Nem tudo e Facil de Cecilia Meireles
A verdade é uma opinião engendrada por costumes, individualismos e acima de tudo a representação fiel do meio, ou, em outro momento é apenas um consenso. Verdade plena é aquela que serve para você e exclusivamente para você. O mais são conjecturas!
Tudo é comum, faz parte, quando não é você que está no problema, e tudo é demais se está no meio dele.
Não devemos naturalizar, tampouco, superestimar os sofrimentos nossos ou alheios. Cada um sabe onde seu calo aperta!
Não existe ação sem recompensa, tudo que fizermos provocará uma reação de retorno no universo. Todos a verão como apenas o pagamento pelo seu ato, mas para você, será sempre bem ou mal, o seu feito dará o tom!
Tudo tem hora, momento certo, mas enquanto espera se prepara, não se desespere, pois quando a vitória chegar você precisa estar inteiro(a).
Não ascenda ao pódio capenga, seja resiliente, não mude seus sonhos
renove-os!!!
Tudo muda, tudo se transforma. Quem hoje rasteja, amanhã pode voar.
Não menospreze ninguém, a vida é como uma roda gigante!
Fim da Feira
As tendas velhas que se recolhem,
esvaziam-se as cestas de frutas.
Tudo se tolhe em toalhas e trapos;
postes emanam luzes fajutas.
Fregueses regressam com suas compras,
saltimbancos cessam as cambalhotas.
Vendedores, cismados, se apressam -
contam dinheiro, nota por nota.
Era o fim da feira na cidade,
a praça retoma o seu espaço,
ao passo em que a feirinha se evade
junta ao Sol, que cai no fim da tarde.
Esse não foi só mais um amanhecer…
Foi o exato momento em que tudo colapsou.
A antiga versão… morreu.
As amarras invisíveis… quebraram.
As programações… se dissolveram.
E naquele instante… eu lembrei quem EU SOU.
Sentei… respirei… olhei o horizonte…
E compreendi a verdade que sempre esteve aqui:
Eu sou Fonte. Eu sou Criação. Eu sou Criador.
Ali… no silêncio das montanhas,
na presença do meu pequeno guardião,
a vida me revelou que não há separação.
Que nunca houve nada fora…
Tudo é UM. Tudo é EU.
Eu me tornei inteiro.
Eu me tornei livre.
Eu me tornei eterno.
Eu não sei quanto tempo me resta.
De tudo que existe sobre a imensidão do globo terrestre, o tempo é algo que nunca teremos o controle, domesticamos bestas ferozes, mas, é o tempo que rasgará a nossa carne e, exporá as nossas entranhas aos vermes.
Controlamos o fogo, mas não apagamos a caldeira do tempo que nos cozinha brandamente, nos desidrata, consome a nossa essência.
Aprendemos a represar todas as águas, guardar alimentos para tempos difíceis, mas não poupamos o nosso tempo.
As prisões mais seguras já construímos, mas o tempo continua livre, matando a todos.
Como gostaria de merecer um pouquinho do seu tempo, para fazermos coisas banais, para tomarmos banho de chuva, realizarmos juntos os afazeres domésticos, criar um filho, banhar um cão, deitarmos sem sono, tomarmos algo sem sede, contar formigas, eu só quero uma vida normal, com o tempo contra mim, mas com você ao meu lado.
O fim do dia não significa o fim da linha para tudo que não acabamos hoje, mas, um período onde descansamos o nosso corpo físico e, por meio do sono, nos entregamos aos seres espirituais que, nos ajudarão a aprimorar o que ficou para ser terminado ao amanhecer.
APARENTEMENTE
O ser humano se tornou tão civilizado que tudo que possa parecer rude, hostil, jogamos para nosso interior, não podemos falar, se quer pensar em coisas que desagradem, escondemos tudo.
Nos vestimos para agradar, usamos vestimentas com costuras, bolsos e etiquetas que machucam nosso corpo.
Nossas vidas seriam melhores se as vestíssemos pelo "avesso".
RAPARIGA COM BRINCO DE PÉROLA
Me destes tudo,
um corpo que divido com vírus e bactérias,
um sol que sempre me aquecerá,
uma terra que dá tudo, mas que nada devo plantar,
pois, nada posso colher.
Mãos hábeis que não posso usá-las.
De tudo que me destes, talvez, a visão foi o sentido mais inútil,
Com meus olhos, vejo-a como uma obra de arte, perfeita, num pedestal, digna apenas da minha mais taciturna admiração,
como A Vênus Milo, fêmea sem braços,
Intocável tu és.
Austero é meu desejo, cálido, puro e ingênuo,
mas não pode ir além de um frenesi que me aquece o cérebro,
pensamentos puros, mas reprováveis, tomam conta do meu âmago.
És terra de fronteira, lâmina desembainhada, és rosa amarela,
Amante desprezada, “Rapariga com Brinco de Pérola”, és proibida.
(Leila Magh Moreira, setembro de 2018)
Nas dobras do tempo, onde a vida se esconde,
Investimos tudo, cada passo que se responde.
Como o machado que esquece a árvore ao cair,
Às vezes nos perdemos sem sequer perceber partir.
Entregamos sonhos, esperanças e suor,
Mas às vezes o destino nos reserva dor.
Como a árvore que cai sem ninguém notar,
Nossa entrega às vezes se perde no mar.
Mas mesmo diante das desilusões do caminhar,
Resta a sabedoria em cada cicatriz deixar.
Pois no esquecimento da árvore pelo machado,
Aprendemos a valorizar o que é verdadeiramente foi dado.
As forças fora do nosso controlo podem levar-nos tudo, exceto a liberdade de escolhermos como respondemos a uma dada situação. Não podemos controlar o que nos acontece na vida, mas podemos sempre controlar o que iremos sentir e fazer quanto àquilo que nos acontece.
Aproveitar o dia, para mim, é perceber que já faço parte de tudo o que existe. Não há necessidade de correr atrás do extraordinário quando o simples respirar já contém todo o milagre.
Sinto que viver o instante me revela que nada realmente falta. Tudo o que procuro já está presente, como o sol, que não precisa ser visto para existir — basta estar, tal como eu, que encontro luz ao olhar para dentro.
Não faz sentido inquietar-me com o amanhã, que sempre chega ao seu próprio ritmo. O que tenho agora é este momento, um fragmento de infinito que o tempo não consegue roubar.
Ao caminhar, percebo que não sou eu quem molda o caminho, mas o caminho que me molda. A pressa de chegar perde o sentido quando entendo que o próprio andar já carrega o destino.
Sonhar é algo que me move, mas viver — viver de verdade — é mais profundo. Os sonhos que me ancoram no presente são os que realmente transformam. A realidade, muitas vezes maior do que imagino, surpreende com maravilhas que nenhum desejo consegue prever.
Talvez o que me falte, no fundo, seja apenas a coragem de ser. O resto? É confiar que o universo sabe o que faz.
O que realmente conta é o que fica quando tudo o mais se desfaz. As palavras dos outros, os títulos que nos dão, são sombras de um jogo que o tempo apaga sem esforço. No fim, o que sobra é o que sempre foi, aquela parte de nós que não se altera com as mudanças do mundo. E eu permaneço. Não sou moldado pelos nomes que me impõem, nem pelos olhares que me pesam. Sou aquilo que sou, e isso basta.
Não é teimosia manter-me assim. É antes uma certeza, uma verdade silenciosa que dispensa aplausos. Não preciso de aprovação, de ser mais ou parecer outro. Ser é o suficiente. Ser, sem procurar adornos, sem correr atrás de uma imagem que não me pertence, é a única coisa que faz sentido. O resto são máscaras que o vento leva, sem deixar rastro.
A constância em mim não é imobilidade. É uma firmeza tranquila, a tranquilidade de quem não se aflige com o que é transitório. O que sou já me basta, porque conheço a minha essência, e nada fora de mim a pode mudar. Nessa simplicidade, encontro liberdade. Não há pressa, não há necessidade de ser mais. Ser, só ser, já é uma plenitude. O que sou é completo por si só, sem precisar de artifícios, porque a maior liberdade é não precisar de nada para ser quem sou.
Carrinho de bebé
Queres tudo.
Sem dar nada.
E acreditas que isso é liberdade.
Não é.
É prisão disfarçada de conforto.
Vais sentado.
Não por falta de pernas,
mas por falta de vontade.
Braços soltos, olhar vago,
como se o mundo te devesse movimento.
Empurram-te.
Eles.
Velhos, cansados, mas fiéis.
Ainda a carregar-te
como se fosses promessa por cumprir.
Como se amar fosse garantir que nunca caias,
mesmo que nunca aprendas a andar.
És adulto.
Mas recusaste o salto.
Preferiste o colo prolongado,
o caminho sem ferida,
a sombra do que nunca arriscaste ser.
Fazes-te pequeno
porque crescer implica dor.
E tu preferes que te amem imóvel
do que te enfrentem de pé.
Queres sucesso,
mas sem obra.
Queres destino,
mas sem jornada.
Queres tudo,
mas não queres pagar o preço de nada.
Vives numa redoma.
De vidro espesso,
mas temperado a afeto.
Um casulo onde o cordão umbilical
não foi cortado,
apenas esticado,
como uma corrente feita de ternura e medo.
Eles empurram-te porque te amam.
Mas o amor, quando não acorda,
também adormece.
Um dia cairão.
E não por cansaço,
mas porque chegou o fim.
E tu,
sem chão,
sem rumo,
sem desculpa —
descobrirás que a vida que evitaste
não te espera.
Nunca esperou.
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