Nem Sabes Chegaste quando eu te Sonhava Poema
Foi há muito tempo
Mas eu ainda me lembro
Como se fosse hoje
Por amor a um grande amor
Deixe de viver um grande amor
O que é isso, o poeta?
Poeta é aquele ser estranho
E cujas palavras
Eu encontro palavras
Para explicar a minha dor
E o meu amor
Eu sigo calçando
com os meus passos inquietos
alegrias se apressando
e passados secretos
contorno
retorno
revivo
A ânsia que me consome
já fragmenta meus resquícios sanos
minh'alma anorexica, com fome
causa em mim severos danos
enlouquecendo
tremendo
temendo
As mãos que acariciavam
agora estão cansadas
das noites que mutilavam
do depois tão machucadas
naufragando
alucinando
lutando
Há dias de glória em meu olhar
e tormentas na tardia neste sorriso
me equilibro para me livrar
do pavor que tanto esquivo
sentindo
exaurindo
afligindo
Então a culpa se alastra
como um vírus imortal
parecem animais com mordaça
pedante e demasiado bestial
julgada
ignorada
...
...
...
lágrimas de uma invisível.
Eu sou meio eu
E, tambem meio voce.
Inexisto sem meu eu
Pouco existo sem voce
Dois mundos em um so mundo
Nao sei em qual estou
Foi apenas num segundo
Que tudo mudou
Eu era apenas um
Agora sou mais que um
Nao sei como aconteceu
Eramos os dois sós
Hoje somos um nós
Dividindo o mesmo eu.
Por tanto tempo
eu olhei suas fotografias.
Acariciei a pele do papel,
colei sua foto no meu travesseiro
na esperança inserir você em meus sonhos.
A eternidade que passei aqui
fez meus olhos arderem
e desregulou meu coração.
Segurei suas fotos junto ao meu peito
como uma criança faminta
segura um prato de refeição,
como um astronauta aposentado
admirando de longe a lua
que um dia lhe pertenceu.
Roney Rodrigues em "Câmara escura"
Faltou algo no meu céu,
o brilho de estrelas mortas
levando anos luz para me acertar.
Eu fico vagando por aí,
sendo golpeado por meteoritos,
cometas e
olhares apaixonantes.
Em uma noite de céu turvo,
olhei no fundo da sua galáxia,
na profundeza que é você,
eu soube nesse instante:
Seu abraço seria meu:
Seu corpo, minha morada;
Seu carinho, a chave dessa jaula.
Eu vou chegar perto da sua pele,
vou me encostar, vou me perder.
você sempre soube,
estive doente aguardando
a cura cair do céu.
Me tornei dependente desde que
me mudei para o seu sorriso.
Em dor eu sempre ofereço:
Meu corpo ao seu lazer;
Minha poesia à sua memória.
Roney Rodrigues em "Lágrima Láctea"
Eu dirigia na estrada da vida.
Lembro que a tempestade rugia lá fora.
O pavor era vibrante, o medo era palpável.
Eu guiava com cautela e temor
sempre a vigiar o retrovisor,
Lia com atenção as placas.
Ao entrar na curva do teu corpo,
eu virei o volante, o corpo não respondeu.
Os pneus não tiveram aderência, eu capotei.
Os estilhaços, o horror,
a dor de saber tarde demais
que o melhor a fazer era ter esperado
o mau tempo passar.
Roney Rodrigues em "Aquaplanagem"
Eu nao me esqueço daquele olhar
aquele beijo
a lua e testemunha do nosso beijo
o sol e testemunha do meu amor
E as rosas São apenas complacentes ao meu amor a sua beleza
The Silence
O que faço eu?
Quanto para eles
O meu silêncio é perturbador
e o meu falar é devastador?
Meu Presente
...Às vezes em silêncio
Com o coração ferido
Eu mar, choro.
Teus vestígios ao meu redor
Meu cortante adorno
Eu ser, me procuro.
Cinzas invadiram meu leito
As dimensões do amor
Eu poeta, não escrevo.
E eu, olha eu aqui agora. E mais do que nunca, exigente estou, mais ainda tornei-me por questão de ter mais evoluído e agora então, estar mais branco como a paz. A paz que tem o perfume das flores do campo e o som dos pássaros silvestres que degustam águas num recanto escuro.
E é neste campo, que um grande dragão mata todos os homens que escravizam e que assassinam.
É aqui que moram a imensidão e a imensidade di flores. Até a infinidade.
Escravizada o homem fez a natureza. Os cantantes, ele colocou em gaiolas; as flores em vasinhos de plantas e os animais presos à arados e carroças. Roubou o mel das abelhas, comeu os favos e bebeu o leite das cabritinhas. Com a gordura concentrada, fez a manteiga e vários acepipes. Fez tudo e fez dela (a natureza), desorganizada e escravizada até a alma.
Estragou o solo e matou. Matou de novo e mais e mais até então, e continuará à fazer aquilo o que é mal todo instante.
Das flores faz perfumes e diversos itens de beleza à alma assassina com sentimentos de inocência.
Eu só quero olhar para algum lugar, mesmo que com outros olhos, e dizer, raie sobre meu coração, pensamentos e compleição, a razão mais e mais até não haver mais escuridão. E que o brilho dissipe o escuro nos corações, mentes e compleições alheios(as), e contamine com o amor a alma completa de cada ser
LUCIDEZ
Lucidez. Dez vezes lucidez e dezenas de vezes mais lucidez dessa boa e verídica lucidez que contamina a alma com toda a razão como que uma perpétua oração de nossos corações plenos. Pois és o sentimento altíssimo como gotas de puro mel à escorrer dos favos divina colmeia em excesso do mais doce...
*16-05-2015 / Edson Felix.Locução
[Dedicado ao mundo verde]
A bola
Eu sou Márcio Filho
Prazer em conhece-lo
Eu vim de São Paulo
Sou um segundo Ronaldo
Que bate com categoria
Para a nossa alegria
Infelizmente empatamos com o oponente
Mas agora vou fazer um gol nesta hora
Agora eu digo:
Felizmente estamos ganhando do oponente
O oponente não é pário para agente
Mereço um presente
Vou ficar contente.
(Márcio Filho)
Isolantes.
Eu não tenho medo,
não temo o sangue jorrando
ou o diabo sorrindo,
eu morrendo e
você fugindo.
Eu não peço perdão,
não me arrependo de sorrir pra morte,
pular do céu,
deixar a par da sorte,
de arrancar o vel.
Eu aceito a felicidade , eu aceito ser feliz
Mas não aceito ser o que você diz
A desordem não me acompanha e a luz brilha
Meu caminho é estreito mas é feliz
A carta que ainda não recebi
Mas faz parte da minha vida
Os papéis escrito é o que você diz
Não temerei as escritas e você está
Sendo a maior conquista que já conquistei
Deixo meu coração ser feliz e te encontrar
Onde deixei
Nas margens dos rio eu descansava
Pouco curtia , o nosso encontro
Estava preste acontecer e de madrugada
Não pude me conter
Deixei recados na beira do rio
E tomara que veja e leia
O tanto que eu escrevi
Não deixe de ler ,são frases pra você
Me entender o tanto que me esforcei
E só assim posso criar coragem
De dizer que te amo e serei feliz
Incertezas
''Quem sou eu '' ?
A incrível busca de algo (...) que não sabemos diretamente o que seria este algo ou o que seria Eu.
Buscamos tantas coisas, grandes e pequenas, altas e baixas, abstratas e nítidas, mais de onde será que vem esse sentimentos ''de busca '' existencial? buscamos construir algo ou tentamos nos auto- construir?
Creio que ... a vida seja uma grande construção que pode ser interrompida a qualquer momento, desencadeando uma angústia e ao mesmo tempo um prazer (...) talvez, esse seria o sabor da vida ... INSÍPIDA (sem gosto) , tão intensa e angustiante, ao ponto de não identificarmos o seu sabor.
O homem
Eu olho o seu perfil...seu dissimulado refil
E te vejo do avesso
Tentando te desvendar
E nessa minha descoberta as lágrimas me correm pelos olhos, pois ja não és aquilo que me encobre...
E quando penso a seu respeito ilusório...
eu fito meu pensamento...
Pois a dor e a tristeza é o que me traz contentamento...
E quanto mais te descubro te desvendo dentro de mim...
maior é o sofrimento...
Pois na minha doce cabeça e no meu sonho matreiro te desenhei como um galante um verdadeiro cavalheiro...
e com seu porte falante me enredei de primeiro...
pensavas que eras um doce e muito verdadeiro...
É me engano então...
com essa forte paixão..doendo o coração...
Em acreditar em algo que foi apenas ilusão...
#Dani Carvalho
AMOR
Além do alcance dos
Meus delgados sonhos,
Onde eu posso me entregar,
Reina meu eterno coração
Apaixonado desprovido de
Mistérios quando
O emblema do Amor
Reacende tua chama,
Acalanta-me no virtuoso
Momento em que teu
Olhar reflete no meu
Raios soberanos,
Aniquilando as
Marcas mórbidas
Oriundas de uma busca
Repleta de obstáculos,
Acende-se então a chama
Mágica do encontro
Ostentado pela dádiva
Recíproca de teu chamado,
Alvorecido em cada gesto,
Movido pela ansiedade de
Ofegantes desejos, viver eternas
Realidades em teu coração,
Assim
Muitos
Outros
Resplandecem.
APRENDER
Eu mesmo não queria
Que as flores retornassem
Ainda verdes de se ver
E cavei o chão do tempo
Para enterrar as cáusticas
Que me puseram
Enquanto a chuva cantava
O inverno mais frio
No tom da minha lástima
No espelho d’água que surgia
Eu via meu sorriso bailar
E o meu olhar aplaudir
Agora eu quero me aquecer
Na luz mais quente
Do olhar que horas me prova
Que as flores dadas
São gestos adversos
A quem se deveria fazer.
BAHIA DA POESIA
Filho:
Oxente mainha,
eu obedeço a senhora,
mas num quero comê camarão não.
Mãe:
Destá,
então vá catá coquinho na praia
porque tu num tem querer não.
— Olhou para o céu,
vestido de azul e branco,
olhou para o mar,
vestido de azul e branco.
Filho:
Vixi, hoje tem baba!
— Aperreou com a bola e partiu
com a boca cheia de dente
a caminho do mar.
