Nao Magoe uma Mulher
O que torna uma pessoa especial é sua capacidade de viver intensamente por uma causa. São raras nos dias de hoje. Vive-se muito pela metade. Pessoas que se empenham na realização de seus sonhos não se conformam com a uniformidade. Assumem o preço de serem diferentes e, geralmente, nadam contra a corrente. Isso requer coragem. Coragem de ser, não simplesmente de fazer. Ser é mais difícil do que fazer, afinal, é no ser que o fazer encontra o seu sustento. Faço a partir do que sou. Não o contrário.
Tenho encontrado muita gente perdida no muito fazer. Gente que perdeu totalmente o referencial existencial de suas vidas. Gente que se empenhou e investiu na vida só para um dia poder fazer alguma coisa. Estudou, lutou, aprofundou, com o desejo de um dia poder desempenhar uma função. É claro que o fazer também realiza, faz feliz, mas não podemos negar que há uma realidade que precede o mundo da prática.
Entre ser feliz com a simplicidade da realidade e infeliz com uma falsa sensação de alegria que as fantasias causam, escolho a realidade.
Vi uma borboleta de cor viva
Em direção a um jardim de flores com cores vivas
Era bem livre e brincava de voar
No jardim perfumado repousava e se protegia em meio as cores
Que de tão vivas brilhavam como luz
E luz é a sua virtude
Me seguia como se me protegesse com sua leveza e sabedoria
Eu vi suas assas sobre a minha alma
Eu vi um novo caminho de desenhar feito com suas cores vivas.
Ei,
me coloca no colo;
faz cafuné
me cheira
me abraça
me beija;
Porque eu tô com uma vontade
e uma saudade enorme de você.
Apenas Ouça..Uma atenção silenciosa tem maior poder de consolo e cura, do que mil palavras bem intencionadas.
TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2007
Existe sempre uma coisa Ausente - Caio F.
Paris — Toda vez que chego a Paris tenho um ritual particular. Depois de dormir algumas horas, dou uma espanada no rodenirterceiromundista e vou até Notre-Dame. Acendo vela, rezo, fico olhando a catedral imensa no coração do Ocidente. Sempre penso em Joana d’Arc, heroína dos meus remotos 12 anos; no caminho de Santiago de Compostela, do qual Notre-Dame é o ponto de partida — e em minha mãe, professora de História que, entre tantas coisas mais, me ensinou essa paixão pelo mundo e pelo tempo.
Sempre acontecem coisas quando vou a Notre-Dame. Certa vez, encontrei um conhecido de Porto Alegre que não via pelo menos á2o anos. Outra, chegando de uma temporada penosa numa Londres congelada e aterrorizada por bombas do IRA, na época da Guerra do Golfo, tropecei numa greve de fome de curdos no jardim em frente. Na mais bonita dessas vezes, eu estava tristíssimo. Há meses não havia sol, ninguém mandava notícias de lugar algum, o dinheiro estava no fim, pessoas que eu considerava amigas tinham sido cruéis e desonestas. Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode então ir tanto para Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo — nada interessa. Viajante sofre muito: é o preço que se paga por querer ver “como um danado”,feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.
Enrolado num capotão da Segunda Guerra, naquela tarde em Notre-Dame rezei, acendi vela, pensei coisas do passado, da fantasia e memória, depois saí a caminhar. Parei numa vitrina cheia de obras do conde Saint-Germain, me perdi pelos bulevares da le dela Cité. Então sentei num banco do Quai de Bourbon, de costas para o Sena, acendi um cigarro e olhei para a casa em frente, no outro lado da rua. Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa: “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. Daquela casa, dizia aplaca, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura.
Fazia frio, garoava fino sobre o Sena, daquelas garoas tão finas que mal chegam a molhar um cigarro. Copiei a frase numa agenda. E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem. Tomei um Calvados, entrei numa galeria para ver os desenhos de Egon Schiele enquanto a frase de Camille assentava aos poucos na cabeça. Que algo sempre nos falta — o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Sentir sede, faz parte. E atormenta.
Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente. Três anos depois fui parar em Saint-Nazaire, cidadezinha no estuário do rio Loire, fronteira sul da Bretanha. Lá, escrevi uma novela chamada Bem longe de Marienbad , homenagem mais à canção de Barbara que ao filme de Resnais. Uma tarde saí a caminhar procurando na mente uma epígrafe para o texto. Por “acaso”, fui dar na frente de um centro cultural chamado (oh!) Camille Claudel. Lembrei da agenda antiga, fui remexer papéis. E lá estava aquela frase que eu nem lembrava mais e era, sim, a epígrafe e síntese (quem sabe epitáfio, um dia) não só daquele texto, mas de todos os outros que escrevi até hoje. E do que não escrevi, mas vivi e vivo e viverei.
Pego o metrô, vou conferir. Continua lá, a placa na fachada da casa número 1 do Quai de Bourbon, no mesmo lugar. Quando um dia você vier a Paris, procure. E se não vier, para seu próprio bem guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.
O Estado de S. Paulo, 3/4/1994
"...parecia que tínhamos chegado ao fim da estrada e afinal era apenas uma curva a abrir para outra paisagem e novas curiosidades"
AS RAÍZES DA CORRUPÇÃO NO BRASIL
O brasileiro corrupto, na sua maioria o é por uma questão de cultura. Todo povo carrega em sua cultura peculiaridades que lhes são marcantes. Infelizmente nosso país carrega em seus ensinamentos naturais de berço a marca da corrupção e da marginalidade.
Nosso povo é formado de brancos, negros e índios.
Os brancos em sua maioria foram na época da colonização os enviados de Portugal para povoar a terra diante do receio de perderem o domínio e não ser possível explorar suas riquezas. Assim foi enviada para o Brasil a escória de Portugal, representada por bandidos, prisioneiros condenados, ladrões, assassinos, prostitutas e toda espécie de gente renegada pela sociedade portuguesa.
Os negros, por terem sido subjugados na escravidão e tratados como sub-raça humana aprenderam a se defender com muita garra, porém não havia exemplos de dignidade que pudessem seguir a não ser os de suas tribos de origem que ficaram na memória dos primeiros que aqui chegaram. Assim tornaram-se naturalmente corruptos como os brancos.
Os índios, os mais indefesos, sempre minoria, acabaram por perder a sua identidade. Uma pequena porção deles ainda hoje luta para manter sua cultura de origem. Porém, a maior parte desfaleceu, desanimou, baixou as machadinhas e se corrompeu.
Na mistura dessas três raças, que é o principal cruzamento genético brasileiro, não houve escapatória.
O povo brasileiro aprendeu a se aproveitar maliciosamente de tudo nesta vida.
O Brasil tem apenas 500 anos... dessa mistura de raças a que mais tarde acresceu-se outras culturas, advindas de imigrações européias e orientais, resultou um povo alegre, fascinante, de uma beleza que lhe é peculiar e esplendorosa. Porém facilmente assediável pelo vício da corrupção, desonestidade e alienação. O povo brasileiro não se importa com muita coisa. Não se permite ter memória para se defender do mal e se deixa levar facilmente por falsas promessas. É o povo que mais cai no conto do vigário. Porque é de boa-fé e não rancoroso.
Defeitos e virtudes à parte, penso que o nosso povo que aí está adulto, dificilmente mudará o seu jeito. Se há uma saída esta e encontra a partir da educação de nossas crianças. Os pais, e os mestres, o governo e as ONGs, todos num esforço de propósito precisamos investir nas crianças brasileiras, para ensiná-las e nos esforçar para não sermos maus exemplos a serem seguidos. Não se muda a cultura de um povo se não mexer na educação. Tarefa dura e de difícil adesão diante do quadro que se apresenta na geração atual. A saída conhecemos, mas como torná-la uma realidade?
Existe uma força que se move,
Uma mão que me sustenta,
Um amor que me alimenta e uma graça que me protege...
...Isso não é sorte: é benção, é ter Deus na minha vida!
A saudade é uma mistura de sentimentos. É confusão de pensamentos. É Esperança. É amor. É solidão. É um pouco de alguém em você. É um pouco de você que alguém levou. É um pedaço de um coração. É uma lagrima salgada. Ou até mesmo um sorriso sem razão.
Ficção científica
Depois de uma viagem
Pelo espaço sideral,
O astronauta chegou
Ao seu destino final:
Um planeta diferente
Cujo em cima ficava embaixo
E o atrás ficava na frente.
Um planeta tão estranho
Que a sujeira era limpa
E a água tomava banho
Um planeta mesmo louco
Onde o muito era nada
E o tudo muito pouco
Um planeta dos mais raros
O seu ouro era de graça,
O lixo custava caro.
O astronauta não gostou
E foi-se embora. Quando
Pensou estar muito longe
Viu-se outra vez chegando
Num planeta onde, aliás,
O embaixo ficava em cima
E a frente ficava por trás...
Eu me perguntava se poderia ser forte mesmo sendo uma garota. E se eu poderia viver minha vida sem as pessoas me chamando de monstro desumano.
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