Nao Magoe uma Mulher
“Senti uma paz muito grande, mas queria ver Jesus naquela hora, pensava que ele era um homem comum”.
“Eu era um ajudante de bate-estaca em uma obra em São Paulo, em 2001, quando conseguiu juntar R$ 1 mil e gravar a minha primeira fita cassete demo”,
“Uma situação que me revoltou demais foi quando um casal estrangeiro apareceu no orfanato e queria me adotar, mas a direção não deixou, sugeriu outro garoto. Eu trabalhava bastante lá, eles não queriam me deixar ir embora”.
"A vida é simplesmente uma coleção de pequenas vidas, cada uma vivida um dia de cada vez. Aprendi que devemos viver cada dia encontrando beleza nas flores e na poesia e conversando com os bichos. Que não há nada melhor do que um dia com sonhos, pores do sol e brisas refrescantes."
É impressionante como você pode mudar de opinião sobre uma pessoa, do dia pra noite. Em
um dia você está apaixonada e, no outro, decepcionada…
"Os que fazem de tudo para que os outros concordem com ele, demonstra uma enorme carência de amor proprio!"
E das pessoas que andam falando de mim por aí só tenho uma coisa a dizer: sua vida é um tédio ou a minha muito interessante!
Tenho imensa certeza de que minha história está se transformando em uma das mais lindas, pois passei por espinhos, humilhações e ainda continuo de pé;
Se eu pudesse dar sentido ao que sinto, daria símbolos aos meus sentimentos, formaria uma nova língua, um novo verbo, algo tão sólido quanto à hipocrisia do homem. Traria a superfície o imperfeito, o que ainda não tem forma, o que busca sabor, aquele que experiência a vida sem ignorar a condição da morte, o que ama sem saber o que ama. O que faz escorrer plasma na ferida que não pode ser cicatrizada, verbalizaria a dor que me faz sentir vivo e o vendo que fere sem machucar.
Se eu pudesse escrever o que sinto, escreveria um livro sem sentido, deixaria páginas em branco por não saber dizer o quero dizer, discriminaria cada pecado perdoado e cada desejo sem vontade alguma. Pularia pautas que não se descrevem e por fim escreveria um conto fictício de alguém que não conheço.
Se eu pudesse falar o que sinto, diria que conheço cada sentimento sem sentido que tenho, cada dor que sei por que dói. Falaria da saudade de quem odeio ter, das magoas que não se curaram, das manchas na pele que o tempo faz lembrar. Sussurraria palavras com a intimidade que gosto de ter e dos afetos que não pude viver por não querer viver. Contaria dos amores que tive e das desilusões que me fizeram sentir mais humano. Falaria de como usar arrogância em prol de si e o prazer que se tem uma mente sarcástica.
Se eu pudesse mostrar o que sinto, mostraria o amor que tenho sobre a vida, a vergonha que sinto por uma timidez que não existe, das resistências por sobrevivência. Mostraria as palavras que fluem entre meus dentes e os sentimentos que levo no estômago. Mostraria a vergonha de minha nudez como pessoa e personificaria a criança que sonha sem dar sentido, que não escreve uma palavra sequer e que, sobretudo, mostrar sem vergonha o homem que a vida deu nome e orgulho de ter intrínseco em si o inacabado.
