Não tenho medo da morte
Vida com medo é morte disfarçada. Não há nada mais natural do que a morte. Goste ou não ela faz parte da vida e a cada dia estamos mais próximos dela. Tão importante quanto não desejá-la é preparar-se para sua chegada. Para alguns esse dia será o começo da vida eterna e para outros um encontro permanente com o que se teme. Tema a Deus e viva!
Não tenho medo da morte
Da fome, da estupidez ou do frio
Destas coisas eu sempre me esquivei
Porquanto, a solução pra todas elas
Podem ser encontradas por mim
Meu medo é não saber achar
Aquelas coisas que independem
da boa vontade da gente
Pois, sem elas
Tudo mais não tem valor algum
E sem elas não se vive uma vida
Sobrevive-se somente
Engole-se diariamente
O gosto amargo das desilusões
O peso da carga que advém
Resultantes do desdém
e da maldade alheia
Não tenho medo de parar meu coração
Eu tenho medo de não conseguir
Estancar o corte ou espantar a dor
Se porventura alguém a quem amar
Me pedir pra curar um corte em seu dedo
Não tenho medo de perder
Nada daquilo
Que novamente vai brotar
Eu tenho medo pelas coisas singulares
Coisa que não se conta
Não se recria, depois que se desmonta
Incomparáveis, sui generis
Coisas sem par
Tudo que eu preciso
é de um singelo sorriso
Não peço ao vento que me traga
Me diga onde está
Que eu vou buscar
Edson Ricardo Paiva
Você nunca viverá de verdade, enquanto não morrer por uma causa que te faça viver com medo da morte.
"Não tenho medo da morte. Tenho, sim, muito medo é do sofrimento que possa vir antes e depois dela."
Não tenho medo da morte....
tenho é pena não ter vivido mais...
das viagens que não fiz, gostaria de ter feito
das rosas que não toquei e do seu perfume
das músicas que não ouvi.....
dos versos e poemas que não escrevi
da chuva que muitas vezes fugi....
do mar que eu tanto amo...
dos dias que tive medo de viver
de amar, de sonhar, de sentir
Quando eu partir meu amor cobre-me.....
de pétalas de rosas e de orquídeas...
e lembra-te sempre de mim.!
Não é mais medo da morte,
Tampouco ânsia de vida
Não é infidelidade
Também não ligo pros erros dos outros.
Eu sei o que todos pensam
Que penso no quanto errei
E no tanto de coisas do mundo
Que deixei pra trás sem pensar
A verdade é um pouco mais estranha
Complexa, embora pequena.
Penso no tanto que penso
E se penso o que deveria pensar.
O tictac do relógio se cala
E sem cessar eu o busco ao lado
O escuro é escuro demais
E o claro me fere os olhos
Tem alguém do meu lado coberto da cabeça aos pés
Eu não o conheço bem
Mas sei seu nome e lembro de seu rosto
Quase que perfeitamente
Penso nas dores que já não sinto
Penso nas coisas que não me importo de ter perdido
Penso no futuro que não tenho pressa pra que chegue
Penso na vida que estou levando calmamente
Corro o dia todo
Desafio a mim mesma e venço a mim mesma
Me perdoo também
Como ensinou Zaratustra
Nada porém me ocorre
Nada me cerra os olhos
Nada deveras existe
Que me faça adormecer em paz
Nada se não palavras.
Estou cheia delas.
Para que eu não exploda o mundo usa a noite
Para que as solte
Pois que se vá
Estou superlotada
E vocês não me pertencem,
Palavras.
Eu não tenho medo da morte por que não acredito de fato que ela exista, mas por vezes me apavoro diante a vida, por conta das situações concretas que ela me impõe.
"As pessoas tem tanto medo dá morte, mas o meu medo não é de morrer, é de morrer e ninguém sentir minha ausência."
Não tenho medo da morte. Isso é inevitável. Tenho medo da velhice. Pois nos tornamos reféns de nossos próprios corpos e de pessoas dispostas a nos despachar para o Além o mais rápido possível.