Nao Ha Tempo para Errar

A mediocridade é a arte de não ter inimigos.

A Bíblia é um livro para ser acreditado pelo cego e não discutido.

Ao quebrar o silêncio a linguagem realiza o que o silêncio pretendia e não conseguiu obter.

Quando eu era moço observei que nove das dez coisas que eu fazia fracassavam. Como não desejava fracassar, eu trabalhava dez vezes mais.

Se um homem quiser ocupar-se incessantemente de coisas sérias e não se abandonar de vez em quando ao divertimento, fica, sem perceber, louco ou idiota.

Eu não procuro nada em ti,
nem a mim próprio, é algo em ti
que procura algo em ti
no labirinto dos meus pensamentos.

Eu estou entre ti e ti,
a minha vida, os meus sentidos
(principalmente os meus sentidos)
toldam de sombras o teu rosto.

O meu rosto não reflecte a tua imagem,
o meu silêncio não te deixa falar,
o meu corpo não deixa que se juntem
as partes dispersas de ti em mim.

Eu sou talvez
aquele que procuras,
e as minhas dúvidas a tua voz
chamando do fundo do meu coração.

As coisas podem ser bonitas, elegantes, suntuosas, graciosas, atraentes, mas enquanto não falam à imaginação não são belas.

Aquele que não tem ciúmes, até mesmo das calcinhas da bem-amada, não está apaixonado.

Puxar em comum, mas não pensar em comum.

O falhado é um homem que errou, mas não é capaz de converter o seu erro em experiência.

A memória é muito vigorosa nas crianças e por isso a imaginação é excessivamente viva, pois esta não é mais que uma memória dilatada e composta.

Quanto a lisonjear a multidão, juro que não posso! O povo está no alto, a multidão está no fosso.

Falar amavelmente não fere a língua.

Podemos tentar evitar de fazer escolhas através de não fazermos nada, mas mesmo isso é uma decisão.

O homem não crê no que é, crê no que ele deseja que seja.

O que não se espera acontece com mais frequência do que o que se espera.

A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso.

O caráter não é esculpido em mármore, não é algo sólido e inalterável. É algo vivo e mutável, e pode tornar-se doente, como se torna doente o nosso corpo.

O pobre lastima-se de querer e não poder, o avarento ufana-se de que pode, mas não quer.

O perigo não está na multiplicação das máquinas e sim no número cada vez maior de pessoas habituadas, desde a infância, a só desejar o que as máquinas podem dar.