Nem tudo e Facil de Cecilia Meireles
Espero ter cumprido muitas das minhas missões, as quais a mais importante, ter marcado a muitos corações.
Dor da alma, quem pode entender?
Quem sente ou já sentiu, pode até mensurar, mas verdade é que dor da alma cada um tem. É sentimento particular, peculiaridade do indivíduo SER. Dor da alma transcende a razão, faz chorar o espírito, afasta o amor, traz sensações do esquisito, coisas fora da compreensão.
Dor da alma, quem pode decifrar, qual seja o remédio, para esta extirpar.
Diz o ser em seus ouvidos metafísico sensorial, que sor da alma precede de um grande mal, o EU doentio, cheio de um vazio existencial.
Sorte dos que a alma dói e conseguem reverter, ser liberto à dor da alma, ter alegria de viver.
Um sorriso no rosto, um brilho no olhar.
Uma alma que chora, sem lágrimas derramar.
É chorar de tristeza, ou rir pra não chorar.
Os risos de alegria podem muito amenizar.
Viver todos os momentos, aproveitar os bons e rogar a Deus que os maus não se perpetuem.
A humanidade acorda toda manhã mas continua dormindo diante de tamanha manipulação social. Um verdadeiro reality show com milhares de pessoas interpretando um personagem que não condiz com a realidade. Chegamos enfim ao reino da hipocrisia. Mas toda essa farsa vai acabar um dia.
As adversidades revelam as verdadeiras amizades. E as riquezas, o ajuntar dos oportunistas e suas falsas sutilezas.
O Cão Sem Plumas
A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.
Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.
Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.
Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.
Por isto gosto de pegar a estrada. É bom para fazer você lembrar que o mundo é maior do que o interior da sua cabeça.
As pessoas pensam em si mesmas como pontos se movendo no tempo. Mas acho que é o contrário. Estamos imóveis, e o tempo passa entre nós soprando como um vento frio.
"Bonedog"
Voltar pra casa é terrível, quer os cães lambam o seu rosto ou não.
Se você tem uma esposa ou apenas solidão em forma de esposa esperando você, voltar para casa é terrivelmente solitário.
De tal modo que você pensará na opressora pressão barométrica lá de onde acabou de voltar com afeição, pois tudo é pior após chegar em casa.
Você pensa nas pragas grudadas nos talos da grama, longas horas na estrada, assistência rodoviária e sorvetes e as formas peculiares de certas nuvens e silêncios com nostalgia, porque você nem queria voltar.
Voltar para casa é... simplesmente horrível.
E os silêncios caseiros e nuvens não ajudam em nada, além do mal-estar geral.
Nuvens, do jeito que elas são, são de fato suspeitas e feitas de um material diferente, do que daquelas que você deixou para trás.
Você mesmo foi cortado de um outro pano nublado, devolvido, remanescente, malfadado pelo luar, infeliz por estar de volta, esgarçado em todos os pontos errados, um terno desfiado, maltrapilho, surrado.
Volta pra casa, aterrissado da lua, forasteiro. A força gravitacional da terra, um esforço agora redobrado, desamarrando seus cadarços e os seus ombros, entalhando mais fundo a estrofe de suas preocupações em sua testa.
Você volta para casa afundado, um poço ressecado ligado ao amanhã por um frágil fio de... Enfim.
Você suspira no massacre de dias idênticos, que é melhor aceitar, de uma vez.
Bem... enfim, você voltou.
O sol sobe e desce como uma puta cansada. O clima imóvel como um membro quebrado, enquanto você não para de envelhecer.
Nada se move, além das marés de sal no seu corpo. Sua visão embaça, você carrega o seu clima com você, a grande baleia azul, uma escuridão esquelética.
Você retorna, com uma visão de raio x, seus olhos se tornaram famintos. Você volta pra casa, com seus dons mutantes, para uma casa óssea.
Tudo o que você vê agora, é tudo... osso.
(Poema Bonedog, de Eva H.D.)
Suspeito de que os humanos sejam os únicos animais que sabem a inevitabilidade de suas mortes. Outros animais vivem no presente. Os humanos não podem, então inventaram a esperança.
Até ideias falsas e ruins de filmes querem viver. Como se crescessem no seu cérebro, substituindo ideias reais. É o que as torna perigosas.
“Uau” é uma exclamação que serve para tudo. Acabei de perceber. Pode significar que você adorou ou que não tem palavras para descrever a porcaria que é.
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