Nos somos Culpados pelos nossos Sofrimentos

⁠"Nossas criações
refletem
nossos comportamentos,
não nossos
pensamentos."

⁠"Nossos objetivos
serão alcançados
na extrema malandragem
e na habilidade de manipular
a nossa inteligência."

⁠Geralmente o melhor de nós só é extraído naqueles momentos onde a única saída é ir além dos nossos próprios limites através da superação de si mesmo.

Ler é essencial. Através da leitura, testamos os nossos próprios valores e experiências com as dos outros. A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Além de tudo isso a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.

Viver é ser pregado na Cruz
De nossos próprios erros
É sofrer, morrer e ressuscitar
Muitas vezes na mesma Vida.

São nossos
os corações-janelas
separadas por dois ossos-
-lâmpadas de cor, ação e luz. Amor.

A loucura são pedaços da alma que soltam a nossa essência e dão cor aos nossos passos. A vulgaridade é a intoxicação robótica de uma realidade fabricada.

Quando os nossos epidérmicos momentos acontecem: os deuses humanizam-se.

Insónia de amor não é incomodativa: carneirinhos contam os nossos pensamentos.

Porosidade

Fervilham as artérias da nossa cama
desvendam, morosamente, os nossos beijos,
inesperadamente, surge o hálito da manhã
e ouve-se o dia a salivar.

Geologia do Amor

Na tua pele arde a minha boca
no meu palato arde a tua sede
e nos nossos corações
corre a confluência
de duas placas tectónicas
situadas na geologia do amor.

Quero ouvir os nossos poros a gemer.

⁠A minha pele quer veranear
com a tua pele,
os nossos corpos
completamente despidos,
são estas as nossas vestes estivais.

⁠Estou a necessitar
de um mar, uma lua cheia,
e de ouvir os nossos olhares a conversar
até epidermicamente amanhecermos

⁠⁠Lua Cheia
Vamos encher a lua
com os nossos beijos,
quando a lua estiver cheia,
iluminará vagarosamente
a nossa porosa intimidade.

⁠Adoro quando as nossas
epidermes salivam
e quando ouvimos
os nossos poros a uivar.

⁠Ilhas dos Nossos Poros

Gosto de ouvir a música dos teus sentidos
saborear o aroma dos teus silêncios
beber os dias que escorrem das nossas bocas
e colher os poentes nas ilhas dos nossos poros.

⁠Adoro estar dentro do teu abraço a ouvir os nossos corações a conversar.

Outono

⁠Tu e eu outonamo-nos, e desfolhamos o verão
que ainda resta dentro dos nossos olhos.

⁠⁠⁠⁠Meu amor,
hoje a Natureza
chorou
e uma das
lágrimas
derramava
os nossos
inseparáveis
outonos.