Namoro em Cristo
Deem ânimo ao coração de vocês e o fortaleçam para fazerem sempre o bem, tanto em atos como em palavras.
As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
A moral dos Espíritos superiores se resume como a de Cristo, nesta máxima evangélica: fazer aos outros o que queríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações.
Tenho feito descobertas importantes, por exemplo: o pecado é simplesmente tudo o que Cristo não fez.
Se a Páscoa é renascimento, então, faça como o Cristo nos ensinou e deixe morrer o ego vaidoso de sua máscara de bom cristão, reflexo de um comportamento medroso, e renasça no seu Eu Divino, princípio de um ser verdadeiramente crístico, corajoso, íntegro! Não ceda mais quanto ao que é essencial para você, quanto àquilo que seu coração pede, somente para corresponder às expectativas alheias, pelo medo da rejeição ou pela culpa de se colocar em seu justo lugar. Cuidado com a tendência de você se acostumar tanto com o seu servilismo, que quando você acorda e procura ser você mesmo, e se liberta da escravidão emocional, se respeitando e se dando o justo e merecido valor, estas pessoas que antes te controlavam, se revoltam e te colocam como um louco, um egoísta pois, na cabeça delas, se questionam "como você pode ousar pensar em você mesmo com respeito e não acatar mais a voz de comando que te hipnotizou e submeteu por tantos anos?" Isto gera a raiva de quem tinha a sua energia nas mãos como um vício sustentado por você mesmo, se deixando vampirizar para tentar agradar, por ingenuidade ou medo de perder o que você julgava que tinha. Um suposto amor, um suposto respeito ou uma suposta valorização que eram, na realidade, estímulos ou elogios feitos apenas como um mecanismo de alimentação da sua servidão. Quantas vezes você foi tratado como aquela criança que só é elogiada quando faz exatamente o que é mandado pelos pais, muitas vezes de modo agressivo à sua natureza, mas que se condiciona a fazer o exigido para receber uma migalha de atenção, de um ilusório amor. Então, meus amigos, deem o seu grito de liberdade, daqueles que vem da alma e busquem a sua vida de volta como quem busca o oxigênio depois de alguns minutos debaixo d'água! E eu pergunto à vocês: há quanto tempo vocês "prendem a respiração", sentindo-se quase afogando em águas turvas que poluem seu coração e sua mente de sentimentos negativos, jogos emocionais, chantagens e manipulações, que tentam acentuar suas inseguranças para que vocês permaneçam inconscientes do seu próprio poder e valor? Que tal renascer nesta Páscoa de um modo verdadeiro, arrebentando com a casca do ovo que te limita, para que seja possível crescer e ser independente? Não se coloque inseguro mais, se questionando se as suas atitudes estão certas ou erradas pelo que certas pessoas julgam e sim pelo que o seu coração diz, pois a ética cósmica que só se conhece no íntimo dos nossos corações, é muito superior à moral humana e vivenciá-la exige coragem para superar o sistema de exploração emocional acomodado em suas omissões!!! Então, pare de se omitir, pois assim você cumpre a sua parte dentro das relações humanas, para que se restabeleça a verdade, e se sinta mais leve em sua consciência, mesmo quando todos tentam forçá-lo a carregar um peso que não te cabe, mas é o autoconhecimento do seus direitos e o exercício do seu poder que te libertam! Feliz Páscoa, ou seja, feliz redescoberta de si mesmo à todos vocês meus amigos!!!
Num meio-dia de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espirito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez com que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E porque toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando agente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espirito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
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Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É a minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
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Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?
O cristianismo hoje, em lugar de pregar Jesus Cristo, deixam no esquecimento o seu nome e o põem de lado com leis lucrativas, alteram a sua doutrina com interpretações forçadas e, finalmente, o destroem com exemplos pestilentos.
Eu concordo cem por cento com o que Cristo falou. Aliás, eu tenho dificuldade com isso, porque sou um pecador.
"Quando eu não te tinha
Amava a natureza como um monge calmo a Cristo...
Agora amo a natureza como um monge calmo a Virgem Maria...
Religiosamente, a meu modo, como antes,
Mas de outra maneira, mais comovida e mais próxima...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor...
Tu não me tiraste a natureza...
Tu mudaste a Natureza...
Trouxeste a Natureza para o pé de mim.
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Porque tu me escolhestes para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as coisas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou..."
Você também Vai amar.
Pois eu amei a cristo Jesus
Por Meus pecados foi que ele morreu na cruz
Lá no calvário muito ele sofreu
Por sua liberdade já salvou você e eu.
Agora eu quero a cristo contemplar
Do seu Amor Muito Eu vou lhe falar
Quem dá um filho pelo amor de um irmão
Já pode ter certeza merece o seu coração
Você aí que não tem a Jesus Cristo
Tenha certeza ele Já sabia disso
Por isso hoje você aqui está
Venha junto comigo a cristo vem Louvar.
A qualquer modo todo escuridão
Eu sou supremo. Sou o Cristo negro.
O que não crê, nem ama — o que só sabe
O mistério tornado carne.
Há um orgulho atro que me diz
Que Sou Deus inconscienciando-me
Para humano; sou mais real que o mundo,
Por isso odeio-lhe a existência enorme,
O seu amontoar de coisas vistas.
Como um santo devoto
Odeio o mundo, porque o que eu sou
E que não sei sentir que sou, conhece-o
Por não real e não ali.
Por isso odeio-o —
Seja eu o destruidor! Seja eu Deus ira!