Nos somos Culpados pelos nossos Sofrimentos
Muitas vezes precisamos rever os nossos conceitos. Nem sempre o que é bom para nós, é para o outro. Por isto, é necessário aquele momento de reflexão para alinhar os pensamentos e as ações.
Na vida temos que fazer escolhas. Deixar para trás muitas vezes o que amamos e seguir. Nossos sonhos nem sempre estão na mesma sintonia que o do outro.
Muitas vezes precisamos abrir mão de coisas e pessoas que amamos se quisermos prosseguir com nossos sonhos.
Aprendemos a lidar com as consequências dos nossos atos quando bloqueamos as interferências externas.
Estamos sempre um passo além dos acontecimentos. Não entendemos que para alcançarmos os nossos objetivos é necessário que a paciência seja nossa aliada.
Nosso destino é determinado pelos nossos pensamentos, nossos objetivos e nossos ideais. Jamais seremos um destino se não tiver uma direção e se não entendermos as leis naturais.
O poema real não tem poesia,
sentimento esvazia em nossos tanques;
haverá sempre um novo amor eterno...
Educar as consciências se torna hoje um imperativo para que nossos filhos saibam descobrir o sentido e o valor das coisas e dos próprios atos. Caso contrário, a ciência, a mídia ou outras instâncias mediadoras da cultura se tornam o critério do bem ou do que é verdadeiro e justo.
Se depender do empenho de nossos políticos, os nadadores brasileiros serão sempre campeões mundiais e olímpicos de nada são.
Acho que ainda descobriremos que nada corresponde obrigatoriamente aos nossos conceitos, e que tudo é uma questão de olhar... Nada nos foi entregue pronto, no que tange o correto. A humanidade sim, construiu seus patamares, e quem chegou primeiro para estabelecer ditou o que ainda pode ser desmanchado em sua essência, visando recompor o mundo moral, quiçá, dito espiritual... Ou ideal.
A única prova de que aprendemos com os nossos erros é a não repetição dos que já cometemos. Os erros estão em nós como sinais de nascença. Isso repete o lugar-comum de que errar é humano, erraremos sempre, mas acertar também é. Estúpido e desumano é repetirmos erros como prova irrefutável de que não aprendemos nada.
CRIAÇÃO À MODA ETERNA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Os nossos filhos pequenos merecem todo o medo real do mundo que nos cerca. Não só merecem, como precisam desse olhar extremado que não abre a guarda e vai lá no fundo. Mesmo quando não há fundo. Mergulha intempestivamente no caos das verdades farpadas do tempo em que vivemos.
Tenhamos medo por eles, para eles não o terem depois do tempo nem nos contextos equivocados que de nada valerão. Apostemos o nosso couro, quantas vezes quisermos, mas nunca suas essências, no que não é de nosso alcance. Evitemos as ausências disfarçadas; as distâncias amenizadas por presentes; as terceirizações em nome da independência precoce. O sossego prático e frio de nossa confiança nos corações externos.
Eles tanto precisam do nosso exagero, quanto sentem profundamente a falta do excesso desse amor, quando nos rendemos ao descanso de respirar sem culpa e susto... à paz da consciência adquirida por conceitos modernos de criação menos vinculada. Só no passar dos anos, os filhos percebem todo o abandono que lhes demos com belas nominatas contemporâneas embrulhadas em bonitos discursos profissionais.
Sejamos os pais de que a inocência filial precisa. Logo a vida privará os nossos filhos dessas loucuras de amor, mas essa perda tem cura. Ela virá na saudade sempre terna e risonha do que não lhes faltou no tempo em que tiveram a proteção - ou superproteção - de tantas preocupações afetivas.
EXPECTATIVAS FILIAIS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Filhos querem contar com nossos olhos,
nosso brilho de alerta e nosso excesso,
pois o preço daquele "deixa estar"
manda suas cobranças para eles...
Eles gritam com gritos ou silêncios
quando a vida lhes fere no vazio,
tira o brio, lhes priva de autoestima
e revela que somos vãs miragens...
Pedem erros, acertos nas ações,
atenções necessárias e nem tanto,
cismas justas, injustas, extremadas...
O que filhos não querem é distância,
nem a calma que diz que tanto faz
ou a paz que relaxa e lhes expõe...
