até a falta de conscientização efetiva das consequências sentimentais, nas perdas definitivas, fazem parte do universo complexo da alma humana. Nos adaptamos a tudo.
Ser gente, muitas vezes, é, também, agir como animal acuado.
Os iludidos acham que há políticos perfeitos. Nós que não somos iludidos com a política temos toda certeza que perfeitos são os iludidos.
Somos fases, tentando ser Lua
No momento, Crescendo. Próxima à plenitude esférica
E quando Cheia, sou transbordo de brilho
Para o desespero de gente Minguante
Gente radical que se recusa a ser Nova
E hospeda uma alma periférica
Que preferindo a segurança de um trilho
Não ousa viajar na beleza do breu
Jamais será encanto em trova. O apogeu.
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