Noite
Tochas em um dínamo estrelando maquinaria da noite, a noite cambaleando em um pedestal nos telhados iluminados onde jaz os meus lamentos...
Holofote antiaéreo azul do Luar
A noite já estava aqui mais lembrava do pôr do sol, tinham os olhos vermelhos
O viajante néon cintilante dos faróis, eu nos reflexos envidraçado Lua e estrelas nos crepitantes em crepúsculos vazios
A luz como fechas entrando nos olhos alojando na mente batidas do coração no deserto efeitos deste cérebro drenado anedotas e espasmos oculares, a minha rotina platônica o meu eu engavetado o meu intelecto inteiro regurgitados os meus obscuros cartões postais exposto em poema e poesias
Chamas sob o céu tuberculoso respirando na escuridão o desamor invocações sublimes do amanhecer nas estrofes carnívoras que me devora grito em rajadas de versos e poesias de chumbo tropel
Os meus pensamentos sinistros atropelados pela lei da decência
Solitárias são as noites avoternas lembro de lavar as cinzas da poesia espalhadas na lareira, e o copo de vinho adornado no tapete do chalé e o vento lá fora assobiava estava frio acariciava a sua pele pacifista sensual, esquecido pela espectral confusão de mim mesmo ao som da nostálgica músicas de sempre
O sopro de colossais dos vultos em minha mente apitos de da lei na neblina que ainda vejo antes desta loucura estala em mim por completo... A minha alma iluminou os seus cabelos por um segundo com o seu sorriso e olhos por companhia sempre seguro, pois o discurso arlequinal de extermínio próprio vem e vão neste vão de pensamento que este protesto triste virara simbólica catatonia...
Lutando com os ecos da alma, agitados neste banco de solidão nada além de uma partícula de alucinação súbita iluminação da alquimia que eclipsa no motor da mente sem amor
Este vagabundo louco anjo do Tempo na roupagem espectral de lamentos... na sombra a alma dourada toca instrumentos de
ao som sofrimento de amor para a lua
Esfinge solidão dança comigo valsa na chuva de prata... Epifanias removendo as pedras do tempo
O amanhecer na fissura de um pico, fechadas de nuvens trémulas
Nas janelas do crânio os meus olhos sangra as nossas cabeças ungidas pela coroa do esquecimento, choraremos ate o romance e os sonhos não fazer sentido mais
O poeta e um som de piano catatônico de uma alma inocente e imortal
" De tanto amar e de tanto sofrer criei uma áurea de proteção...de dia te amo e a noite te amo mais...e assim vai crescendo um amor protegido por um sol iluminado e pela luz prateada da lua encantada."🌜💥🌛
Abelha Rainha
Se eu dissesse que essa noite
conversei com um anjo.
Uma fonte cristalina,
que deixa as vistas mais vistosas.
Alma bondosa e mansa,
se ela quiser sua oração,
sempre me alcança!
Para fazer os dias ficarem mais lindos
E os desejos eternizado nas lembranças.
Ela toda ornamentada
de pequenos néctar de bondade.
É verdade que cheira flores do sertão.
Um rincão de volúpias escondidas.
Não possui coroa ainda...
Mas se comporta como uma abelha rainha.
Ela traz gentilmente a calma...
Ela polariza os jardins invisíveis da alma.
Tudo fica colorido um arco íris no infinito céu.
Ela é um puro mel que sai da minha boca agora!
Na madrugada tem gosto de rapadura,
Mas ninguém segura o seu cheiro de flor
Mesmo quando é tempo da semeadura,
Ela provoca em mim o amor!
A Procissão do Enterro -
É noite na cidade … noite cerrada.
Sexta-Feira da Paixão …
E vai um morto a sepultar!
Há sombras que se cruzam pelas ruas.
Gentes de negro. Negras gentes.
Deus no Céu se alteia, que na Terra,
nada É, como está ou deve ser!
E há lamento. E há saudade.
Parece a Morte triunfar.
E um cortejo se avizinha.
Capas negras. Solidão...
Corpos vacilantes num passo de lamento.
Círios apagados, ainda …
Velas sem destino pela rua em tantas mãos.
Olhos inocentes, ausentes, descrentes.
E tanta gente … tanta gente …
Gestos de culpados.
Arrependimento feroz. Secura.
Andores pela rua ao som dos passos
de quem espera e desespera …
Irá Deus a sepultar?! Deus morreu?!
A Morte não é o fim mas o começo,
estranha contradição. Ressurreição …
E vão … passando … num pisar de negro luto …
… passam... indo … pisando a solidão … mas vão …
… vão … vão ….
E aonde irão?! Aonde?! …
Deus foi morto pelos Homens?!
Que estranha percepção … é loucura, sonho,
ilusão … cai o firmamento!
Se Deus não morre, quem vai ali, naquele esquife
a enterrar?!! Quem?!!...
E o cortejo toma forma, a marcha alinha,
o Povo no compasso, num compasso de amargura,
espalha pela rua um lamento, um grito de solidão …
Há um eco de saudade!
“O SENHOR É MORTO! O SENHOR É MORTO! O SENHOR É MORTO!”
Terá morrido?!! … Não creio! Não creio! Não creio! ...
Lucidez -
Sou noite, sou distância, solidão,
madrugada que me arrasa o pensamento
sou na vida o que não morre, o sentimento,
sou loucura, tenho Amor no coração.
Donde venho e não venho, desespéro,
onde estou, aonde vou, onde me dei,
há em mim uma dor que já não quero
na verdade porque a tenho eu já nem sei.
Já nem sei o que hoje sou e onde vou
já nem sei se o que vivi foi perdido
não me digam por onde ir porque não vou
prefiro os meus passos sem sentido.
Verdade, Agrura e Lucidez -
Sou noite e solidão!
Minha Vida um acidente!
Num sentir que se ressente!
Tenho cal no coração!
D'onde venho não quero.
Onde estou não sei.
Onde vou desespero.
E afinal onde irei?! ...
Quem dizem não sou.
Quem pensam também.
Só estou onde não vou.
Num vazio que vai e vem.
Mas vou! Mas vou!
E alguém me espera?!
Ninguém me sente!
Estou só. Quem dera!
Todos são ausente!
Sou passo. Sou nocturno.
Sou da estrela Firmamento.
Sou da noite e nunca durmo
no meu próprio pensamento.
Que seja! Que seja!
Um fruto apodrecido.
Um corpo que medrou.
Um morto esquecido.
Um sonho que voou.
Alguém que não veio.
Ninguém que chegou.
Meu corpo. Teu seio.
Quem sou?! Quem sou?!
Minha Vida parou...
Minha Vida Passou...
Sou noite e solidão!
Minha Vida um acidente!
Num sentir que se ressente!
Tenho cal no coração!
vento que sopra na varanda minha rede balança nos telhado chegar assovia traz o frescor da noite fria, de onde tu vem ? de pressa se vai ! sem nunca olhar pra trás sei que muita história tens pra contar.
Mais uma vez a noite é dela, ela que nunca mim deixa nem mim esquece não mim troca nem mim abandona com todos meus defeitos está sempre comigo é rotina dormir com ela a senhorita saudade amarga
O amor,
criou a chuva,
de tarde, lavou-me,
o amor,
criou as asas,
a noite, livrou-me,
o amor,
é almas, alvas, salvas
céu a céu,
o amor,
vestiu-se, de luzes
tornou-se, humano
Por trás de uma Moldura -
É longa a hora onde
começa a noite escura
e toda a gente se esquece
que o tempo nos adormece
num retrato que se esconde
por trás de uma moldura.
Passa o vento devagar
hora breve de ninguém
hora turva onde somos
lembrados, que já fomos,
quem o tempo nos quis dar
esperando por alguém.
Dança a Lua em dia claro
brilha o Sol em noite escura
num sopro que a Vida esconde,
nessa longa hora onde
fica o tempo que é tão raro
por trás de uma moldura.
Café da manhã;
Café da tarde;
Café da noite;
Porque não café com pão, com leite, farinha ou feijão;
Nada disso importa se a coisa for feita com amor no coração;
Um bom café então!
Demo dança?
Lá vai um dia
Numa noite de estio
Quando eu banhava-me
Com toda tranquilidade
Assim de súbito
Olhei ao lado
E lá eu avistei
O Demo tenebroso
Ele estranhamente
Dançava de sús
Com sorriso estampado
Causando-me tremores
Então assim Ele disse
Com uma voz profunda
Que assustou-me inda mais
"Danço com ésse
"E falo com acento"
Ele disse-me
De chofre tomei coragem
E fitei-o belicoso
Então ajeitei-me
E fui o enfrentar
Tentei Lhe dar uma surra
Mas falhei
Tentei o empurrar
Mas errei
Todos os meus golpes
Foram-se ao ar
Enquanto Ele
Dava casquinadas
De ver minha humilhação
Assim empós um tempo
De forma repentina
Ele desapareceu-se
Apenas deixando
O ar de sua imagem
Disto acontecido
Somente apenas sei
Que jamais esquecerei
O que me aconteceu
Naquela noite de estio
'' Essa noite olhei para o céu, me vi em um lugar da vida onde já não mais me encontro.
Sinceramente estou perdido, qual caminho devo tomar, qual sentido devo escolher,pq tudo tinha que ser tão complicado! ''
O sol não nasce, ele reaparece.
Dorme com a noite e volta sendo dia.
Descansa como criança para renovar as alegrias e retorna sendo rei, sendo astro maior.
Nildinha Freitas
Raiva e Solidão -
Trago em mim a solidão de um dia triste
trago a raiva de uma noite que não chega
trago a ânsia que me escorre, que persiste,
minha taça de veneno e incerteza.
Meu cálice de piedade e solidão
são as horas que te espero e tu não chegas,
a raiva que me aperta, amarga o coração,
derrama no meu peito flores secas.
É raiva, é loucura, é tormento,
desde aquela hora triste em que te vi,
um cavalo que me sulca o pensamento,
num galope, num passar, longe de ti.
Trago as dores de um poeta que se cala
trago em mim um sofrimento sem perdão
na distância dos teus olhos, que me embala,
agonia é silêncio, raiva é solidão.
Doce Madrugada -
Numa noite, madrugada,
minha triste solidão
que me vive além do tempo,
numa cama já cansada
de esperar teu coração
enlaçou meu pensamento.
Eu dormi no teu silêncio
e acordei este lamento
minha doce madrugada,
meu amor, triste silêncio
meu amor este tormento
não me deixa ver mais nada.
Tua falta, meu amor,
arrefece a confiança
torna grande o meu cansaço,
ai da vida a minha dor
que me deixa sem esperança
na esperança de um abraço.
A minh’Alma tão cansada
já não pode mais fingir
que não está de si perdida,
adeus, triste madrugada,
vou-me embora, vou partir,
p’ro outro lado da vida.
À Beira de um Poema -
À beira de um poema
lembro a noite que então havia ...
Fecho os olhos, morre o dia,
onde foste coração
num morrer que me doia?!
À beira de um destino
fui além do meu tormento
sem verdade nem tino
com a cruz no pensamento!
Num sentir que me tortura
num viver que não sentia
sobre a minha sepultura
nem uma cruz havia...
´´so peço uma noite abrisar contigo;
não peço nada mais;
mesmo que no fim eu sofra um castigo;
quero beijar-te e não esquecer jamais´´
Esperança Imortal -
Pus nos versos uma esperança
que nem a noite mais forte
ou o desejo da morte
me tiraram por vingança.
Nem a pessoa mais culta
ou alguém que até duvida
nem a vida que dá vida
ou a morte que sepulta.
Ninguém de mim arranca
cheio de dor e solidão
estes versos que serão
quem dá vida à minha esperança.
Que a minha vida é assim
esperar por ti como um louco
vestir a dor em meu corpo
chorando lágrimas sem fim.
Para Natália Correia -
Eras Poeta
e esta gente não entendia!
Eras noite
mas a Lua, por inveja,
não te queria,
e o dia, com medo, de ti,
também fugia!
Eras vida
e até a morte te procurava...
Mas a tua dimensão
não era a vida nem a morte
mas sim a solidão!
Porque ninguém te entendia ...
Eras tu, aurora dos poetas,
eterna madrugada
que antecede os dias puros...
Eras poeta
e esta gente não entendia,
não te queria, nem te via.
Por isso, em teus versos, teu olhar, sofria...
E ninguém entendia ...
Ninguém entendia ...
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