Nao Obrigo que Ninguem Goste de Mim

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O amor é um poema essencialmente pessoal.

As repúblicas acabam pelo luxo; as monarquias, pela pobreza.

A honra tem assim, as suas regras supremas, e a educação é obrigada a respeitá-las. Os princípios são que nos é sem dúvida permitido preocuparmo-nos com a fortuna, mas que nos é absolutamente proibido fazer o mesmo com a nossa vida.

Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem lhes compreender o sentido.

O homem mais sensível é necessariamente o menos livre e independente.

Ensinam-nos a viver quando a vida já passou.

Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição.

Deve-se usar da liberdade, como do vinho, com moderação e sobriedade.

Se você olhar atentamente você verá que existe apenas uma coisa e somente uma coisa que causa infelicidade. O nome desta coisa é apego. O que é apego? Um estado emocional de aderência causado pela crença de que sem alguma coisa particular ou alguma pessoa você não consegue ser feliz.

A luxúria é como a avareza: aumenta a sua própria sede com a aquisição de tesouros.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

A diligência é a mãe da boa sorte.

O que ganhamos em autoridade, perdemos em liberdade.

Os homens têm grandes pretensões e projectos pequenos.

Num Estado, isto é, numa sociedade onde há leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer-se o que se deve querer e em não estar obrigado a fazer o que não se deve querer.

A fé é a consolação dos miseráveis e o terror dos felizes.

O pensamento da morte engana-nos, pois faz-nos esquecer de viver.

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.