Nao me Importo com o que Pensam a meu Respeito
E se o medo de tentar ser forte para não nos descobrir Feitos de Dúvidas, fomentar a comercialização das certezas por aí?
Não é possível conceber o que é mais nojento, se o mau-caratismo de uma parcela esmagadora de agentes do estado, ou o dos que conseguem apoiá-los.
Com tantos incomodados com as flores que os mortos recebem, nota-se que a inveja não é pelo que se pode juntar — mas espalhar.
Talvez o que realmente doa em muitos que ainda respiram, de fato, não seja a homenagem tardia, mas a lembrança silenciosa de que algumas vidas, mesmo encerradas na terra, continuam semeando.
Há os que colecionam méritos, aplausos e conquistas como quem ergue as muralhas da vaidade; e há os que, sem sequer perceberem, deixam pétalas pelo caminho.
E é justamente aí que — quase sempre — nasce a inquietude: não na flor depositada sobre a ausência, mas na constatação de que há presenças que jamais se apagam.
Os vivos que não recebem flores — que lutem!
Ajuntem menos, espalhem mais!
Porque o verdadeiro legado não é aquilo que se acumula nos bolsos — é aquilo que, mesmo depois, insiste em perfumar o mundo.
Talvez os políticos-influencers não tivessem demorado tanto para instrumentalizar as redes sociais, se soubessem que poderiam alugar as nossas cabeças pagando apenas com a moeda barata das narrativas.
O que torna o mundo tão medonho não são feridos gemendo, mas a invalidação pelos que ainda não precisam gemer.
Não há jeito mais medonho de perder Tempo do que passar Tempo longe do Dono do Tempo.
Há os que erroneamente acreditam que o Tempo só se perde nas distrações, nos atrasos, nos desvios da vida…
Mas, na verdade, não há forma mais sombria de desperdiçá-lo do que tentar vivê-lo longe Daquele que o sustenta.
Distante Daquele que até dele é Senhor.
Tempo sem sentido é aquele que tentamos carregar sozinhos — como quem tenta segurar água nas mãos.
Esse é o Tempo que inevitavelmente escorre, some e evapora.
Estar longe do Dono do Tempo é caminhar com pressa, mas sem destino; é preencher os dias, mas não a alma; é envelhecer por fora sem amadurecer por dentro.
Quando nos afastamos da Fonte, até os minutos pesam.
Mas quando nos reaproximamos, até o silêncio floresce.
O Tempo ganha outra textura quando lembramos que não somos seu dono, apenas passageiros.
E que sentido maior existe do que entregar essa travessia a quem conhece todos os portos?
No fim, o maior desperdício não é o Tempo perdido — é a vida não vivida na presença de quem a criou.
É ali, e apenas ali, que os dias se encaixam, que as horas respiram e que o Tempo, enfim, encontra propósito.
Tempo bom é aquele vivido nos braços de seu Dono!
Não me preocupo com os que acreditam em Papai Noel, mas com os que alugam as cabeças e ainda acreditam que pensam com elas.
No fundo, a inocência dos que acreditam em Papai Noel ainda lhes conserva alguma forma de beleza.
O que realmente inquieta é perceber quantos, já adultos, seguem alugando as próprias cabeças — entregando seus pensamentos a quem grita mais alto, a quem promete atalhos, a quem dispensa qualquer reflexão.
Assusta menos a fantasia do bom velhinho do que a fantasia medonha de autonomia que muitos carregam.
E carregam-na com tanta convicção que quase sempre ela é bordada nos berros.
Pensam que pensam, mas apenas repetem ecos, devolvem opiniões prontas, vestem certezas emprestadas.
E, assim, vão cedendo o território mais sagrado que existe: o da consciência.
Talvez o verdadeiro e mais urgente milagre não seja acreditar em Papai Noel, mas resgatar o direito — e o trabalho diário — de pensar com a própria cabeça.
De duvidar, questionar, investigar…
De não permitir que ideias venham com contrato de aluguel, mas que sejam construídas com autenticidade, esforço e liberdade.
Porque, no fim, a maior ilusão não é a de um presente — embalado na inocência — na noite de Natal, mas a de viver sem perceber que a mente foi entregue ao comodismo, à manipulação ou ao medo.
E nada é mais urgente e necessário do que retomá-la.
Sob custódia da pá de cal, não há brechas para a famigerada “passação de pano”.
Porque a terra que sela o que foi feito — ou deixado de fazer — não negocia versões, não dilui culpas, não aceita desculpas tardias.
A pá de cal não apenas encerra histórias: ela revela, em seu silêncio deveras pesado, que todo ato tem peso próprio, e que nem todo peso cabe sob o manto da conveniência.
Ali, onde o último punhado cobre o inegável, percebe-se que o mundo só tolera o acobertamento enquanto ainda acredita ser possível reescrever o enredo.
Mas diante do irrevogável, a verdade emerge como eco: não há como lustrar o que apodreceu, nem como dourar o que se fez cinza.
É a justiça granítica da terra — simples, definitiva, incorruptível — lembrando que alguns erros não cobram explicação: cobram responsabilidade.
E que, quando o fim é posto, só resta aprender a não enterrá-lo outra vez dentro de nós.
Chega!?
Chega, já te perdoei as setenta vezes sete, vá e não peques mais…
Até o perdão tem um limite secreto onde a dignidade aprende a falar mais alto.
Já te perdoei as setenta vezes sete, e em cada uma delas deixei que o coração respirasse a esperança de que tu soubesses finalmente o peso do que fazias.
Mas o perdão, por maior que seja, não é convite para a repetição da mesma queda.
É aviso, cura, é último chamado.
Por isso, vá…
não como quem foge, mas como quem enfim entende que não se pode ferir o mesmo lugar para sempre e esperar que ele permaneça vivo.
E não pequeis mais — não porque o erro seja proibido,
mas, porque há um momento em que machucar alguém que te ofereceu todas as chances deixa de ser falha humana e passa a ser escolha deliberada.
Vai, então.
Leve contigo toda a soma de perdão, mas não esperes que ele continue sendo casa.
Algumas trilhas só viram caminhos quando alguém — finalmente — aprende a caminhar sozinho.
Vá em Paz e não peques mais!
E se você não estiver nesse futuro pelo qual tanto se cobra e, em nome dele, se impede de viver o agora?
Talvez o amanhã tenha se tornado um credor impiedoso, cobrando juros altos demais sobre uma vida que só pode ser paga no presente.
Promete-se sentido depois, descanso depois, felicidade depois — e, enquanto isso, o hoje vai sendo adiado, silenciado, desperdiçado…
Vivemos como se a existência fosse um rascunho, um ensaio para um tempo que talvez nunca chegue.
Ora, negligenciamos tanto o percurso que alcançamos nossos objetivos, mas perdemos a empolgação por fragilizar-nos demais.
E quase sempre guardamos abraços, adiamos risos, engavetamos sonhos, tudo para honrar um futuro que não garante presença nem permanência.
Mas se — ao final — descobrirmos que ele nunca nos incluiu nos seus planos?
O agora não é um obstáculo a ser superado, mas o único território onde a vida de fato acontece.
Negá-lo é trocar o certo pelo hipotético, o palpável pela promessa.
Não se trata de abandonar o amanhã, de deixar de sonhar, mas de lembrar que nenhum futuro vale o preço de um presente não vivido.
Talvez a verdadeira imprudência não seja viver intensamente o hoje, mas hipotecar a própria vida em nome de um amanhã que pode jamais nos chamar pelo nome.
O melhor dia para viver é hoje, às vezes o amanhã tem a estranha mania de ser tarde demais.
Não há sussurro mais bonito e charmoso que o da Sabedoria entre os berros dos Cheios de Certezas tentando silenciar os Cheios de Dúvidas.
Há um encanto muito raro no sussurro da sabedoria, porque ele não disputa palco nem precisa levantar a voz.
Enquanto os Cheios de Certezas berram para abafar as perguntas — como se o volume pudesse substituir a verdade —, a Sabedoria prefere caminhar entre as Dúvidas, reconhecendo nelas o início de todo entendimento.
Os gritos tentam impor, o sussurro convidar.
Os que se dizem completos temem os silêncios, pois neles moram as perguntas que desmontam suas convicções frágeis.
Já os cheios de dúvidas, mesmo inseguros, carregam a coragem de escutar, de rever, de aprender e até a humildade de se questionar.
É a eles que a sabedoria se dirige, não para oferecer respostas prontas, mas para ensinar o valor de perguntar melhor.
No fim, o barulho cansa e se esgota.
O sussurro permanece.
Porque só quem não precisa gritar, sabe que a verdade não se impõe — se revela, livre e leve, sobre as sandálias da delicadeza, a quem aceita não saber tudo.
“A parte da bíblia que você não crê, não precisa da sua validação para ser viva e verdade. Contra princípios não existem argumentos!”
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