Natureza
Ao pé dum calvário
De uma rosa, uma pétala pendia inerte
E, incerta, murmurava então: "Será que vou?"
Súbito veio o vento, e a pétala lá voou,
Abandonada às dúvidas que o medo verte.
Dir-se-ia que, naquele terrível cenário,
Repousara ela, tímida, ao pé de um calvário.
Não aguento
Um dia vou sair daqui... esse é o pensamento mais recorrente na minha mente. É que quando se chega não tem muito mais o que fazer, se chega mesmo sem querer nos lugares, somente porque a gente precisa ficar, na maioria das vezes, justamente para um dia poder sair. Não só dali, mas da vida que leva, da miséria que todo dia seus sonhos serra ou da monotonia que a abundancia traz.
Um dia eu vou sair... Desafiar o mundo? Não, não mesmo. O mundo eu já desafio o dia inteiro, dá para vencê-lo, mas e daí? O que eu tento mesmo é desafiar a mim. Quero me desafiar a dar aquele grito de não aguento mais, a pegar logo o nojo da rotina e sair por aí fazendo o que não se faz.
Não quero o lanche que me dão, não quero a prometida promoção, nem o luxo, nem uma mansão. Tudo isso fica e não atende minha satisfação. Um dia eu vou embora, explorar minha natureza ficar onde quer que esteja pelo tempo que durar. Só precisar do que eu tiver.
E ao Teu falar
A cem bilhões de estrelas brilho dás
Planetas nascem com o Teu soprar
Se as galáxias Te adoram, eu também
Posso ver Teu coração na criação
Cada estrela um sinal do Teu perdão
Se a natureza louva, eu também
Ter filhos não é um projeto de vida ou um sonho particular, como viajar para os Himalaias. É antes uma questão de justiça cósmica e de rigor filosófico. Alguém sem filhos torna-se quase sempre um sujeito insensível e idealista, em razão de seu conhecimento brutalmente amputado da natureza humana.
Admiro as plantas que vivem neste apartamento.
Sem água fresca, cortinas fechadas, pouca conversa.
Respeito estas plantas: pequenas, robustas, teimosas.
Sem ninguém por perto quando o sol castiga.
Sem quem abra a janela para entrar a brisa.
Sobre a mesa da sala, no banheiro, na varanda.
Em silêncio, orgulhosas.
Não morreriam a troco de nada.
A sim como nos olhos do lince, os meus também podia refletir toda emoção do que era está livre... do que era viver a natureza.
Lá eu estava, eu podia vê-la, eu podia senti-la. O vento recaia sobre os pinhos; e as montanhas pareciam tocarem o azul celeste do céu. Eu estava finalmente a onde sempre sonhei está.
VEM CÁ
Qual a graça de ser sem graça?
Vem cá, o topete em pé só fica bem na
Calopsita!
Qual a graça de cerrar os dentes
E ignorar o morador de rua?
Vem cá, ele é ser humano assim como
Você!
Qual a graça de estar em meio a
natureza se o que contempla é apenas o
Celular?
Vem cá, aplica o outro significado da frase e curta a rede!
Qual a graça de frequentar a igreja
Se ao sair debocha da vestimenta do
Desconhecido?
Vem cá, a aparência só serve para
Nos diferenciar no caráter daqueles que a Julgam!
De tolos mal-humorados o mundo está cheio, pois seja então, a graça de alguém.
Com simplicidade me guiei pela estrada em busca de algum caminho que conduzisse ao horizonte mais próximo.
Faz falta, a presença de meios comunicações sérios, num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.
"O sol brilha para todos. A lua ilumina para todos. Uma árvore não escolhe quem deve apanhar seus frutos. Essa é a lei universal da igualdade."
O barulho da chuva é um som que tranquiliza a alma.
É igual um abraço de alguém que gostamos, que acalma todos os momentos ruins e a insegurança.
A chuva trás um sentimento de desabafo da natureza, que nos traz paz no espírito.
O marmeleiro descasca
no seu verde antigo
o açude racha
no seu mar antigo
o mormaço
esse nem dá as caras
e a gente vive
disso tudo já vivi
sou amigo disso tudo
não precisa desse medo
Vez ou outra eu respiro bem devagar, fecho os olhos, e sinto o toque leve da brisa acariciar minha pele, vez ou outra paro para escutar o som dos pássaros e sentir o calor do sol, vez ou outra volto a abrir meus olhos e comtemplo a imensidão dos mares, o brilho dourado de um nascer ou pôr do sol, a fauna, os vários tons que a natureza tão generosamente exibe, vez outra coloco meus pulmões a funcionar mergulhando em águas para apreciar as criaturas e criações de quem no alto está. Vez ou outra me pego a rezar para o homem preservar o que está a devastar.
Ouvi das nuvens uma cantoria,
gotas que em chuva vieram,
trazendo do céu a poesia
que pessoas e natureza esperam
Como vou continuar ensinando meus alunos a construírem castelos de pedras se os de areia são recomendados pela natureza e remodelados constantemente por quaisquer ventos?
"Uma árvore sempre perde suas folhas antes de voltar a ser bela, assim como nós nunca vamos chegar ao topo sem antes ao menos tentarmos nos levantar."
