No meu quarto
MADRUGADA
Do fundo do meu quarto no cerrado
Ouço a madrugada, de tão silenciosa
Que faz do vento trautear desentoado
E do canto do galo... prece religiosa!
Ouço a noite cochichar ao meu lado
Fuxico escusado da hora vagarosa
Sem dó nem piedade, nem agrado
Despetalando a solidão tal uma rosa...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
Quero ter o frescor da menta
para no meu quarto
com paixão sempre ter um poema
novo que me combinado
com o café me faça
fugir desta realidade
onde o quê vale é cultuar
o Deus Ego inflado
em busca de validação,
Por não fazer parte de nenhuma
disputa: continuo misticamente
dançando só na multidão.
E na parede do meu quarto ainda esta o seu retrato.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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