Nao sou uma Pessoa que Espera a Elogiar
Talvez a pergunta que se faça seja: o que esperar de uma CPI do Crime Organizado feita pelo Crime Desorganizado?
O espetáculo começa antes do expediente.
Os refletores acendem, os microfones se aquecem e os justiceiros-influencers ajeitam o paletó como quem ajusta o figurino do herói.
O povo, já acostumado à reprise, senta-se diante do mesmo palco e ainda finge surpresa.
Enquanto o Crime Organizado age com método, silêncio e disciplina de quartel, o Crime Desorganizado tropeça nas próprias narrativas, encena virtudes e ainda transforma a nossa indignação em conteúdo patrocinado.
Um se esconde nas sombras; o outro, nelas se promove
Dizem que o desorganizado é menos perigoso — mas o caos, quando ganha crachá e holofote, se torna uma arma mais letal: convence a parte apaixonada do povo de que combate o mal, quando apenas disputa o comando dele.
O resultado é o mesmo: o crime segue impune, apenas muda de palanque.
E o público, anestesiado por discursos reciclados, ainda aplaude a encenação da ética feita por quem a vende em lotes.
No fim, o verdadeiro crime não está nas ruas, mas nas mentes que já se acostumaram com o circo.
Porque o que se investiga, afinal, não é o crime — é o espetáculo do crime.
E o país, cansado, segue acreditando que o palácio difere da cela... apenas porque as grades do poder são douradas.
Com tanto humano latindo, muito em breve, dialogar será privilégio dos cães.
Há uma medonha cacofonia tomando conta do mundo.
Fala-se muito — mas ouve-se quase nada.
As palavras, outrora pontes entre consciências, hoje se erguem como muros de pura vaidade.
Infelizmente, o verbo já está perdendo o dom de unir.
Transformando-se em arma, em ruído, em reflexo de uma humanidade que insiste em confundir — por maldade, descuido ou capricho — tom e volume com a razão.
Cada um late a própria certeza, a própria verdade,
defendendo-a como quem protege um osso invisível.
Nos palcos digitais, nas praças e nas conversas de esquina,
o diálogo virou duelo,
a escuta, fraqueza,
e o silêncio — que quase sempre foi sabedoria —
agora é interpretado como rendição.
Latimos para provar que existimos,
mas quanto mais alto gritamos,
menos presença há em nossas vozes.
Perdemos o dom de conversar
porque deixamos de querer compreender.
Estamos quase sempre empenhados em ouvir só para responder.
Talvez, por ironia divina,
os cães — que nunca precisaram de palavras —
sejam hoje os últimos guardiões do diálogo.
Eles não falam, mas entendem.
Não argumentam, mas acolhem.
Escutam o tom, o gesto, o invisível…
Enquanto o homem se afoga em certezas,
o cão permanece fiel à simplicidade da escuta.
E quando o mundo estiver exausto de tanto barulho,
talvez apenas eles saibam o que significa realmente conversar:
olhar nos olhos, respirar junto,
e compreender o que o outro sente —
antes mesmo de dizer.
Porque, no fim das contas,
o diálogo nunca foi sobre ter razão,
mas sobre ter alma suficiente para ouvir.
E talvez, enquanto o humano retroalimenta o medo do cão chupar manga,
o maior — e único — medo do cão
seja tanto humano latindo.
É muito Feno para tão pouco sal...
Talvez seja melhor temperar com uma boa pá de cal.
Haja sal para a quantidade assustadora de Feno necessário...
Quando a desproporção chega a esse ponto, já não se trata mais de tempero, mas de engano.
Talvez seja mesmo melhor recorrer a uma pá de cal, não para enterrar expectativas, mas para sepultar de vez as ilusões que insistimos em alimentar.
Porque certas mesas, por mais que pareçam fartas, só servem palha; e certos banquetes, por mais barulho que façam, não sustentam ninguém.
No fim, a verdadeira sabedoria está em abandonar o que só ocupa espaço e buscar o que, ainda que pouco, de fato, nos alimente.
No jogo democrático, quem precisa diminuir, demonizar ou desumanizar o outro para sustentar uma opinião, pode — também — acreditar que a única ideia válida seja a dele.
Mas há um vício muito silencioso neste jogo: quando alguém precisa diminuir, demonizar ou desumanizar o outro para sustentar uma opinião, já não está defendendo ideias — está protegendo certezas.
E toda certeza que não suporta a existência do contraditório passa a exigir exclusividade, como se o debate fosse ameaça e não fundamento.
É nesse ponto que a democracia deixa de ser arena de escuta e vira palco de monólogos.
Não se argumenta para convencer, mas para calar.
Nem se discorda para construir, mas para anular.
Quem acredita que só a própria opinião é válida, não busca diálogo; busca submissão.
E onde a divergência é tratada como inimiga, a democracia não perde só o tom — perde o sentido.
O amor é uma travessia em mar aberto: a fé é a bússola, o companheirismo é o remo compartilhado e a dedicação é o que nos impede de abandonar o barco nas tempestades."
"Quem se desmancha para colorir o mundo alheio acaba terminando a jornada como uma folha em branco."
Até o impossível começa a fazer sentido quando as mentes certas se encontram para uma xícara de café.
Finalizar um trabalho de conclusão de curso é análogo a você pedalar até o topo de uma montanha.
Se olhar para o topo, a tendência é desistir no meio do caminho.
Mas, se focar no que está apenas na sua frente, chegará ao objetivo.
"A melhor e a pior desculpa são uma só: falta de tempo. Se há tempo como pode haver falta? O que existe é falta de prioridade, desorganização na agenda, mentira ou tudo isso, junto!"
Frase Minha 0015, Criada no Ano 2006
USE, MAS DÊ BOM EXEMPLO.
CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
" 'Dê-me um limão e eu ensino você a fazer uma limonada', disse alguém. Mas, se o interesse é pela laranjada, só mesmo um 'milagreiro'! "
Frase Minha 0038, Criada no Ano 2006
USE, MAS DÊ BOM EXEMPLO.
CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
"É de amargar isso de 'tumor benigno'. Como uma porcaria de tumor pode ser algo 'benigno? Caramba!"
Frase Minha 0081, Criada em 2006
USE, MAS DÊ BOM EXEMPLO.
CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
" 'Na minha humilde opinião' tem sido uma das mais falsas opiniões que já ouvi (e continuo ouvindo)!"
Frase Minha 0128, Criada no Ano 2007
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CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
"Com quantos paus se faz uma canoa? Acredito que irá depender de quantos homens estejam lá para fazer a tal canoa. Ou existe outro cálculo?”
Frase Minha 0173, Criada no Ano 2007
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CITE A FONTE E O AUTOR:
thudocomh.blogspot.com
"Cozinhando com o coração de uma dorameira: cada ingrediente é um personagem, e o resultado é pura magia!"
----- Eliana Angel Wolf
