Nao Obrigo que Ninguem Goste de Mim

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Não se concentre tanto nas minhas variações de humor, apenas insista em mim. Se eu calar, me encha de palavras, me faça querer dizer outra e outra vez sobre você, sobre nós, e todo esse amor. Se eu chorar, não me faça muitas perguntas, não precisa nem secar minhas lágrimas. Só me diz que você continuará comigo pra tudo, que tenho teu colo e teu carinho. E ainda que te doa me ver assim, me envolva nos teus braços e diga que eu posso chorar, mas que você não sairá dali enquanto eu não sorrir. Porque é isso que nos importa, não é? O sorriso um do outro. Não é?

O cru
(22/09/2007)

Eu tenho um mundo lindo dentro de mim
Eu sou tão sincera que não acredito que os outros possam mentir para mim
Eu me entrego tanto, que estranho quando não se entregam também a mim
Eu sou tão transparente, que denuncio tudo o que estou sentindo
E eu sou tão intensa que as pessoas, às vezes, têm medo de mim.

Eu não sei viver fingindo ser quem não sou
E nem vou negar os meus sentimentos para fazer joguinhos
Isso não é de mim,
Que ninguém espere isso de mim.
E que ninguém confunda minha entrega com desespero,
Porque eu me amo e sei do valor que eu tenho.

Eu sou o que sinto e vivo o que penso.
Quebro a cara, mas me reconstruo.
Não tenho medo de amar
E nem tenho vergonha de me expressar.
Quero da vida tudo o que ela possa me oferecer
E, se vierem lágrimas,
Deixarei que elas escorram firmemente sobre a minha face
E depois as enxugarei,
Quantas vezes forem necessárias,
Sem nunca me arrepender de ter vivido.

Houve um tempo em que eu achava que precisava de alguém para ser feliz.
Esse tempo, felizmente, passou.
Hoje, Deus me faz feliz.
Ele me basta.
A presença dEle me alegra e me sustenta
E, todos os dias, Ele me salva dos gigantes que tentam me derrubar
E o Seu amor faz com que eu agradeça por cada dia,
Mesmo que esse dia não tenha sido o melhor dos meus dias.

Já passei muito tempo me negando.
Já acreditei que eu sempre tinha que mudar para agradar a todos.
Essa época, graças a Deus, passou.
Só Deus me importa agora!
Mesmo que eu ainda erre tanto
E viva o hoje com a ansiedade de quem pensa que o mundo vá se acabar no outro dia,
Eu sei que Deus me ama apaixonadamente do jeitinho que eu sou.

E é por causa dEle, do amor dEle,
Que ainda acredito que ser sincera e amar não é ridículo,
Que se entregar não é loucura,
Que sorrir é fundamental para ser feliz
E que confiar nos outros, ainda hoje, também é possível.

Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos. (...)

Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.

Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Divã. Rio de Janeiro: Objectiva, 2002.

Grande Edgar

Já deve ter acontecido com você.

- Não está se lembrando de mim?

Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra?

Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir.

Um, o curto, grosso e sincero.

- Não.

Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você devia ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.

Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.

- Não me diga. Você é o... o...

“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:

- Desculpe deve ser a velhice, mas...

Este também é um apelo à piedade. Significa “Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!” É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.

E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.

- Claro que estou me lembrando de você!

Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:

- Há quanto tempo!

Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.

- Então me diga quem eu sou.

Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:

- Pois é.

Ou:

- Bota tempo nisso.

Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como “jabs” verbais.

- Como cê tem passado?

- Bem, bem.

- Parece mentira.

- Puxa.

(Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)

Ele está falando:

- Pensei que você não fosse me reconhecer...

- O que é isso?!

- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.

- E eu ia esquecer você? Logo você?

- As pessoas mudam. Sei lá.

- Que idéia!

(É o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo, amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)

- É incrível como a gente perde contato.

- É mesmo.

Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.

- Cê tem visto alguém da velha turma?

- Só o Pontes.

- Velho Pontes!

(Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes...)

- Lembra do Croarê?

- Claro!

- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.

- Velho Croarê!

(Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)

- Rezende...

- Quem?

Não é ele. Pelo menos isso está esclarecido.

- Não tinha um Rezende na turma?

- Não me lembro.

- Devo estar confundindo.

Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.

- Sabe que a Ritinha casou?

- Não!

- Casou.

- Com quem?

- Acho que você não conheceu. O Bituca.

Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?

- Claro que conheci! Velho Bituca...

- Pois casaram...

É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.

- E não me avisaram nada?!

- Bem...

- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!

- É que a gente perdeu contato e...

- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.

- É...

- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!

- Desculpe, Edgar. É que...

- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam...

(Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”)

- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?

- Certo, Edgar. E desculpe, hein?

- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.

- Isso.

- Reunir a velha turma.

- Certo.

- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca...

- Bituca.

- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?

- Tchau, Edgar!

Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” não dirá nem não. Sairá correndo.


Este texto está nos livros As mentiras que os homens contam, Comédias da vida privada e O suicida e O computador.

Não desiste de mim. Por trás de tanta indecisão tem alguém que precisa de companhia mesmo fingindo que não. Tem alguém que odeia todo mundo num segundo e chora de saudades de todos no segundo seguinte. E de você principalmente.

Dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes e talvez tenha inventado apenas para me distrair nesses dias onde aparentemente nada acontece e tenha inventado quem sabe em ti um brinquedo semelhante ao meu para que não passem tão desertas as manhãs e as tardes buscando motivos para os sustos e as insônias e as inúteis esperas ardentes e loucas invenções noturnas.

Não use drogas, não faça sexo sem proteção, não seja violento. Deixe isso para mim.

“Você não tem a menor noção do seu efeito sobre mim.”

Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo.

Poema Para Um Amor Ainda Não Correspondido

A primeira vez que te vi pra mim não era nada além de mais um na minha vida,
Você não era importante aos meus olhos... Só era mais um na minha vida.
O tempo foi passando e durante nossas longas conversas fui te conhecendo
Te percebendo e vendo o quanto era diferente dos outros...

A partir daquele dia sentir que tudo em mim havia mudado
Meu jeito de ser, meu jeito de viver e até o meu jeito de ver e entender as coisas
Pensei em até estar confundido as coisas...
Mas percebi que à medida que o tempo passava eu gostava mais e mais de você
Que podia não ser mais um na minha vida.

Que sensação é essa que me faz ver tudo azul?
Dentro de mim há uma mistura de medo e felicidade toda vez que te vejo,
Sofro quando não te vejo,
Alegro me quando escuto tua voz.
Você consegue me explicar o que seria isso?
Não poderia...

Pois nem sabe o que sinto por você...
Te ver com outra é a minha tortura, o meu desespero...
Me fingir de amiga apenas pra ficar perto de você
É o que faz meu coração doer toda vez que quero te dizer algo, mas não consigo
Tento te evitar, digo a todos que te odeio, minto pra mim mesma tentando dizer ao meu coração
Mas assim como eu é teimoso e não quer aceitar isso!

Eu queria ter raiva de você, mas não consigo...
Pois me desarmo quando você sorri, meu gelo se quebra quando encontro seu olhar
Me transporto para outro mundo quando sinto seu perfume...
Meu corpo sempre responde ao seu contato,
Minha pele quando toca a sua parece ficar em choque!

Imagino os teus lábios tocando nos meus,
Suas mãos passeando sobre mim...
Tento me concentrar, não pensar nisso...
Mas toda vez que escuto seus passos pelo corredor
Meu coração dispara, fico tremida e gelada.

Sei que percebeu, sei que quer que eu te conte,
Mas temo perder-lo:
Perder-lo como amor, perder-lo como amigo...

Me perdoe se não tive coragem para expressar o que sinto por você
Enquanto não tiver certeza desse amor,
Não poderei gostar de outra pessoa...
Hoje você não é só mais um na minha vida...
Hoje você é algo especial que nem mesmo eu posso explicar...
Aonde eu estiver aonde eu for saiba,
Que vou levar você dentro de mim...

E acredite, pelo resto da minha vida.

Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim.

Alguns dizem "Não vivo sem você", eu digo "Você não vive sem mim"

Eu não me importo com o que as pessoas pensam de mim.
Eu me importo com o que elas pensam delas mesmas.

Se você vir algo de bom em mim, lembre-se que não está em mim mas em si...

Pra você que não gosta de mim, deixo o melhor do meu sorriso, pois sei que nada te castiga mais do que me ver feliz!!

Não dou a mínima para o que os outros dizem. Faço isso por mim.

Tudo em mim é muito dramático. Não me leve tão a sério.

Não acredite nas mentiras que falam sobre mim...
Acredite nas verdades que eu falo sobre você! "

Acredite ou não, Stefan, algumas garotas não precisam ser persuadidas por mim. Algumas garotas não conseguem resistir à minha beleza, meu estilo, meu charme e à minha incrível habilidade de ouvir Taylor Swift.

A TV me respeita. Ela ri comigo e não de mim.

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